Mariana
Eu me considero uma garota normal.Estou nos meus dezenove anos, cursando o pré-vestibular na escola.Não diria que tenho uma vida difícil, cheia de dramas e controvérsias.Pelo contrário.Sou bem cuidada pelo meu irmão mais velho, que tem feito todo o trabalho paternal e maternal desde o falecimento dos nossos pais.
Foi há quatro anos atrás, quando minha mãe descobriu um câncer de mama.Ela se foi, e, assim como eu e meu irmão, meu pai ficou muito abalado.Ele adoeceu pouco tempo depois, nos deixando também.Eu e Bruno, — meu irmão — ainda éramos bem novos.Ele teve que amadurecer rápido demais para que pudesse cuidar de nós dois.
A forma como tudo aconteceu me deixou completamente perturbada na época.Hoje em dia já estou bem melhor psicologicamente, apesar da saudade bater com força às vezes.Mesmo assim, não tenho reclamações.Bruno sempre deu seu melhor para que pudéssemos nos virar sem a presença deles.
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Acordo às 6:30, em ponto.Minha aula começa às 7:30 então levanto, tomo um banho rápido, escovo os dentes e em seguida coloco meu uniforme.Penteio o meu cabelo e passo apenas um rímel.Pronta.
Desço às escadas correndo até a cozinha.
— Bom dia — beijo a bochecha do meu irmão rapidamente e ele dá apenas um sorriso fraco, me fazendo franzir as sobrancelhas pelo seu gesto.Ou talvez pela falta dele, considerando que ele é sempre bem carinhoso.Talvez seja apenas uma das suas crises de melancolia, — penso comigo.As vezes ele tem umas recaídas repentinas.Nós dois temos.
— Aconteceu alguma coisa? — pergunto preocupada, me aproximando.
— Hein?— franze as sobrancelhas — Não, nada aconteceu — diz, evitando contato visual — Vai pra escola, antes que se atrase — fala mais ríspido do que nunca, beijando minha testa e então saindo da cozinha.
Decido não insistir.Pego um pedaço de bolo na mesa e saio de casa, andando até a escola.É pertinho, então aceito uma caminhada.Chego e subo as escadas com pressa, encontrando Julia, minha melhor amiga.
— E essa cara de morta aí? — rio ao notar sua cara de sono, enquanto seu corpo está esparramado na cadeira.
— Adivinha — ela suspirou, chateada, mas antes que eu pudesse o-fazer, continuou — O Carlos né amiga, veio com papinho de sermos só amigos de novo ontem a noite.Sei que estávamos só ficando, sem compromisso nenhum, mas ele sabe que eu gosto dele, poxa. Não aguento mais esse vai e vêm. —lamentou
— Já disse pra você partir pra outra, amiga.Ele não vale a pena, de verdade — a abracei carinhosamente e foi impossível não lembrar do Bruno, meu irmão.Ele sempre teve uma queda pela Ju, e se ela soubesse o quanto de valor ele dá pra ela sem nem mesmo tê-la...
O sinal tocou.Virei pra frente esperando o professor chegar.
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OBSERVAÇÃO: Esse é apenas um capítulo introdutório, sem muita complexidade, por isso é menor que os demais.Esse capítulo tem apenas 400 palavras, os seguintes tem em média 1.000 palavras.Keep going, bebês!
IMPORTANTE: Esse é um livro fictício.A autora tem total noção de que o tráfico não deve ser romantizado e que, na vida real, tira a vida de diversas pessoas inocentes.De forma alguma a obra deve ser vista como incentivo ao crime.
Além disso, é o meu primeiro livro, então peço que tenham paciência comigo, tá? <3
Boa leitura!
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Amor de droga
Fanfiction"Tava ligado que o fato da Mariana estar comigo poderia ser muito perigoso pra ela." © Copyright 2019 Todos os direitos reservados. Não autorizo repostagem de qualquer conteúdo presente na obra. PLÁGIO É CRIME. #1 ranking "romance" Wattpad 2019. #...