Capítulo 66 - Responsáveis pela perda de um pedaço de mim

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

No capítulo de hoje - a ajuda de Trevor ksks

Tenham uma boa leitura o/

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Me sentia uma fora da lei quando saí da carruagem na rua da minha casa, no vilarejo da casta três. Comprimi os lábios e caminhei calmamente na direção da minha casa. A última vez que tinha estado lá, havia feito um desastre: machuquei minha irmã e odiei o homem que pisou lá dentro. Porém, ainda estava atrás de respostas e por mais que eu odiasse admitir, talvez aquele homem pudesse me ajudar.

Muitas coisas pareciam em jogo após abrir um pouco minha mente com ajuda da Karen. Eu precisava de um plano rápido e achava trágico não ter recuperado a memória, pois sabia que ela poderia me ajudar a pensar melhor numa maneira de deter a princesa Marilene. E, como não a tinha, o único jeito plausível era falando com aquele homem.

Bato na porta, torcendo para minha irmã estar viva. Tinha tomado cuidado com ela antes de ir, cuidando dos ferimentos para não haver desculpas para morrer. Dessa forma, não me surpreendi quando foi ela quem abriu. Primeiramente vi espanto no seu olhar, depois raiva quando sua expressão se fecha em seriedade e desgosto.

— O que você quer? — Bianca questiona friamente.

— O Trevor ainda está aí? — pergunto baixinho.

— Por que está interessada agora?

Sua expressão mal se moveu, muito menos ela mesma.

— Talvez eu tenha mudado de ideia sobre tudo — admito. — Preciso da ajuda dele. Só ele conseguiu acessar minhas memórias de um jeito tão fácil.

Primeiro ela revira os olhos, depois suspira e acaba cedendo às minhas vontades, abrindo mais a porta de casa e me dando espaço para passar. Entro hesitante e minha irmã fecha a porta atrás de mim.

— Vou chamá-lo e acho bom você não tentar mata-lo dessa vez — diz de maneira grosseira.

Não respondi nada, pois ela tinha todos os motivos do mundo para estar me tratando daquela maneira. Mesmo sendo bastante esquisito saber que tinha um homem na minha casa tendo um caso com a Bianca, precisava da ajuda dele, então aguentaria toda a raiva dela para obter mais respostas e um plano para acabar com a ideia maluca da princesa Marilene.

Quando o homem aparece, já estou sentada numa das cadeiras da cozinha, esperando por ele. Apesar daquele dia conturbado, ele chega a me dar um curto sorriso.

— Sabia que mudaria de ideia — diz num leve ar presunçoso. — Não adianta apagar a memória de alguém se a natureza dela continua da mesma forma.

Encolhi os ombros, não entendendo muito bem o que queria dizer, mas não tínhamos tempo para discutir metáforas. Precisávamos discutir um plano para impedir a princesa de agir e rápido. Afinal, os meus dias de folga deveriam ter durado menos do que isso e logo seria procurada ou substituída por ela. Com o projeto de expansão agora em curso, ela não poderia perder mais tempo esperando o braço direito dela chegar e se eu fosse substituída, deveria dizer adeus a ela escutar meus conselhos para não seguir em frente com esse plano insano.

— E então? Por que quer falar comigo?

— Eu precisei dessa última semana para refletir bastante — começo. — Ouvi histórias sobre mim mesma e cheguei na conclusão de que o universo não quer a princesa continuando com esse plano maluco.

— Que plano? — Só então percebi que Bianca também estava na sala ouvindo nossa conversa.

— Aquele de expansão para as terras além do muro — explico brevemente a ela. — Preciso de um plano para impedi-la e pensei que ele poderia me ajudar.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora