Capítulo 68 - Eu sou a profecia

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas ambulantes o/

No capítulo de hoje - a profecia completa o.o

Tenham uma boa leitura o/

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O segundo que fiquei parada olhando a minha mãe presa atrás daquelas grades foi o suficiente para a Guerreira se sentir no direito de me empurrar para frente, querendo apressar o meu passo. Estava internamente em choque. Na verdade a mamãe não havia sido assassinada pelos homens ou levada por eles. Ela tinha sido trancafiada pela própria princesa e duvidava que ela não soubesse da sua prisão aqui embaixo. E, quando questionei sobre a mamãe, a princesa parecia não fazer ideia de onde ela estava. Seria isso completamente verdade?, pensei por um momento, cheia de dúvidas.

Eu e Bianca fomos postas em celas separadas. A Guerreira apenas nos jogou nelas e nos trancou, indo embora em seguida. Pisquei algumas vezes, ainda transtornada com a notícia da mamãe estar viva. Ouvi uma porta se trancar mais ao longe, indicando que a Guerreira havia subido e nos deixado sozinhas.

— Mamãe? Você está aí? Consegue me ouvir? — chamei por ela, querendo ter certeza daquilo não ser apenas uma alucinação maluca.

— Estou aqui, Cia. Estou aqui.

Tenho vontade de chorar imediatamente. Meus olhos marejam e eu deixo as lágrimas escorrerem de felicidade. Mamãe estava viva. Por mais que eu estivesse brava com a princesa por ter escondido isso de mim, sentia o alívio em saber que ela estava bem ali. Perto. Muito perto.

— Mamãe? — Bianca então percebe o que estava acontecendo. — Mamãe é você mesmo? Está viva?

— Estou viva, querida. Estou aqui — mamãe diz para Bianca.

Vejo minha irmã ir às lágrimas como eu, totalmente emocionada. Para nós duas, era um alívio saber que a mamãe esteve com vida esse tempo todo. Eu devia ter aproveitado meu cargo como Guerreira e ter vindo conhecer o calabouço. Poderia ter encontrado ela aqui há muito tempo.

— Quem foi que te trouxe até aqui? — questionei. — Como foi que aconteceu?

— Em que dia foi isso? — Bianca também investe em perguntas.

— Acalmem-se meninas. Resta saber se vou ter força para respondê-las. — A ouço respirar fundo. — Naquele ataque, no dia em que estávamos juntas, eu realmente fui alvo dos homens. Fui capturada por um deles. Porém, uma Guerreira conseguiu mata-lo antes de me prenderem e me levarem para Mateh. Só que ao invés de eu ser liberada para ir para casa, me trouxeram para cá e a princesa julgou necessário me manter aqui embaixo.

—Te disseram o motivo? — acabei perguntando.

— Não. Até hoje estou aqui sem saber o motivo. — Um momento de silêncio. — E vocês, minhas meninas? Por que estão aqui?

— Eu perdi a memória — começo. — A princesa Marilene fez questão de eu perder a memória por algum motivo e eu vim até aqui para resgatá-la. Só que quando eu tentei subir pro terceiro andar, uma Guerreira nos capturou e nos prendeu aqui embaixo.

— Sinto muito — diz Caroline, realmente sentida. — Mas achei bem estranho a princesa querer tirar as suas memórias.

— Também achei — confesso suspirosa. — Uns dois meses depois, comecei a ouvir várias pessoas me dizendo que eu deveria impedir a princesa Marilene no plano de expansão dela. Então depois de muito tempo eu decidi dar ouvidos a às vozes e agora estou presa.

Estranho o silêncio mais longo que a mamãe precisa antes de me responder:

— Bom, acho que chegou a hora de eu cantar a música completa pra você.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora