Capítulo 19 - Que comece a matança

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

@wtfgra estava quase dando um treco por causa de um capítulo novo, então aqui estou eu ksks mas relaxem que eu já tava me programando pra postar hoje mesmo u.u aliás, uma leitora me perguntou o que significava "o/" kk é uma pessoinha erguendo um braço, ok? É tipo meu cumprimento a vocês hihi

No capítulo de hoje - a matança ;-;

Tenham uma boa leitura o/

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Minha colega de quarto ficou paralisada ao ver a cena que se desenrolava na nossa frente. Muitas Iniciandas desviaram o olhar enquanto minha amiga desabava com os joelhos na terra e chorava copiosamente. Ao nosso redor, tudo ficou em silêncio, como se estivessem de luto por ela. Apenas o choro da Karen preenchia o ar.

Fui abrindo caminho entre as garotas ao meu redor e quando estava me aproximando, Milena segurou meu braço por um instante. Nossos olhares se cruzaram e eu puxei meu braço, querendo que o soltasse. Ela o fez em silêncio e enfim consegui completar meu caminho até a Karen.

Me abaixei lentamente e passei meus braços ao seu redor. Não consegui nem pensar em dizer alguma coisa, mas o abraço... Quando eu era menor e chorei por meu passarinho ter morrido, isso foi o que Bianca fez por mim. Simplesmente me abraçou e nada disse. Apenas ficou ali comigo, tentando me consolar silenciosamente.

Ouvi passos e notei que alguém se abaixava ao nosso lado. Internamente fiquei surpresa ao me deparar com Milena. Esta se juntou ao abraço e por um momento, ficamos nós três abraçadas, sem dizer nada uma à outra.

Apesar das intrigas entre as duas, sabia que a Milena não gostaria de perder a sua mãe e provavelmente imaginava o que a Karen estava passando naquele instante. Uma garota só tem a mãe como família e as irmãs. Se aquela que lhe deu a vida se parte... Metade da sua família tecnicamente vai junto.

Um pigarreio chamou minha atenção pouco tempo depois.

— Acho que já está bom — disse a oficial Ramona.

Sua expressão continuava impassível como sempre. Eu e Milena soltamos nossa colega e eu me ergui, encarando a oficial seriamente.

— Por quê? — questionei e apontei para Karen. — Por quê?

A oficial desceu do seu destaque e decidiu caminhar na nossa direção. Seus passos foram lentos, mas firmes. Não houve qualquer mudança no seu rosto. Nenhum pedaço dele mostrava compaixão por nós ou pelo o ocorrido.

— Quer questionar as minhas decisões como a sua amiga? — perguntou em palavras encharcadas de sarcasmo. — Talvez eu deva fazer a mesma experiência com você para ver como vai se sair.

Continuei encarando a oficial, querendo demonstrar que sua ameaça não tinha me atingido. Por dentro me corroía, com medo dela fazer alguma coisa com a mamãe ou com Bianca. Porém, elas já tinham sido muito importantes para princesa Marilene. Duvido que de fato fizesse algo comigo. Possivelmente a oficial poderia ser castigada por isso.

— Não sei se conseguiria — comentei.

— Se me responder mais uma vez... — disse num tom de ameaça. — Você sabe muito bem que está por um fio. Num estalar de dedos consigo te expulsar deste treinamento e te afundar na merda da casta 5. Sugiro começar a praticar uma coisa fundamental das Guerreiras: respeito.

— Por que praticar algo que não é recíproco?

Tenho um sobressalto quando a oficial me machuca. Alguma coisa afiada fincou na parte ferida do meu rosto. Exatamente no corte feito pelo chicote. Mal tinha começado a cicatrizar quando ela abriu o ferimento novamente, fazendo escorrer sangue. Levei um mão ao rosto, sentindo o sangue quente escorrer pelos meus dedos.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora