NOTAS INICIAIS
HEY, Batatinhas Ambulantes o/
Parece que hoje vocês vão ver uma personagem que vocês estão aguardando hehehe
No capítulo de hoje -
Tenham uma boa leitura o/
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A princesa Marilene não ficou nada satisfeita quando eu pedi mais uns dias de folga para resolver umas coisinhas que havia deixado passar. Isso me deu margem para argumentar ter chegado antes do previsto anteriormente e por isso tinha direito de ganhar mais uns dias para arrumar minha vida. Claramente contra a própria vontade, ela me cedeu e me permitiu viajar por mais um tempinho.
Era só o que eu precisava para encontrar Karen Rizzon.
Dias depois da minha petição para a viagem, dentro de uma carruagem, eu pensei na possibilidade de estar apostando demais na bondade dessa moça. Afinal, ela pode ter todas as respostas de que preciso ou nem se lembrar da minha existência. Eram dois extremos e eu tinha de saber lidar com ambos.
Respirei fundo, agradecendo pela viagem à cocheira e pagando algumas moedas a ela. Desço da carruagem com a minha bolsa com alguns pertences. Não pretendia estender minha estadia naquele lugar, ainda mais se não encontrasse o que estava procurando.
Olhei ao redor na vila. Usava alguns tecidos por baixo de uma parte de armadura de Guerreira. Trajava botas de metais, cotoveleiras e ombreiras de ferro. Usava tanto aquilo — praticamente um uniforme — que tinha me acostumado com o peso. As mulheres passeando por ali me observavam com curiosidade. Era efeito colateral de estar vestida como uma Guerreira, mesmo sem saberem meu real grau de importância.
Numa mercearia, tive de entrar para perguntar onde poderia encontrar a Karen Rizzon. Ela disse na maior alegria que precisaria andar mais um pouco até encontrar mais a frente uma padaria movimentada. Agradeci pela informação e segui suas indicações. Só percebi a agitação ao me aproximar mais da padaria, contudo não era nada muito exagerado. Pela manhã, os comércios da casta quatro ficavam dessa maneira. Ali era aonde mulheres de todas as castas vinham gastar seu dinheiro.
Cheguei a esperar esvaziar um pouco antes de entrar na padaria definitivamente. Vejo seus olhos se arregalarem num misto de surpresa e felicidade. Sua primeira reação é me abraçar e eu fico meio sem jeito. Não me lembrava da relação que tínhamos, então não sabia direito como reagir.
— Oi... — murmuro quando me solta do abraço. Não tinha o retribuído.
— Olá — diz ela com ênfase, me analisando de cima a baixo. — Nunca pensei que te veria usando essa armadura. — Sua expressão fica levemente mais séria.
— Por quê?
— Você sabe por quê. Não nos dávamos bem lá.
Seus grandes olhos verdes estavam me encarando. De longe era o que mais chamava atenção no seu rosto. Seus cabelos castanhos estavam presos num coque e ela parecia um pouco corada, possivelmente pelo dia corrido — a pouca quantidade de suor se juntando na sua testa evidenciava isso.
— Na verdade eu não sei — confesso. — Preciso de ajuda. Perdi a memória.
Primeiro ela me encara com desconfiança, depois segura a minha mão, grita ordens para outras mulheres que estavam trabalhando para atender os clientes da padaria e por fim me puxa para os fundos da pequena loja. Era após um pequeno corredor que ligava a loja à cozinha onde se preparava os pães, então estava bastante aquecido por ali. Percebendo que não aguentaríamos ficar muito mais tempo naquele lugarzinho quente, ela abre a porta dos fundos e enfim nós duas estamos do lado de fora onde estava bem mais fresco.
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A Guardiã da Noite - Livro 2
Fantasía[Trilogia Os Guardiões - Livro 2] - [antigo ENTRE DOIS REINOS] Homens e mulheres já não conseguem mais viver em harmonia. Quase um milênio foi necessário para que os dois reinados conseguissem se separar em sociedades distintas, mas próximas. Dentro...