¶Espera!¶

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Depois do fim da aula me apressei a ir logo pra casa pensar em uma forma de ajudar os meninos. Querendo ou não, Sebastian me deu uma boa ideia. É claro que não vou me vender, mas posso o oferecer reconhecimento, sei lá!

-Aonde vai uma hora dessas? -minha mãe está vestida em seu roupão e me observa com uma cara de sono.

-Hospital, um amigo teve uma overdose. -termino de passar o batom e o coloco na bolsa

-Quer que eu deixe você lá?

-Tá tudo bem, eu volto daqui a pouco -beijo sua testa e desço as escadas.

(...)

Depois de um tempo procurando vaga finalmente acho e estaciono.

-Boa noite, poderia me informar se o Jhon teve alta? Jhon ferraz -completo encostada no balcão de atendimentos.

A funcionária que exala cansaço checa alguns papéis.

-Não, segue internado. Você é da família?

-Sou melhor amiga. -dou um sorriso forçado

-Sala 9 segundo andar, a mãe dele está no quarto.

-Obrigada! -sigo pro elevador e depois de indicar o andar espero o mesmo fechar.

-Espera! -Sebastian grita correndo até lá, seguro a porta rapidamente e ele entra.

-O que você tá fazendo aqui?

-Eu vim te ajudar, fazer o favor que você pediu ué.

-Sério?

-Nada na vida é de graça, preciso de um favor seu.

-É claro que precisa. -resmungo baixo.

-É isso ou eu já posso voltar.

-O que você quer Sebastian? -cruzo os braços.

-Quer sabe? esquece.

-Fala logo!

-Preciso que consiga aumentar minhas notas.

-Oi? me diz como que eu faço isso?

-Sei lá, eu sei que você vai arrumar um jeito. -saímos do elevador e seguimos até a sala indicada.

Já íamos entrar quando uma mulher loira sai de lá, parecia bastante cansada.

-Oi? -ela fala ao nos ver parados em frente a porta

-Somos amigos do Jhon, viemos ver se está tudo bem. -Sebastian é ágil

-Ele está acordado, podem entrar.-ela sorri meiga

-Obrigada. -falo algo depois de um tempo.

-Vou lá em baixo comprar algo pra comer, estão com fome?

-Não, estamos bem, obrigada.

Os olhos do garoto estão fundos e seus olhos praticamente fechados, ele sorri ao ver Sebastian mas parece não entender o que eu faço ali.

-E aí cara! -eles se cumprimentam

-Que bom que você está vivo. -suspiro aliviada e Sebastian me lança um olhar matador

-É, quase seus amigos me mataram. -ele sorri, com ironia claro.

-Na verdade você quase se matou, eles não te obrigaram a usar nada.-sorrio da forma mais debochada possível

-Eu acho melhor você deixar comigo.-Sebastian sussurra.

-Não tá mais aqui quem falou!

-Cara, você poderia não contar que foi eles? sério eles estão arrependidos de verdade!

-Arrependidos? E se eu morresse? vocês viram o estado da minha mãe?! -ele berra alterado.

-É cara, mas vamos combinar que você foi até eles e não ao contrário.

-Se eles afundarem você irá junto.-na verdade isso é a mais pura farsa.

-E O QUE VOCÊS QUEREM QUE EU DIGA?!

-Fala que não lembra aonde conseguiu, por favor. -faço biquinho.

-É sério isso? -a pergunta é direcionada a Sebastian, o garoto aponta pra mim.

-Por favor, em consideração a mim.-Sebastian é sincero ao pedir

-Por que eu faria isso?

-Por que você foi lá porque quis.

Ele está em silêncio, parece pensar sobre o que acabamos de dizer.

-Eu não conto. -ele sussurra

-Meu Deus obrigada! -o abraço forte

-Quero algo em troca.-ele fala assim que me afastom

-É claro que quer! -lamento.

-Posta uma foto comigo, e me segue no instagram.

-É sério que tá pedindo isso?

-É isso ou..

-Já entendi! -pego o celular na bolsa e entrego pra Sebastian que tira várias fotos.

-Ótimo, estamos entendidos?

-Foi bom fazer negócio com vocês! -ele sorri totalmente cínico.

-E não use mais essas porcarias! -Sebastian alerta e saímos dali.

Depois de um tempo sentada do lado de fora em silêncio decido agradecer.

-Pensei que não ia vim. -digo sem olhar seu rosto

-Um dia eu ainda fico em casa de verdade.

-Obrigada.

-Você vai me agradecer com as notas altas.-ele faz um coração com as mãos

-A propósito, estive pensando em pagar alguém pra te passar as respostas sempre que houver teste ou provas.

-Oi?

-É, tem uns garotos que ficam sempre naquele banheiro interditado.

-Eu tenho uma ideia melhor. -me viro para ouvir sua brilhante ideia

-Então fala.

-Você vai me ensinar, eu sei que suas notas são boas.

-Como é? Que tipo de bad boy prefere estudar ao invés de encontrar o caminho mais fácil? -tá vendo? Ele é diferente, ele é sempre ele.

-Um tipo que pensa -ele lança uma piscadela e se levanta em seguida.

-Eu não quero contato com...

-Na sua casa, depois da aula.  -ele sai e me deixa falando sozinha

-Na minha casa depois da aula, pois pode esperar sentado. Olha que audácia, quem o chamou pra minha casa? -resmungo pra mim mesma, no fundo eu sei que vou ajudá-lo sim

O Novato Bad boy {EM REVISÃO}Onde histórias criam vida. Descubra agora