Sebastian narrando:
Depois de desmaiar meu pai no soco precisei escolher rápido, resolvi me presentear com mais uma chance de viver, a escolha é sumir daqui.
Coloquei as roupas de qualquer jeito na mochila e depois peguei todo dinheiro da minha mesada, eu já não tenho mais com o que gastar mesmo apenas vou precisar para minha sobrevivência. Resolvi escrever uma carta, para deixar minha família despreocupada, minha família no caso é minha mãe, minha tia e o casal bastos.
Nunca fui muito bom em expressar essas coisas, então só quis deixar claro que ficarei bem e que só sumi porque sou muito irresponsável e jovem. Assim minha mãe não se culpa.-Aonde você vai? -o mais velho resmunga ainda deitado no chão, ele fala baixo, quase inaudível.
-Pra bem longe daqui. -arrumo a mochila torta em meu ombro
-Eu es...- ele volta a "dormir" antes de terminar. com certeza ouviria bosta
Desci apressado, coloco o skate em baixo do braço e sigo até o ponto.
Meu caminho foi silencioso, ao chegar na rodoviária me recordo das palavras de minha mãe "não faça nada que eu não faria." eu acho um tanto quanto irônico essa frase.
Não consegui comprar a passagem, acho que preciso espairecer um pouco.
Ao me sentar observo o lugar, o ar condicionado me incomoda no momento, já está muito frio.-Com licença. -a garçonete se aproxima e me entrega o cardápio.
-Hum... -analiso cada partizinha
-Tem as sugestões no fim. -ela percebe a indecisão
-Só um milkshake, de morango por favor. -observo a moça anotar o pedido em seu bloco de notas.
-Já estará aqui -ela sorri e deixa minha mesa.
Aqui estou eu, esperando um Milkshake como se nada estivesse acontecendo, enquanto aqui dentro rola uma confusão. Que aleatório e estranho.
-Seu pedido. -um rapaz dessa vez deixa o copo em minha mesa.
Não demorou muito meu momento reflexão, assim que terminei paguei e saí antes de resolver sentar e ocupar lugar de outros clientes.
Rondei o local por mais tempo, a decisão estava tomada só faltava finalmente eu comprar a passagem.
Enquanto seguia pro balcão,meu olhar percorreu por todo local e mais uma vez, lá estava ela. Viagem de ônibus? não parece bem a cara da Mackenzie, me questionei o que ela fazia aqui e agora. Embora não seja da minha conta.
E não demorou muito pra ela me abraçar, eu me permiti sentir seu cheiro bom um pouco mais antes de finalmente partir pra ignorância.-Onde você pensou que ia?! - o desespero em sua voz é notável, assim como o alívio.
-O que faz aqui? -depois guardar o momento na memória me afasto.
-Nós viemos te procurar, porque...- agora está claro, o que não sai da cabeça é por que a preocupação da parte dela comigo.
-Não vou voltar! -me apresso em dizee
-Infelizmente você não tem escolha. -Scott surge acompanhando de Meizuo e Naomi.
-E você vai fazer o que? me amarrar aqui?
-Minha tia precisa de você, ela está internada. -sinto meu coração pulsar rápido ao ouvir aquelas palavras
-Como? O que ele fez?
-Ela passou mal, não tem nada haver com seu pai. não dessa vez.
-Por que eu desapareci? - o sentimento de culpa me invade, junto com o medo.
-Não, ela nem sabe que você estava fugindo.
-Não estou fugindo!
-E o que é isso? -Mackenzie cruza os braços, olhos revirados com sucesso!
-Vamos logo, sua mãe precisa de você! -Naomi apressa e saímos
《《《《《《》》》》》
-Tia eu quero ver a minha mãe! -imploro ao ver a senhora sair do quarto
-Você vai vê-la, antes mocinho nós vamos ter uma conversinha.
-Tem que ser agora?
-Não conte que você ia embora, ela não pode se estressar.
-E como eu justifico essa demora?
-Ela não está acordada agora, mas caso acorde, você foi ver Naomi e Meizuo, inclusive... olá crianças! -
-Crianças que fazem crianças. -Scott ri
-Você está grávida Naomi?
-Não tia, nem quero.
Que vergonha alheia.
-Voltando ao foco, de lá pra cá demora muito, e aí inventa eu sei que você é um ótimo mentiroso. -deveria me sentir ofendido, isso sim!
-Vem comigo tia? não quero ficar só. -não queria confessar isso pra todos mais não vejo escolhas.
-Agora eu tô indo comer, você é forte garoto. -ela beija a minha bochecha e sai.
Depois de avisar que já voltava, respiro fundo e finalmente giro a maçaneta. Lá está minha mãe, são tantos aparelhos, no momento ela está dormindo.
Com a certeza que já não tem mais ninguém próximo ou vendo nada, começo a chorar compulsivamente. Me sinto impotente, fraco e um desperdício de vida, eu cheguei no pior ano da minha vida, mesmo com tantas confusões e situações conturbadas eu nunca considerei suicídio, nem na minha pior fase! E agora, foi um dos meus primeiros pensamentos, acabar com tudo e me livrar de todo peso. Eu sou um egoísta de merda, ia fugir de tudo e deixar minha mãe com o homem mais doente do mundo, que tipo de filho eu sou?
Quando finalmente crio coragem vou até o pequeno sofá que tinha próximo, me sento e devagar seguro a mão da minha mãe.
Observo cada traço, sua mão fria e seu rosto extremamente pálido. São tantas perguntas, por que esse mal estar do nada? Eu não consigo entender. Minha mãe sempre teve uma boa saúde, é... Não tinha uma boa alimentação, não maravilhosa.
E praticava exercícios, isso antes de perder o emprego, agora ela só cuida da casa e mais nada.-Mãe, você consegue me ouvir? se sim, balança seu dedo indicador.
Espero resultados, que não vem.
-Talvez você esteja fraca pra fazer o gesto, desculpa. Eu só quero dizer que... Eu quero falar que...-fecho os olhos, e solto um suspiro carregado de cansaço.
Eu nunca consigo, eu desaprendi. É tão estranho, é simples falar, é normal! mas pra mim é uma tarefa quase impossível.
-Eu vou comer alguma coisa e volto pra passar a noite aqui com você ok? Desculpe por tudo. -me levanto e saio dali, me sinto culpado.
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O Novato Bad boy {EM REVISÃO}
RomanceDiferente das outras não sou uma nerd com seu famoso all star ou usando óculos, esbarrando no garoto popular da escola e tendo uma rivalidade com a famosa dona da porra toda. Diria que tenho a vida perfeita! sou a própria popular infernizando as moc...