Capítulo 72 - Preciso confiar em mim mesma

985 135 109
                                    

NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

No capítulo de hoje - a visita à Bianca ksks

Tenham uma boa leitura o/

----------------------

Os lábios do príncipe Matthew são tão gélidos quanto as suas mãos naquele momento. Mesmo assim eles não deixam de ser praticamente reconfortantes. Nunca pensei que fosse sentir falta do seu toque e, como se estivesse lendo meus pensamentos, seus dedos tocam a minha cintura e me trazem calmamente para os seus braços. O momento parece congelar enquanto me perco naquele beijo. Fazia meses que não nos víamos.

— Não pense que ainda não estou brava — murmuro quando precisamos encerrar o beijo para tomar mais fôlego.

— Não sei mais como me desculpar.

Ele transforma nossa proximidade num abraço e me permito pousar a cabeça no seu ombro. Apesar de todos esses gestos de carinho, meu coração não estava tão agitado.

— Você acha... que éramos o que na outra realidade? Sabe, no nosso antigo destino.

— Eu não sei — confessa. — Não sei nem se eu sou príncipe lá. A única certeza que tenho é que você deve ser muito especial pra mim.

Não consigo deixar de dar um sorrisinho.

— Só posso dizer o mesmo — murmuro pra ele.

Ficamos um bom tempo abraçados, desfrutando da companhia um do outro. Internamente eu desejava que esse momento fosse congelado e nada pudesse me impedir de ficar com ele. Desejei que Yancey fosse um mundo livre onde mulheres e homens pudessem se aceitar o suficiente para não estranharem o carinho que eu tinha pelo Matthew.

— Você sabe que eu tenho que acabar com o plano de expansão, não é?

— Sei sim. Marilene também sabe. Mas ela está contando com a sua fraqueza. Ela acha que não vai ter coragem o suficiente.

Talvez ela tenha razão, o pensamento me ocorreu imediatamente. Porém eu me repreendo. Era isso que ela queria que eu acreditasse. Ela me quer fraca. Contudo, eu não tinha motivos para fraquejar. Recuperei minha memória, sobrevivi aos homens, ao desafio da quarta semana, a dois treinamentos e a muitos e muitos monstros. Que outras provas eu preciso para ter certeza de que sou corajosa o bastante?, penso, sentindo orgulho de mim mesma.

— Bom, ela está muito enganada — murmuro.

Nosso abraço enfim termina e vejo um curto sorriso no seu rosto.

— Fico feliz em poder ouvir isso.

Trocamos olhares e sorrisos satisfeitos. Fui parar em seus braços de novo e consequentemente o beijei outra vez. Sabe-se lá quando teremos outra oportunidade depois de tudo passar. Daqui uma semana o plano ocorreria — e eu o faria fracassar — e enfim teremos um pouco de calmaria. Pelo menos assim espero.

O beijo se estendeu um pouco e agora sim podia dizer que meu coração estava começando a demonstrar sentimentos em relação ao momento. Quanto mais os segundos passavam, mais sentia a necessidade de ter o corpo do Matthew próximo ao meu, por mais que nossas roupas impedissem isso.

Meus dedos tocam os botões do seu colete como se meu instinto dissesse para desabotoa-los. Meu coração batia mais acelerado agora. O beijo se encerra e ouço o príncipe murmurar:

— Cia...

Continuo completamente absorta nos pensamentos sobre abrir os botões de seu colete e ir me livrando do restante dos tecidos que cobriam o seu peito.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora