Capítulo 53 - Acho que a música tem a ver comigo

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NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Estou tendo problema pra colocar a imagem ;-; mas assim que parar o bug, eu coloco direitinho .-.

No capítulo de hoje - agora é a vez da princesa fazer uma visitinha ksks

Tenham uma boa leitura o/

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Uma semana meio perturbadora se seguiu desde a minha conversa com o príncipe Matthew no meu quarto. Esses dias foram marcados com alguns almoços e jantares finalmente mais descontraídos. Aos pouquinhos eu ia vendo o "garoto" sem precisar vê-lo transformado pela sua maldição. Parecia que eu estava retirando sua casca e revelando alguém um pouco diferente. Ainda pensava nas palavras da deusa e não me deixava envolver totalmente... Quero dizer, isso se "envolver" não tiver incluído alguns beijinhos de vez em quando. Esperava que não.

Para o meu alívio, meu mordomo ainda não desconfiava de nada. Pelo contrário, estava ficando feliz por eu ter descoberto que o príncipe não é uma pessoa tão ruim assim de se conviver. As vezes ficava com um pouco de dó porque a cada dia que se passava, o via ainda mais como meu amigo e parecia estar traindo sua confiança ao esconder algo de tamanha proporção dele.

Mesmo assim, ali estava eu me arrumando para ir me encontrar com o príncipe novamente. Dessa vez iríamos jantar, mas essa não seria realmente a atração da noite. Depois de muito insistir com Vossa Alteza, ele concordou em chamar a Marilene para o castelo. Ela tinha mais umas coisinhas para me esclarecer — como o jardim — e agora era a sua vez de me contar a sua versão da história sobre a paixonite do príncipe.

O vestido da noite foi verde. Um verde escuro, mas com pedras que o destacava em meio ao tecido escuro. Edwin colocou apenas um laço nos fios curtos para enfeitar os meus cabelos. Ele declarou que eu estava pronta para o jantar e eu agradeci mais uma vez por ter me arrumado para a noite. Caminhamos juntos para fora do quarto, na direção do salão de jantar. Como de costume, os guardas abriram passagem e eu adentrei calmamente o salão, vendo o príncipe sentado no mesmo.

Quando as grandes portas de madeira se fecharam atrás de mim, ele se levantou da própria cadeira e veio até mim.

— Ela já deve estar nos esperando — comentou ele.

— E por onde nós vamos? Eles acabaram de fechar as portas...

O homem não esperou eu terminar a frase antes de me guiar até um canto do salão onde havia diversos artefatos de decoração. Ele tirou uns três do lugar como se fosse certo tipo de código e a parede se transformou num outro tipo de porta a qual ele teve o trabalho de arrastar para o lado. Adentrei a espécie de túnel e o príncipe enfim fechou a "porta" atrás de nós.

Deixei-o seguir na frente. No meio do caminho, acabei retirando o colar do pescoço para conseguir enxergar melhor. Ao fazê-lo, me dei conta que o príncipe já estava com o formato da sua maldição. Como não havia nenhuma iluminação no local, imaginava por ele já ter se transformado automaticamente.

Andamos um bocado de tempo e eu fiquei me perguntando o tempo todo por quais caminhos estávamos seguindo. Por não conhecer nada do local, então apenas me deixei ser guiada por Vossa Alteza. Tentei observar alguns detalhes das paredes numa esperança de ter alguma indicação, mas as pedras eram apenas pedras e as maiores indicações eram algumas plantas rasas dando um jeitinho de aparecer aqui e ali.

Enfim paramos diante de outra porta de pedra a qual ele precisou decifrar um enigma rapidamente antes de conseguir mover a parede do lugar, abrindo uma pequena fresta para passarmos. Logo estávamos diante de outro corredor, mas o príncipe não parou por ali. Apenas continuou seguindo em frente até subirmos um lance de escadas amplo e outro pouco mais a frente.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora