Capítulo 59

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— Como ousa invadir a sala do trono sem ser convidada?

Grã-duque quebrou o silêncio que pairava entre nós.
—Cometeu um crime, majestade. A pena é a morte!

—Ninguém toca em Alana!

Finalmente Alaric disse alguma coisa. Os dois guardas que vinham em minha direção recuaram ao som da voz firme de Alaric.
—Grã-duque, eu ainda sou o rei.

—Sim, majestade. E sabes que esta mulher cometeu um crime e a condenação é a forca. Mesmo sendo a rainha.

—E o que faz pensar que eu mandaria Alana para forca?

Meus olhos brilharam. Ele estava me defendendo das acusações maldosas de grã-duque.

—É a lei, majestade.

—Que lei, grã-duque?

—A que o rei Henrique, seu pai decretou.

—E quantas vezes você viu meu pai cumprir com a própria lei nas vezes que minha mãe invadia a sala?

Grã-duque engoliu a seco.
—Não ouvi...

—Nenhuma, majestade...

Falou num sussurro.

—Se nem meu pai, que decretou a lei, pôde cumpri-la, por que eu devo?

Porque grã-duque não gostava de mim.

Fato.

—E se Alana veio até aqui, sabendo que estava arriscando sua vida, é porque deve ter algo muito importante para dizer. E eu sou todo ouvido.

Disse se sentando em seu trono me encarando.

Haaa. Meu lado debochado gargalhava por dentro.
—Aconteceu algo com Henrique ou Charles?

Perguntou preocupado.

—Não, meu senhor.

—Então, a que devo a honra de sua visita?

—Meu senhor...

Dei um passo à frente.
—Venho trazer uma boa notícia para vossa graça.

—Ótimo. Finalmente palavras agradáveis. O que é?

—Bom, primeiramente peço perdão pelo atrevimento de invadir seu gabinete, mas como tem tempo que não o vejo.... foi preciso.

—Confesso que estou no erro com você. Peço perdão por isso. Mas são tantos problemas que estou tentando resolver.

—E eu entendo, não há o que perdoar.

—Mas vou compensá-la. Prometo.

Ele conseguia me derreter só com o olhar.

—Bom, alguns meses enviei uma carta para o rei Juan Martin Cuervo, rei da Espanha. Achei que não me responderia, mas hoje chegou essa carta com a resposta que eu precisava.

—Rei Juan da Espanha? Eu também enviei uma carta para ele. Não tive respostas.

—Mas eu sim. Aqui está.

Estendi a mão lhe entregando a carta ele se levantou as pressas a pegando de imediato.

—Impossível.

Grã-duque protestou.
—Por que responderia a você e não ao rei? Não pode ser a carta do próprio rei Juan.

—O selo é da Espanha e veio selada com o próprio brasão do anel do rei. Não tem como não ser dele.

A favorita do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora