Capítulo 67

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Alaric narrando...

—Tenho que te confessar algo.

Brian quebra o silêncio que estava entre nós.

Fomos levados para uma cabana acampada logo depois da floresta e nesse exato momento, Brian e eu estamos com os pés e as mãos amarrados. Tamanha humilhação, eu Alaric Graham, rei da Inglaterra, estava como um prisioneiro, amarrado em uma cabana sabe lá Deus onde. Sem saber o que estar por vir, estamos nas mãos do inimigo que até agora não deu as caras para fazer o que tiver de fazer. Só pode estar brincando com a gente.

—Confessar?

—Sim.

—E o que é?

—Eu...beijei Alana, antes de partir de Londres.

Bufei. Nada que eu já não soubesse.

—Eu sei.

—Ela te contou.

Antes fosse.

—Não. Eu vi.

—Ah. Mas, não significou nada. Tivemos uma história linda, mas ficou no passado. Descobri que eu não a amo mais. Na verdade, eu estava o tempo todo ao lado da mulher da minha vida e não me dei conta. Quando vi, era tarde demais.

—Eu sinto muito pela sua esposa e filho. Não foi nada fácil para você.

—Só Deus sabe o quanto foi difícil. Queria voltar no tempo e fazer diferente. Mas infelizmente não posso...

—Tem coisas que eu fiz no passado que eu também faria diferente. Fiz Alana sofrer demais. E não consigo me perdoar por isso.

—Ela ama você, Alaric. Não tem motivos para não se perdoar.

—Então só me resta pedi o seu perdão. Desejei tanto a sua morte.

—Então eu também te devo perdão. Porque desejei o mesmo a você.

A gente se olha por uns instantes. Ele sorri e eu retribuo.

Um alvoroço se torna lá fora, gritos de homens e espadas tinindos, como se estivesse havendo uma luta.

—O que está acontecendo?

—Parece que o nosso reforço chegou.

Diz Brian com um sorriso satisfatório nos lábios.

—O que temos aqui.

Meus olhos se espantam de emoção ao ver James entrando na cabana.

—Jamie. Graças a Deus!

Respondo aliviado. Ele vem em minha direção e começa a me desamarrar enquanto o outro rapaz desamarra Brian.

—Bom te ver, majestade.

A recíproca é verdadeira. Não via James desde aquela noite quando abri a cela da prisão para que fugisse.

—Como nos encontrou?

Pergunto assim que fujo do seu abraço.

—Um soldado seu nos encontrou e disse que estava indo atrás de você.

—Para quê?

—Para lhe informar que Thomas já sabia do plano e que estava armando uma emboscada para vocês.

—Desgraçado. E fomos pegos de surpresa. Mas não vimos Thomas nem Francis.

—Francis está morto. Thomas o matou. E...Alaric. Sinto informar que seu pai o rei, não teve uma morte súbita. Ele foi morto.

A favorita do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora