Capítulo 26 - Maldita fome

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo fresquinho pra vocês, espero que gostem u.u ~eu acho tão estranho quando eu não tenho muita coisa pra adicionar nas notas do capítulo KK

No capítulo de hoje - Uma maçã ;-;

Tenham uma boa leitura o/

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O que sobrara da luz das chamas foi sugado pelo meu corpo escuro antes de eu voltar com o colar sobre o pescoço. Em pouco tempo, estava na forma humana novamente, sem mais tanta adrenalina pelo corpo.

Estendi a folha que servia de mapa para Karen. Esta aceitou e deu uma analisada com os próprios olhos.

— Tá bom. Agora eu mereço uma explicação sobre os... poderes de vocês — disse Milena, claramente não querendo se sentir "excluída".

— Bom, eu fui amaldiçoada no meu nascimento. — Encolho levemente os ombros.

— Saber que eu tenho poderes já está de bom tamanho — comentou Karen, não querendo revelar as suas origens.

— Só vocês têm poderes? — questionou Milena.

— Não sei — confesso. — Mas não é bom que saia falando por aí. Não sei se as oficiais reagiriam muito bem a isso.

— Como não? Isso é incrível! Matariam cem, duzentos, trezentos homens sozinhas — disse, encantada.

— Pode até ser, porém eu não quero virar escrava delas — comentou Karen em desgosto e começou a seguir o caminho, deixando a destruição para trás.

Logo penso novamente em ter feito a escolha errada sobre matar ou não a Quimera. Não sabia se realmente podia confiar na ninfa, entretanto, agora eu sei que posso. Só resta saber se ela algum dia vai confiar em mim de novo.

— E você, Cia? — Milena se voltou para mim. — Vai usar seus poderes para ajudar nas Guerreiras, certo?

— Não sei. Minha mãe sempre me alertou para não contar a ninguém.

— Contou para gente.

— Estou correndo um risco, mas foi necessário. Ou talvez teríamos sido devoradas pela Quimera.

Milena acaba entendendo o motivo de eu ter contado sobre a minha maldição. Sendo assim, seguimos silenciosamente o caminho ditado por Karen e o mapa mágico dado pela ninfa.

Aceleramos o passo ao mando da minha colega de quarto. Precisávamos cumprir logo a missão antes que a ninfa perdesse de vez a paciência conosco e nos expulsasse a força da floresta. No caso, perderíamos a prova das Guerreiras.

Durante o caminho, meu estômago roncou. Fiz uma careta. Talvez usar meus poderes tenha consumido sim parte da minha energia.

— Aqui existe alguma coisa de comer? — questionei, ajeitando minha sacola no braço.

Karen deu de ombros e Milena também pareceu não saber responder. Olhei para as árvores acima e vi algumas maçãs vermelhas nos galhos. Empurrei essa árvore e tentei sacudi-la até que caíssem alguns de seus frutos.

Ao cair, peguei um deles e as outras garotas pareceram curiosas da mesma forma. Karen foi quem experimentou primeiro, dizendo que se morresse, não iria fazer falta para ninguém. Bem, pra mim faria, mas acabei deixando a fala de lado.

Observei ela levar o fruto para os lábios e enfim mordê-los, demonstrando que estava tão faminta quanto eu. Mastigou e engoliu a comida calmamente. De imediato nada lhe aconteceu. Desta forma, eu e Milena experimentamos do fruto e fiquei quase aliviada por ter conseguido comer alguma coisa depois de passar um tempão com o estômago vazio.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora