Capítulo 36 - Fomos traídos

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Cá estamos nós com mais um capítulo e eu espero que estejam preparados hein u.u

No capítulo de hoje - o furto o.o

Tenham uma boa leitura ^^

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Fui puxada por Trevor por algum tempo até ele silenciosamente me devolver a lamparina e me permitir andar ao seu lado pelas ruas escuras de Mateh. Seguimos sem falar um com o outro e por dentro ficava me questionando o tempo todo sobre o que poderia ter acontecido enquanto eu conversava com Andrew do lado de fora Só podia chegar a conclusão de que coisa boa não havia acontecido lá dentro naquela reunião.

— Aconteceu alguma coisa? — questionei apenas para ele me dar informações. Nem numa ocasião dessas eu conseguia evitar de soar curiosa.

— Me deram um sermão por ter levado você comigo.

— Ah... — digo em compreensão.

— Eu não ligo de qualquer forma. Eles precisam das minhas armas. Não podem continuar com o plano sem mim.

Apenas concordei com a cabeça. Ainda achava incrível o fato dele me defender dessa forma. Apesar dele ter dito ter uma espécie de dívida com a minha irmã, não esperava ser tão importante a ponto dele usar a sua influência para me manter perto de si.

Tudo isso para eu conseguir chegar ao príncipe.

Meu dono já havia comentado ser o mais requisitado ferreiro de Mateh, então sua demanda era grande. Principalmente por ter que abastecer o treinamento e o exército dos homens. Ele ainda me contou que fazia parte da tradição de família. Nunca ambiciaram se tornarem parte dos Cavaleiros. O próprio Trevor ganhou o título mais alto da família até agora: servidor do príncipe. Apesar dele morar sozinho naquela casa, uma pequena parte — a viva — da sua família, também continuava sustentando essa tradição, servindo a distância com ele as grandes demanda da sociedade dos homens.

O caminho até sua casa passou rapidamente. Logo estávamos em frente a ela, com ele destrancando-a. Porém, ao enfiar a chave na fechadura, a porta se abriu antes mesmo dele tecnicamente a destrancar. Ele andou lentamente na direção do interior da casa, claramente desconfiado. Lá dentro, ouvi um xingamento escapando por seus lábios.

— Entre agora, Cia — exigiu num tom de voz alto.

Sem entender, apenas obedeci, entrando na sua casa e iluminando o cômodo de entrada. Meus olhos arregalaram ao ver a bagunça deixada. Aquilo não havia sido causado por nós. Alguém deve ter invadido, foi o primeiro pensamento que passou pela minha cabeça naquele instante.

— Aqueles malditos me enganaram — disse, deixando a raiva escorrer dele.

Apressadamente ele se dirigiu ao alçapão e abriu o mesmo. Outro xingamento lhe escapou e soube o que havia sido roubado da sua casa. As armas. Decidi descer com ele para o porão, encontrando tudo revirado, inclusive os livros utilizados para encantar as armas mais nobres. Sabia o quanto tinha sido difícil pra ele conseguir aquele acervo exclusivo, mas torcia para eles terem apenas bagunçado os livros ao invés de ter levado algum.

Quanto às armas poderíamos fazer outras caso tivessem levado. Os livros não.

— Por que fizeram isso? — pergunto enquanto ele analisava as coisas que havia perdido.

Um suspiro lhe escapa e eu resolvo pegar os livros, tentando colocar eles no lugar. Precisaríamos dar um jeito em tudo novamente para continuarmos trabalhando. Custava roubar e ao menos deixar tudo arrumado?, pensei meio indignada com a situação. Tinha gastado um bom tempo para fazer aquelas adagas.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora