Capítulo 69 - Veneno ou antídoto

911 134 46
                                    

NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Antes que perguntem, sim, a imagem do capítulo é toda preta ksks vocês vão entender ao decorrer do capítulo, está bem? u-u

No capítulo de hoje - morte

Até o próximo capítulo o/

--------------------

Minha cabeça voltou a latejar violentamente enquanto a consciência retornava lentamente. Pisquei algumas vezes, sentindo a visão meio turva. Apenas a dor de cabeça me dava a certeza de eu não ter morrido — até porque tinha apagado de uma vez, sem ver se algo me acertou. Quando a visão foi voltando, percebi que aquela sala me era familiar. Era a mesma sala onde eu tinha ficado antes de perder a memória. A visão dada pelo Trevor me permitia lembrar dali.

Tentei mover meus braços, porém, percebi estar com os pulsos e pernas presas numa cadeira. Também a reconheci. Escuridão me prendia naquela cadeira. Parecia que estava revivendo aquela visão concedida pelo Trevor. Enfim estou enxergando direito e percebo não estar na minha forma humana e alguém estava mexendo numa mesa cheia de tubos de vidro com líquidos brilhantes.

A moça se vira. Seu cabelo negro curto, a franja tapando a testa e sua pele pálida, evidenciava se tratar da mesma mulher que tinha me feito perder a memória naquele dia. Comprimo os lábios escuros, observando, tentando fixar as suas características.

— Acácia Astéria. É um prazer te ver novamente — diz ela num sarcasmo cruel.

Minha expressão fica séria enquanto a observava.

— Não posso dizer o mesmo. — Faço careta.

— Bom, eu andei observando que você ficou mexendo nas suas memórias trancadas. Isso é perigoso, sabia? — Seus olhos escuros não desgrudaram de um frasco estreito e longo com um líquido roxo cintilante a qual ela segurava.

Seus dedos pálidos balançavam o líquido através do vidro.

— Não gostam quando as pessoas ficam tentando interferir meus feitiços.

— O que tinha de tão importante na minha memória? Assusto vocês tanto assim? — tento provoca-la.

— A sua curiosidade vive atrapalhando nossos planos. — Vejo um revirar de olhos.

A mulher vira de costas para mim e derrama o conteúdo do frasco em um maior, também de vidro. A sua cor verde fica transparente de imediato ao invés de ficar roxo igual o líquido derramado. Ela mexe levemente, fazendo o conteúdo deslizar em giros dentro do vidro.

— Por que estão fazendo isso comigo? Qual o sentido disso tudo? — questiono inquieta.

— Seguinte, garota. Você, Marilene e Matthew daqui algumas semanas vão quebrar a barreira mágica que nos impede de sair daqui de Yancey. Caso os três não estejam juntos, a barreira não vai poder ser transpassada. E, se ficar saindo do roteiro, terei de fazer isso sempre.

Ela coletou o líquido transparente de dentro do frasco maior através de uma agulha. Ao estar com ela cheia, volta a se virar para mim com um sorriso maligno.

— Acho que uma dose extra vai resolver o problema — havia uma clara maldade em sua voz.

Meu coração forte batia no peito. Se ainda estava na forma obscura, então tinham possibilidade dos meus poderes não estarem bloqueados aqui dentro. A mulher pegou uma flanela e despejou um líquido antes de tocá-la em minha pele, na dobra entre o braço e o antebraço. Aquilo deixava minha pele gélida. Ela pegou a agulha com o líquido transparente e se aproximou de mim, tendo a intenção de injetá-lo na minha veia.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora