Epílogo

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Palácio Graham...
Londres

Alguns anos depois...

Observo Charles caçando borboletas à beira do lago, enquanto Henrique corre de um lado para o outro procurando alguma coisa que lhe agrade. Como crescem depressa.
Charles já se sente um homenzinho, não se interessa mais em brinquedos, vive falando que brinquedos são para bebezinhos. Ficou meio enciumado com a chegada de Mary Elizabeth, mas logo gostou da ideia de ter uma irmãzinha para tomar conta. Já Henrique, se encantou pela menina assim que a viu pela primeira vez. Um irmão babão, que não deixava ninguém se aproximar da princesa. Bom, até hoje é assim...
Eu estou adorando essa vida. Tenho três lindos filhos, casada com o homem que aprendi amar perdidamente...

Às vezes me pego pensando como seria se eu não tivesse voltado para Londres. Eu não teria a família que tenho hoje, talvez nem família eu teria. Tio Rick morreria sozinho...

Tio Rick.

Faz dois anos que faleceu. Sinto sua falta, mas sei que seus últimos anos de vida foram os melhores para ele. Estava feliz, realizado. E se foi sabendo que eu estaria bem. Isso o confortou.
Lembro-me de suas últimas palavras...

—Não quero que fique triste, querida. Eu vou em paz. Minha missão aqui na terra acabou. Era unir você e Alaric. Seus destinos foram traçados e agora, posso descansar feliz e tranquilo...

De fato, era verdade. Se não fosse pelo tio Rick, eu não teria voltado a Londres, não teria conhecido Alaric, não teria tudo que tenho hoje.

Eu não me arrependo de nada e nem lamento. Se isso aconteceu um dia, ficou lá atrás, no passado. Esquecido e apagado junto com a fase ruim no começo de tudo.

—Olha quem acordou!

Olhei para o lado e vejo Katrine trazendo minha princesa no colo.

—Bom dia, meu amor!

Abro um sorriso esticando os braços para pegá-la.

Mary Elizabeth sorri e se joga em meus braços.

—Lizze!

Henrique corre em nossa direção empolgado. —Deixa eu dar um beijo nela, mamãe.

Eu me abaixo para atender ao pedido do meu pequeno príncipe.

—Chegou essa carta, majestade.

Pego o envelope de sua mão e passo Mary Elizabeth para ela novamente.

—Obrigada, Katrine.

Ela faz uma mensura e sai levando minha bebê.

—Mamãe, olha. Eu peguei uma borboleta!

Charles vem correndo contente em me mostrar. Eu me abaixo sorrindo.

—Muito bem, meu amor. É linda. Mas agora você tem que soltá-la.

—Sim, eu sei. Vou pegar outra.

—Isso, vai.

Ele sai correndo e eu olho para o envelope selado em minha mão. Abro e começo a ler o conteúdo.

É sobre a construção da escola que Alaric mandou construir para as crianças do vilarejo onde eu nasci. A única escola que tem, fica muito longe de lá e somente os filhos de nobres podiam estudar. Mas agora as crianças pobres vão ter onde estudar. Falta pouco para ser inaugurada. Somente alguns detalhes.

Ao acabar de ler, solto um sorriso satisfatório.

Mais tarde na sala do trono, recebi algumas pessoas que vieram pedir alguma ajuda, isso é o trabalho do rei, mas Alaric está a caminho de Londres, havia ido a Gênova resolver algo que não quis me dizer. Entendo. Sendo assim, na sua ausência, eu tomo as rédeas.

A favorita do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora