Capítulo 45 - Revelei meus poderes e agora?

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo para a maratona u.u espero que estejam tão ansiosos quanto eu kkkkk

No capítulo de hoje - uma fuga improvisada ksks

Tenham uma boa leitura o/

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Apoiei meu corpo na parede enquanto ouvia mais palavras sendo pronunciadas por aquela mulher. A princesa Marilene. O que ela faz aqui?, a pergunta invadiu minha mente de imediato e internamente eu desejava que pudesse obter alguma resposta. Eu pensava que homens e mulheres não podiam manter contato dessa forma, fui raciocinando. E pelo tom de voz, os dois não pareciam querer se matar no momento.

Com os dedos trêmulos, coloquei o colar novamente no pescoço, voltando à minha forma humana. Tinha a sorte daquele corredor não estar movimentado no momento. Se estivesse certa, apenas os dois estavam por ali. O corredor era mais escuro que os demais e suas vozes pareciam meio emboladas. Não sabia ao certo o motivo visto que não estava tão longe assim dos dois.

Me mantive escondida na virada do corredor, tentando distinguir as palavras. Entretanto, isso se tornou impossível. Suspirei baixinho e decidi espiar com os próprios olhos, mantendo boa parte do corpo escondida pela parede. Podia ver ambos em frente à janela do final do corredor, ainda conversando. Da janela podia notar o brilho da lua que era a coisa que mais os iluminava naquele momento. Pela maneira que estavam, pareciam fazer isso sempre.

Não sabia o por quê.

Os dois se encararam por um momento e então fiquei ainda mais surpresa quando a princesa simplesmente se tornou algo pequeno. Uma espécie de pássaro. Por estar com a minha visão humana, não conseguia distinguir muito bem. Porém, ao ouvir um grasnado, soube que se tratava de um corvo.

Ela tem poderes, foi a primeira conclusão que consegui chegar. Também me questionei mentalmente se ela tinha mais semelhanças sobrenaturais comigo do que eu imaginava. Afinal, ela sabe que eu tenho poderes? Era uma boa pergunta, mas no momento não poderia ter nenhuma resposta concreta.

O príncipe de gelo observou a princesa sumir na noite. Mais um grasnado foi dado e eu comprimi os lábios. Talvez fosse uma forma de se despedir. Não sei.

Meu estômago deu uma pinicada e eu acabei ignorando a sensação antes do príncipe se virar na minha direção. Tentei me esconder atrás da parede de novo, mas esse movimento brusco custou meu equilíbrio. Droga.

Me coloquei de pé o mais rápido possível e soltei um grito quando o mesmo apareceu na minha frente como num passe de mágica.

Batidas rápidas tiraram meu foco e fiquei sem pra onde ir. Havia sido pega no flagra e agora estava encurralada por ele. Mordo o lábio inferior de nervosismo enquanto seus olhos gélidos pareciam querer ler a minha alma toda vez que entravam em contato com os meus.

— Está um pouco tarde para perambular pelo castelo, não?

Uma de suas mãos apoiou-se na parede a qual minhas costas já haviam encostado. Sua mão ficou ao lado do meu rosto e isso me fez sentir ainda mais encurralada naquele instante.

— Perdão, Alteza. Eu só estava... — custei achar uma desculpa. — Querendo tomar um pouco d'água.

O homem balança a cabeça como se estivesse decepcionado.

— Péssima desculpa. O que foi que você ouviu?

Sua expressão séria me fazia sentir culpada e a pinicada no estômago não amenizava essa sensação. Meu coração estava incontrolável nesse momento. Pisquei algumas vezes. Estava com medo que ele fizesse alguma coisa comigo dependendo da minha resposta.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora