NOTAS INICIAIS
HEY, Batatinhas Ambulantes o/
No capítulo de hoje - uma ajudinha da oficial Intringer hehe
Tenham uma boa leitura o/
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Dias de viagem se passaram até a carruagem parar em frente ao castelo da princesa Marilene. Suspirei, descendo dela. Tinha sido a última viajante, pois ali era uma espécie de último destino. Apenas as Guerreiras e as novas Iniciandas vinham para esse lado. As mulheres de classes mais baixas sem possuir um bom motivo para vir, geralmente não se aventuram para esses lados.
Passo pelo portão, acenando para ambas as Guerreiras que tomavam conta dele. Elas fazem mesura e abrem o portão para mim. Elas sabiam quem eu era e a maneira como me tratavam com respeito me dava a sensação de ter uma idade muito mais avançada do que dezesseis anos.
Adentro o jardim da princesa e sigo calmamente, cumprimentando as Guerreiras mais novatas pelo caminho. Todas elas faziam mesura ao me ver e eu apenas sorria brevemente como agradecimento. Enfim eu adentrava o castelo, tendo outras duas Guerreiras abrindo a porta de madeira para mim. Como estávamos em constante vigilância contra os homens, isso era bastante comum de acontecer.
— Onde está a princesa? — questiono a uma Guerreira que encontro no corredor.
— Em seu escritório.
Assenti e agradeci antes de seguir caminho entre os corredores do castelo. Tudo estava bem calmo. Cheguei ao escritório da princesa após subir um lance de escadas até lá. Fico em frente a porta e dou três batidas como havíamos combinado. Ouço sua permissão vinda de lá de dentro e entro.
Recebo um curto sorriso como cumprimento inicial.
— Meu braço direito, como vai? — questiona, se levantando da cadeira onde estava sentada anteriormente.
— Bem — menti.
— Como foi a sua viagem? Como está sua família?
Solto um suspiro. Era um assunto que eu não queria que ela tivesse tocado, mas sabia ser bem difícil fugir dele quando o único objetivo de eu ter viajado foi ter ido ver a minha família.
— Um pouco arrasada. Descobri recente que na última invasão, os homens levaram minha mãe. — Comprimo os lábios por um momento. — Provavelmente ela deve estar morta agora.
— Levaram a sua mãe? — questionou ela, surpresa. — Não estava sabendo disso. Quer que eu mande uma tropa para tentar encontra-la?
Nego com a cabeça.
— Não lhe darei esse trabalho. — Puxo uma cadeira para me sentar. — Na verdade voltei antes do previsto por outro motivo.
Percebo seu olhar questionador e apenas murmuro para ela se sentar para podermos conversar melhor. Engoli em seco, escolhendo bem as palavras na minha cabeça. Precisava saber de algumas coisinhas e poderia ser ela a me dar as respostas que preciso.
— Você sabe que eu perdi a memória? — começo.
— Não — ela respondeu de prontidão.
Talvez rápido demais para alguém que reagiria caso não soubesse. Suspeito.
— Como foi que eu apareci aqui?
— Não sei, me diga você. Apenas a recebi no meu castelo.
— Não tenho notícia de mulheres chegando sem rumo por aqui — argumento.
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A Guardiã da Noite - Livro 2
Fantasía[Trilogia Os Guardiões - Livro 2] - [antigo ENTRE DOIS REINOS] Homens e mulheres já não conseguem mais viver em harmonia. Quase um milênio foi necessário para que os dois reinados conseguissem se separar em sociedades distintas, mas próximas. Dentro...