Capítulo 52

1.6K 160 22
                                    


Ele me beijava com tanta paixão e eu me envolvi em seus braços me entregando por completo. Suas mãos se entrelaçaram em minha cintura me puxando para mais perto do seu corpo seminu e quente. Aquele desejo me consumia, não pensava em mais nada, não queria mais nada, só Alaric.
Num movimento rápido e brusco, ele me puxou por sobre seu corpo deixando o meu por baixo, ainda sem parar de me beijar.
Passeava sua mão pelo meu corpo me arrepiando toda com seu toque, desceu seus lábios para meu pescoço, beijando, sugando, me delirando de prazer.
E quando eu estava envolvida demais, ele parou...

—Está errado.

Falou por sobre meu ombro.
O que? Ele não podia estar falando sério.
Ergueu a cabeça e me fitou nos olhos.
—Não posso fazer isso com você.

Fiquei encarando-o sem entender.
Mas não era o que queria? Que eu me derretesse por ele?
—Desculpe!

Fez com que fosse levantar. Segurei em seu braço forte e musculoso. Ele não estava fazendo nada de errado, nem me forçando a nada, eu queria, tanto quanto ele...

—Por favor, Alaric.

Lembrei de suas palavras de alguns tempos, onde ele me disse que um dia eu ia implorar por ele. De fato. Era o que eu estava fazendo naquele momento. Implorando por ele, para fazer amor comigo.
Nos olhamos por uns instantes em silêncio. Até que finalmente, ele cedeu...
Me beijou novamente, ainda mais com vontade, louco, alucinado de desejo, o qual ele esperou por muito tempo.
Enquanto sua língua penetrava em minha boca, suas mãos fizeram um gesto violento rasgando minhas roupas, expondo meus seios fartos. Não demorou muito e sua boca sugou um dos mamilos. Ai, que loucura!
Soltei um gemido abafado quando senti sua mão tocar em minha intimidade por baixo do vestido. Ele acariciava meu íntimo com tanta delicadeza que eu me contorcia por baixo do seu corpo.
Ergui meu corpo jogando a cabeça para trás, quando seu dedo penetrou em mim.

—Está pronta!

Falou com a boca ainda sugando meu mamilo.
Claro que estava pronta. Louca. Ardente. Sedenta...
Nem percebi quando se livrou do calção.
Se posicionou entre minhas pernas que estavam abertas para recebê-lo.
—Olha para mim, doce Alana. Quero olhar em seus olhos enquanto faço amor com você.

Obedeci. E foi olhando em meus olhos que penetrou demoradamente em mim. Indo e vindo devagar, com carinho, amor, desejo...
Alisava meu rosto explorando meu íntimo pulsante com seu membro viril.
Gemi um pouco mais alto.

—Está machucando?

Só consegui acenar com a cabeça num gesto negativo. Envolvi sua cabeça em minhas mãos e o puxei para um beijo enquanto seus movimentos aceleravam carinhosamente, em cauteloso em suas investidas. A todo instante olhava em meus olhos me perguntando se estava me machucando.
Totalmente diferente da primeira vez quando tentou a força...Afastei essa lembrança para longe...Naquele momento ele estava sendo um verdadeiro cavalheiro...
Díos. Estava tão bom que não queria que parasse. Era pecado?
Então,sou uma pecadora.
Eu não me segurei mais, e explodi no clímax, tão intenso que me surpreendi. E quando percebeu que eu havia explodido, estocou seu membro num movimento lento e carinhoso até se esvaziar por completo. Gemeu rouco recostando sua cabeça entre meu peito, nossas respirações ofegantes, nossos corpos quentes e úmidos de suor, nosso íntimo pulsando alucinadamente. Alisei sua cabeça depois de um leve beijo. Eu me sentia realizada. Não que Brian também não me realizou, mas foi diferente com... Alaric. Foi diferente...? Foi diferente!
Mas Como?
Eu amava Brian. Não deveria ser mais especial do que com Alaric?
Não.Não me sentiria culpada por isso. Afinal, não era o que eu queria?

