Capítulo 25 - Eu falhei na missão?

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Cá estamos nós com mais um capítulo ksks e aí eu volto com aquela pergunta: será que a Cia vai conseguir cumprir essa missão? É o que vamos descobrir ainda hoje u.u 

No capítulo de hoje - Poderes *-*

Tenham uma boa leitura o/

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Por um segundo. Apenas um segundo. Eu não sabia o que fazer. O monstro se aproximava com seus dentes afiados e ele por si só era desafiador. Não era um animal comum. Era um leão com a cauda de cobra e outra cabeça de cabra. Seu nariz lançou fumaça na nossa direção. Fumaça quente.

— Não ataquem — consegui dizer algo.

— Não atacar? Essa coisa vai matar a gente, Cia — Milena estava tão nervosa que gritava comigo.

— Mas... Mas não podemos — eu estava fraquejando.

Estava com medo.

E se a ninfa estava mentindo para mim? E se a ninfa quisesse todas nós mortas? E se as outras três garotas morreram da mesma forma? Carbonizadas. Fogo. Incêndio. Meu cérebro girava, calculando as possibilidades das minhas escolhas. Tudo era possível, mas só tinha uma possibilidade de acerto.

Não tínhamos armas, só um mapa. Entretanto eu ainda poderia me transformar. Poderia contar com a ajuda da Karen também. Juntas poderíamos acabar com o monstro. Pelo menos o plano poderia dar certo. Talvez melhor do que esperar pela bandeira de paz da ninfa.

— A ninfa pediu para não matá-lo.

— Que se lasque a ninfa — rosnou Karen. — Arranca esse colar do pescoço, Cia.

Meus dedos tocaram o colar, porém a criatura lançou fogo pelas narinas. Karen usou seu poder e nos protegeu da quentura, embora as plantas ao nosso redor não tenham tido tamanha sorte. Um foco de incêndio começou.

"Só ataque se for atacado", lembrava bem do restante das palavras da ninfa. Não estaria a desobedecendo por completo se estivesse tentando salvar minha vida.

Arranquei o colar do pescoço, o enfiando dentro da minha sacola antes de sentir as trevas tomando conta do meu corpo. Agora já tinha melhor noção de tudo o que acontecia ao meu redor. As árvores e arbustos ficaram mais nítidas depois da escuridão parar de ser incômoda.

Estiquei meu braço na direção de uma árvore e usei este para escalar até ela com habilidades elásticas e as unhas cravando na casca dura.

Ao me sentar num galho, estiquei os dois braços na direção da Milena e a agarrei. Fiz uma careta enquanto a puxava para a minha árvore. Durante isso, Karen mantinha a criatura distraída com sua água. Ela levitava o tempo todo, tentando achar uma maneira de acabar com ele.

Entretanto, essa "folga" durou pouco pois o rabo de cobra virou na nossa direção e não tinha uma expressão muito boa. Se é que cobras têm expressões.

Coloquei Milena ao meu lado. Não tínhamos armas, só os poderes meus e da Karen para nos tirar dessa. Com a criatura cansando das rajadas de água da Karen, este virou na direção da árvore onde eu e Milena estávamos e decidiu lançar seu fogo sobre nós.

Milena se apressou para o lado oposto das chamas enquanto a escuridão do meu corpo absorvia a luz e o calor das chamas como um buraco negro. Ótimo. Eu era imune às chamas.

Olhando pro lado, vejo minha colega de quarto com uma queimadura. Esta mordia o lábio, mas me garantiu estar bem. Assenti e desci da árvore. Pelo menos ela não perdia tempo com perguntas, afinal, não tínhamos sequer tempo para ela questionar sobre a minha maldição.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora