Capítulo 23 - Confiança.

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" O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. "- Maria Julia Paes de Silva.




Logo depois que passei pomadas nos machucados do Elliot, ele acabou adormecendo em minha cama, ele estava precisando muito disso que era um descanso. Eu joguei no lixo os lenços que usei para limpar os machucados dele e guardei os curativos e dei graças a Deus por ter essas coisas aqui pra poder auxiliar ele, eu ainda queria que um médico avaliasse ele, mas Elliot recusava ver médicos então não tinha como, eu teria que bancar a médica.





Aproveitando que ele estava dormindo, eu acabei tirando o papel de presente que mandei embrulhar na caixa do celular dele, eu coloquei o chip que ele iria usar e pluguei ele no celular pra poder carregar e  poder usar amanhã mesmo, esperava que ele aceitasse o meu presente pois era o único jeito da gente se comunicar.



Eu ajeitei o sofá aonde eu iria dormir, não queria atrapalhar o sono do Elliot ficando lá olhando pra ele, então hoje eu resolvi que dormiria aqui e pensaria sobre a conversa séria que eu teria com ele amanhã, arrumando meu travesseiro no sofá a campainha foi tocada, já era de imaginar quem seria, atendi e era mesmo ele, Bucky que entrou estendendo uma rosa para mim.



- Aceite essa rosa como um pedido de desculpas minha e da Alexa sobre aquele acontecimento.



- Que rosa linda - senti o aroma dela e suspirei por conta o aroma gostoso que vinha da mesma - Obrigada - Fechei a porta e coloquei a rosa em cima da mesa.



- Achei que nem iria me receber já que mandou eu e a Alexa se foder - ele riu de nervoso - É um bom começo.



- Sinto muito por aquilo, fiquei chateada por vocês julgarem o Elliot sem conhecer ele como eu o conheço.




- É a gente sabe disso, fomos bem idiota e isso reconhecemos, você me perdoa por não gostar dele ?.



- Sim eu perdoou, mas por favor, não fale mal dele. Elliot é importante pra mim, já falei isso pra você.



- Sim eu sei - ele cruzou os braços - Você está bem ?.


- Estou sim, Elliot ele está aqui, está dormindo no meu quarto e eu - apontei para o sofá - Estava me preparando para dormir também.



- Desculpe por atrapalhar seu belo sono - ele se curvou para mim que ri.



- Está tudo bem Bucky - abracei ele que me correspondeu - Tirando aquele ocorrido eu me diverti bastante com vocês, sentia falta de diversão.



- Teria sido mais legal ainda se não tivesse ido embora, meus planos era levar você pra Roda-Gigante e de lá no topo te pedir em namoro, mas não deu - ele encolheu os braços e olhou para chão.




- Isso seria bem romântico da sua parte.



- Você acha ? - riu - Teria aceitado meu pedido de namoro ?.



- Teria sim, mas pra isso você teria que aceitar que Elliot faz parte de minha vida e que você teria que ser amigável com ele pois não quero que você tenha ciúmes desnecessário por ele estar sempre comigo.



- Ser amigável eu acho que seria fácil, eu aceitaria pois faz parte do pacote - ele revirou os olhos e sorriu em seguida - A única coisa que quero é ficar em paz com você Sky, é o que desejo - ele beijou minhas mãos e depositou os lábios dele em minha testa.



- Você é muito fofo - dei um selinho nele - Sem defeitos - bocejei e ele colocou a mão em meu rosto.



- Está bem cansada né ? Acho melhor você dormir um pouco Sky, amanhã a gente conversa.




-  Preciso dormir pois o dia foi bem agitado - acompanhei ele até a porta e abri - Até amanhã.



- Até - ele me beijou e sorrindo saiu de meu apartamento e fechei a porta.




Me arrastando eu me deitei no sofá e peguei no sono na hora, eu tava muito cansada mesmo e desejava acordar só no ano que vem, acho que meu sono já teria acabado nessa etapa.



Em meu sonhos que eu tanto queria que fossem tranquilos, foi bem pesado. Eu estava sonhando que tava acontecendo uma invasão aqui em meu apartamento e que tinham arrombado a porta, quem era aquelas pessoas eu não sabia mas um rosto era bem conhecido o pai adotivo de Elliot. Ele estava exigindo para eu entregar o Elliot pra ele mas recusei, ele tinha me dado um tapa na cara tão violento que me faz cair no chão, Elliot que até então estava escondido, apareceu e começou a brigar com aquele homem que eu tanto detestava. Elliot não queria ir embora e o pai dele não aceitou isso e estralou os dedos, quando ele fez esse gesto, os homens que estavam armados atiraram contra o corpo de Elliot e isso me fez acordar toda ofegante e preocupada, eu me levantei as pressas do sofá e chamando o Elliot, entrei no quarto e ele não estava deitado na cama, eu o chamei novamente e a porta do banheiro estava aberta e ele meio descabelado me olhou sem entender nada, eu corri para perto daquele magricelo e  o abracei aliviada por ele estar bem.



- O que deu em você sua maluca ? - perguntou tentando me tirar da cintura dele que apertava - A regra de não tocar em mim ainda vale sabia ?.




- Foda-se Elliot - abracei ele mais forte - Que bom que você está bem.




- Acho que estou bem sim - parei de abraça-lo e ele deitou na cama - Boa noite - fechou os olhos e deitei ao lado dele, ele virou a cabeça pra me olhar mas se manteve queto.




- Precisa me contar o que aquele cara faz com você Elliot, precisa me falar toda a verdade.




- Não vai mudar em nada se eu te contar..... - falou calmo e me olhando com um olhar doce, nunca tinha visto aquele olhar dele para mim antes - Não vamos falar disso, está bem ?.




- Adiar não vai resolver nada, você é muito teimoso - resmunguei e ele riu - Que bom que está com bom humor, isso me alegra um pouco mesmo eu sentindo uma leve raiva de você.



- Acho que me acostumei com você.... De alguma forma - sussurrou fechando os olhos.




- Se você se acostumou como você diz, me  conte sua historia de vida, me conte tudo, seja transparente comigo.



- "Todos tem o seu lado obscuro que desde que tudo dê certo, é preferível não conhecer. " - citou ainda com os olhos fechados.



- Não é saudável guardar os seus segredos só pra você - deitei mais próxima dele e assoprei o rosto dele que se formou uma cara de tédio - Se desabafar comigo, eu te conto um segredo da minha vida que nunca contei pra ninguém. - disse séria e ele abriu os olhos.




- Minha história é bem pesada, não vou traumatizar você  - ajeitou a cabeça dele no travesseiro.




- A minha também é Elliot, tem que me contar.... Prometo não falar nada pra ninguém.




- Se eu contasse, eu não iria saber por onde começar - bocejou e se embrulhou nas cobertas.



- Gostaria de ouvir desde seu nascimento - ele riu e fiquei de baixo da mesma coberta que ele - Pode me contar ?.


- Amanhã eu te conto....talvez.....


- Promete ? Elliot. - ele não respondeu pois tinha pegado no sono, beijei a bochecha dele e me virei pra dormir. Esperaria mesmo que ele me contasse tudo amanhã.



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