Ele saiu de dentro de mim se jogando na cama ao meu lado, seu rosto estava molhado de suor. Passei minha mão de leve para secar o suor e senti que sua temperatura estava fora do normal.

—Dios. Está ardendo em febre!

Exclamei espantada.

—Estou bem, não se preocupe.

Respondeu ainda ofegante com um sorriso nos lábios.

—Como no preocupar-me? No debias hacer esforços!

—Está falando em espanhol. Estamos na Inglaterra!

Sorriu achando graça. Nem eu havia percebido.
Me levantei e me dei conta do meu vestido rasgado até a altura do umbigo, puxei o lençol cobrindo meus seios envergonhada. Vê se pode?
Olhei para ele que estava sorrindo meio de canto observando meu constrangimento.

—Não tem motivo para se envergonhar.

Corei.

—Preciso ir à cozinha para preparar mais chá. Imagina se alguém me vir desse jeito. Vou morrer de vergonha.

—Ora vamos. Usa minha capa que está sobre a poltrona.

Apontou com o olhar e eu segui.
Rapidamente me levantei e fui até a poltrona e me envolvi com sua capa.
—Me desculpe pelo vestido. Te darei novos.

—Não se preocupe. Era um vestido velho.

—Então fiz bem rasgar. Inclusive, você não levou nenhum dos vestidos que eu te dei quando deixou o palácio.

Franzi o cenho olhando para ele enquanto amarrava a corda da capa.
—Eu não saía do seu quarto, teu cheiro ficou lá. E eu adorava sentir.

Eu sorri cabisbaixo.

—Vou preparar seu chá.

Disse pegando o pouco das ervas que ainda sobraram. Era pouco demais. Alaric tinha que melhorar da noite para o dia, caso contrário, sua situação ia piorar e não haveria chá o suficiente...
—Não demoro.

Disse indo em direção a porta.

***

—Alaric?

Chamei pela segunda vez. Ele abriu os olhos e soltou um sorriso.

—Casa comigo?

Estava delirando. Era preocupante demais. Ergui sua cabeça devagar e o ajudei com o chá.

—Isso é horrível!

Resmungou fazendo uma careta.

—Mas é o que vai te ajudar.

Respondi empurrando mais um gole para dentro da sua boca.
Logo em seguida, molhei o pano e coloquei sobre sua cabeça. Ele me olhava sério e bem atento.

—Casa comigo, Alana?

Perguntou mais uma vez.

—Shiii. Descansa!

—Por que não responde?

Porque eu não sabia o que responder. Certamente quando estiver melhor, nem se quer vai lembrar do que me propôs.

—Você não está dizendo coisas com coisas. Vamos deixar isso para quando estiver melhor!

—Eu estou bem, doce Alana. Estou muito ciente do que estou falando.

Olhei para ele não acreditando em suas palavras.

—Olha para mim, Alaric.

—Estou olhando.

—Sou só uma camponesa. Não sei se seria uma boa rainha, ou uma boa esposa...

Eu tentava me esquivar do assunto.

—Impossível não ser uma boa esposa. Agora uma boa rainha, eu também não sou um bom rei. Podemos tentar juntos.

Eu soltei uma gargalhada, não por achar graça, mas de nervosismo. Uma gargalhada que desfiz quando percebi seu olhar apontado para mim, sério totalmente.
Houve um breve silêncio.

—Estou falando sério, Alana. Quero torná-la minha esposa. É a rainha que eu adoraria ter ao meu lado. Não precisa responder agora.

E nem tinha como. Eu, rainha?
Eu nem sabia o que sentia por Alaric direito. Eu estava confusa, perdida nos próprios atos...eu amava Brian, não tinha dúvidas, mas Alaric me despertara algo que eu não sabia explicar. Mas não a ponto de me casar com ele... Alaric estava delirando, era isso. Logo esqueceria daquela conversa maluca. Então não tinha que me preocupar... 

A favorita do reiOnde histórias criam vida. Descubra agora