Capítulo 30 - Meu novo dono

1.6K 189 334
                                    

NOTAS INICIAS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Eu só queria agradecer a vocês leitores por estarem tão participativos, sério <3 bateu um orgulho em ver vários leitores se arriscando em comentar um pouco no capítulo anterior ahsushauh é isso aí gente, entrem nessa vibe u.u

No capítulo de hoje - a nova... tatuagem?

Tenham uma boa leitura o/

--------------------

Não vi mais nada depois do rosto do homem conhecido. Possivelmente devem ter acertado a minha cabeça com alguma coisa dura para me deixar desacordada como da última vez. De qualquer forma, a lembrança do rosto dele ficava o tempo todo repetindo em meus pensamentos enquanto dormia.

Durante o treinamento com as Guerreiras, quando fomos visitar a Casta 5 e conhecer alguns prisioneiros de guerra, esse homem estava entre eles. Disse ainda conhecer a minha irmã... Uma coincidência. Só pode ser isso. Como as coisas podem se inverter dessa maneira? O acaso. Deve ser. Num dia ele era o prisioneiro e eu a aspirante à Guerreira. No outro, eu sou a prisioneira e ele um possível Cavaleiro que havia acabado de me comprar.

Minha cabeça ia doendo a cada pique de consciência dada. Até finalmente eu estar acordando, abrindo os olhos devagar. Pisquei algumas vezes para me acostumar com a luminosidade e percebo estar dormindo numa cama, com um cobertor cobrindo meu corpo nu.

— O Casey fez você perder a consciência — explicou uma voz conhecida.

Quem é Casey?, me questionei internamente, pouco a pouco identificando a voz do homem que havia me comprado.

— O vendedor — respondeu como se estivesse lendo os meus pensamentos. — É tecnicamente o trabalho dele, então não o julgo.

Continuei encarando o homem na minha frente. Os traços do seu rosto me eram familiares. Realmente a memória só voltava naquela parte do treinamento e nele chamando pela minha irmã Bianca. Mordisquei levemente o lábio. Deveria perguntar?

Ele se sentou na cama e abaixou o tronco na direção do chão. Ouvi barulho de água e logo estava vendo ele espremer um pano. Ele desenfaixou um de meus pés — estavam enfaixados? — e tocou a pele sensível com o pano gelado. Um gemido de dor escapou de meus lábios, mas logo me arrependi por isso. Provavelmente levaria outro tapa no rosto por ter dito alguma coisa como o tal Casey fazia.

Isso não aconteceu, porém, me recusei a deixar escapar qualquer som da minha parte. Ele refrescou os dois pés machucados e voltou a enfaixa-los com cuidado. Queria entender a sua motivação para tudo isso. Tinha quase certeza dele não ter me comprado por acaso. Ele ainda deve lembrar daquele dia em que me chamou de Bianca.

Ao terminar todo o processo com meus pés, ele disse:

— Trevor Prince.

Fiz uma expressão confusa.

— Eu me chamo Trevor. Prince — disse devagar dessa vez. — E você?

— Acácia Astéria — minha voz saiu rouca.

Ele se levantou e voltou com uma cuia pequena de madeira, cheia de água. Agradeci internamente e me sentei devagar na cama para poder beber a água. Estava morrendo de sede e só tinha tomado conta nesse instante.

— Por que não tem o mesmo sobrenome da sua mãe e irmã?

Não respondi de imediato. Tinha medo. Afinal, era esquisito demais pensar que um homem sabia da existência da minha mãe e irmã. Talvez ele só estivesse querendo a confirmação dessas informações para tramar algo ruim contra eu e minha família.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora