Capítulo 21 - O valor de uma cabeça é uma medalha

1.7K 202 518
                                    

NOTAS INICIAIS

HEY, Batatinhas Ambulantes o/

Mais um capítulo quentinho e ah, no capítulo passado, fiquei orgulhosa dos leitores perceberem detalhes importantes u.u é bom vocês acostumarem com isso porque vou usar muitas referências, então fiquem atentos a TODOS os detalhes hihi

Aliás, acho importante ressaltar que "Astéria" é o nome de uma deusa mitológica (grega) e também é o sobrenome da Acácia. É igual o trocadilho que eu fiz com a Natália Winter ksks. Estou especificando por causa da possível "confusão" ocorrida no capítulo passado ksks mesmo que eu tenha citado no capítulo 3 quem era a Astéria u-u

Enfim, continuem prestando atenção nos detalhes e referências porque são muito importantes pra vocês entenderem o futuro u.u

No capítulo de hoje - uma medalha...

Tenham uma boa leitura o/

--------------------

O sono não demorou muito para surgir depois de toda aquela confusão secreta que tinha vivido. Bem cedo, as Guerreiras acordaram as Iniciandas para tomar o café da manhã, o que serviu para matar minha sede por não possuir mais meu cântaro. Nem sequer disse a alguém que estava sem. Imaginava que qualquer pessoa questionaria o motivo e eu não sabia nem explicar os acontecimentos.

Desmontamos o acampamento e caminhamos na direção das baixas colinas, não muito afastadas de onde ficava a cabana daquela mulher, a Ártemis. As árvores ficaram mais espaçadas e em algumas horas, chegamos a uma espécie de vilarejo. Parecia deserto naquele instante. Possivelmente nenhuma mulher da Casta 5 gostava muito das serviçais da princesa Marilene.

— Estão vendo, minhas futuras Guerreiras? Nós que comandamos esse lugar — diz Ramona num tom de orgulho.

“Demônio” era como Ártemis tinha se referido a ela.

— É bom que tenham medo mesmo, casta 5 — gritou pela rua deserta.

O silêncio a respondeu.

Continuamos nosso caminho por entre a cidadezinha. Durante este, fui observando os pequenos detalhes do local. Se não estivesse tão sujo e degradado, podia comparar à casta 4.

Enquanto andávamos, pude perceber um rosto humano nos encarando furtivamente numa das janelas sujas. Entretanto, eu não fui a única a notar e logo uma das Guerreiras que nos acompanhava caminhou na direção da mulher, embainhando a espada em mãos. Esta se escondeu, parecendo querer se proteger de algum ataque.

A Guerreira quebrou o vidro e gritou com grosseria:

— O que está olhando, escrava?

Mais silêncio para o ambiente.

— Se nos olhar assim de novo, vai acabar como as escravas de ontem — ameaçou a mulher que se escondia da Guerreira.

Ramona parou para observar a cena e um sorriso maldoso cresceu em seu rosto. Parecia formar um plano em poucos segundos e tive certeza disso quando as palavras escaparam da sua boa:

— Iniciandas, vou dar uma missão extra para vocês hoje — anunciou. — Quem me trouxer a cabeça daquela escrava primeiro vai ganhar uma medalha de obediência.

As garotas ficaram agitadas ao meu redor.

— Podem começar.

Num segundo várias moças corriam na direção da casa onde a mulher se escondia. Algumas usaram suas espadas para auxiliar no arrombamento da porta de madeira. Essa se partiu em alguns pedaços e elas invadiram a casa sem dó.

A Guardiã da Noite - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora