Capítulo 48 - Nunca imaginei que pudesse haver paz

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo quentinho saindo do forno!

No capítulo de hoje - o interrogatório entre Cia e Matt k

Tenham uma boa leitura o/

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Pisquei diversas vezes, tentando organizar meus pensamentos e o que eu tinha acabado de ver naquele instante. A mulher esticou o braço na direção do arco de prata do jardim e pareceu fazer alguns símbolos no ar antes de focar seus olhos em mim. Sua expressão estava séria e isso me fez engolir em seco. Afinal, eu fiz algo de errado? Lembrava que ela ficara da mesma forma quando eu invadi o jardim lá em seu castelo. Ainda queria descobrir o porquê de eu não poder ficar muito tempo por ali.

— Eu já te disse que não gosto que esse jardim receba visita de estranhos — disse ela, mantendo a expressão séria no rosto.

— Perdão... — murmurei.

— Fique longe desse jardim — avisou ela seriamente.

Não consegui nem me defender da sua acusação porque ela simplesmente desapareceu do meu campo de visão. Estava internamente confusa e mal tinha saído do lugar. Crio forças para levantar da grama e olho pra trás, vendo o arco de prata intacto. Me perguntava se era o mesmo jardim em lugares diferentes e se servia como uma espécie de portal. Talvez o príncipe Matthew saberia me responder caso tivéssemos outro almoço juntos.

— Você é curiosa assim o tempo todo?

Tenho um sobressalto ao ouvir a voz do príncipe ali por perto. Observo o redor, querendo encontra-lo e não consigo identificar nada no ambiente. Franzo o cenho, sentindo um puxão no estômago que acabou colocando uma careta no meu rosto. Continuei bastante atenta, tentando encontra-lo e acabo soltando um gritinho quando ele simplesmente decide aparecer do meu lado.

— Sabia que irritou bastante a minha irmã quando esteve em treinamento? — comentou ele casualmente, se sentando na grama.

Estranhamente ele parecia bem melhor desse jeito do que sendo um príncipe me encarnado no almoço. Arqueei uma sobrancelha, observando seus traços enquanto ele olhava um ponto específico no seu próprio jardim. Seus cabelos negros se moviam calmamente enquanto o vento frio da noite atravessava nossos corpos cinzentos.

— É por isso que ela te mandou para cá.

Uma pergunta instantânea se formou na minha cabeça.

— Como assim ela me mandou pra cá? Fomos atacadas. Eu fui pega por acaso...

— Acaso? Certo, podemos trabalhar com essa hipótese também.

Continuei observando ele sentado na grama, esperando que continuasse.

— A gente esteve te observando desde o início do treinamento, afinal, estávamos esperando a terceira integrante. O primeiro teste foi o diário da minha irmã que você conseguiu ver.

Diário?, me perguntei internamente, mas não precisei utilizar a voz para entender a relação de uma coisa com a outra. O livro preto esquisito!, a exclamação mental veio em seguida. Então quer dizer que o tempo todo eu e a Karen estávamos tentando decifrar o diário da princesa Marilene?, cheguei a essa conclusão. O pensamento realmente fazia sentido visto que o início dele traduzido pela minha antiga colega deixava clara a intenção do livro, mesmo que não tínhamos pensado nisso naquele momento. "Para aquela que salvou minha vida. Eterna deusa. Princesa de Todos. Agatha." Restava saber quem era Agatha.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora