—Por favor, não me diga que é um sonho.
Acordei com Alaric me olhando sorridente. Sorri retribuindo o sorriso encantador e hipnotizante.
—Não é um sonho!
Respondi. Ele sorriu ainda mais.
—Então, está mesmo aqui?
Que loucura. Me dei conta do atrevimento que eu havia cometido. Desfiz o sorriso quando percebi que eu estava deitada na cama do rei, ao lado do rei...
—Perdão majestade!
Levantei imediatamente sem graça me pondo de pé ao lado da cama.
Que vergonha senti. Mal conseguia encará-lo.—O que tenho que perdoar?
Direcionei meus olhos para ele que me fitava atento aguardando minha resposta.
—Eu não devia... peguei no sono e...
—Doce Alana. Está tudo bem.
—É que...
—Não tem que se justificar nem pedir perdão. Estou muito agradecido pelo o que fez. Não só cuidou de mim mais passou a noite toda ao meu lado.
E como fiquei feliz...Sorri meio de canto. O que dizer naquele momento?
Bom, enquanto ele estava desacordado era bem mais fácil dizer o que quando era bom estar ali... Mas naquele momento, eu não estava sabendo como me comportar...
Ele soltou um pequeno gemido ao tentar se levantar.—Está sentindo dor?
Perguntei me direcionando a ele para ajudar.
—Só uma queimação.
—É a pasta que eu coloquei nas feridas. Está fazendo efeito. Logo estará se catrizando.
Respondi dando uma olhada nas feridas espalhadas pelo seu corpo.
Me olhou por um momento em silêncio. Corei.—Por quê, Alana?
Olhei para ele franzindo o cenho.
—Por que todo esse cuidado? Por que voltou ao palácio correndo o risco de contrair a peste,para cuidar de mim? Logo eu, que te fiz tão mal.Porque me apaixonei por você...?
—Todos merecem uma segunda chance, majestade.
Ficamos nos olhando por alguns momentos, até uma serva bater a porta.
—Com licença, vossa majestade.
A serva o reverenciou assim que foi permitida sua entrada.
—Trouxe o café da manhã.Fui até ela e peguei a bandeja de sua mão. Ela se retirou fechando a porta em seguida. Levei a bandeja e a coloquei sobre a mesa.
—Estou sem fome.
—Precisa se alimentar bem, majestade.
—Ah por favor, Alana. Sem formalidades. Alaric.
—Não é certo,majestade.É o rei.
—Não o rei. Sou só mais um de muitos.
—Sim, majestade. Mas...
—Alaric, Alana. Já que sou um rei exijo que me chame pelo nome.
Olhei para ele soltando um risinho tímido.
—Certo,majes...Alaric.
—Muito bem.
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A favorita do rei
RomanceCAPA FEITA POR: @Bihsoares3 Devido a uma epidemia de peste no ano de 1800,Alana Dewit perdera seus pais ainda quando criança.Por medo da peste atingir sua sobrinha, Rick,seu único parente vivo,se viu obrigado a afasta-la da pequena aldeia da onde el...