Capítulo 50 - Seus poderes revelam um garoto

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo e tenho quase certeza de que vão gostar desse ksks

No capítulo de hoje - o sentimento da Cia ksks

Tenham uma boa leitura o/

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Certeza era algo não passado pelo príncipe naquele momento. Entretanto, ele havia reclamado da minha curiosidade e por isso, fiz um juramento interno numa tentativa de me controlar. Embora a cada revelação que fizesse, mais eu queria saber sobre o motivo das coisas. Não era minha culpa se a maioria das dúvidas não podiam ser respondidas por completo.

Odiava isso.

— É tudo o que tem para mostrar sobre os meus poderes? — perguntei enfim.

O homem afirma com a cabeça.

— Meu maior objetivo era lhe dizer ser possível mudar de forma. Isso é muito importante.

— Certo. Aprendi sem querer — confesso.

— Treine mais quando estiver sozinha. Vai ser fundamental no projeto de expansão.

— Então esse vai ser o meu papel?

Percebi ele se mantendo em silêncio por alguns breves segundos antes de me responder:

— Praticamente.

Faço uma expressão de compreensão quando admite meu papel principal no projeto. Agora restava saber no que eles pediriam para eu me transformar e no que isso poderia influenciar.

— Você... acredita em deuses? — pergunto depois de um tempo.

— Bom, fomos amaldiçoados por uma, então sim.

— Em outros, quero dizer — acrescento. — Além de Nix.

— Sim, existem outros — afirma. — Mas eles não fazem muita questão de falar com os mortais.

— Mas temos uma ligação com Nix. Só nós podemos vê-los.

— Na verdade isso é determinado pelo próprio deus. Só as criaturas mágicas que nós podemos ver, independente de qualquer coisa.

— De onde aquelas criaturas vieram? — pergunto, aproveitando a deixa. Meus pensamentos logo tinham ido para os monstros enfrentados por mim e pela Karen.

— Sempre existiram. — Vi seus ombros se levantarem de leve. — Estão presas aqui desde que me lembro. Aqui em Yancey, digo.

— Pensei que não existissem.

— Muitos pensam o mesmo. Vemos porque temos poderes.

Isso era realmente interessante, porém, nunca havia visto uma criatura mágica andando pela casta 3 por exemplo. Não podia falar o mesmo da casta 2 depois de ter visto a Ramona transformada em monstro e muito menos da casta 5. As criaturas pareciam ficar em locais específicos e, poderia arriscar um palpite de estarem em locais estratégicos.

Eu e o príncipe ainda estávamos sentados no pedaço de madeira próximo ao teto. Minhas pernas balançavam no alto enquanto o restante do cômodo ficava em silêncio.

— Você nunca come na minha frente — comento distraidamente.

— Você observa demais.

— Não é culpa minha se pede tanta comida e não toca em nada.

Havia feito aquela afirmação porque dali podia ver a mesa posta, exalando um cheiro maravilhoso. Como sempre, já imaginava que o príncipe não a tocaria e isso me incomodava. Fazia os cozinheiros trabalharem para nada?

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora