Mantenha As Suas Raízes

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Bloqueio a tela do meu celular assim que respondo o Christian e Michael para em minha frente, ele sorri e junta nossas testas novamente para roubar um beijo.

Quando anoiteceu ele me enviou a localização e me esperou na frente da sua entrada para o seu galpão secreto, eu conversei um pouco com ele e com Darius seu melhor amigo, é um grande parceiro e ainda não encontrei a Tessa por aqui, algo cheira muito mal e eu me sinto desconectada.

Toda a estrutura desse galpão era pronta para enfrentar qualquer tipo de invasão aqui dentro. Estou com medo deles chegarem e acabarmos ficando presos aqui, eu preciso ligar para o Chaz assim que conseguir voltar para o meu apartamento e comunicar com que eu estarei o ajudando a acessar o sistema de segurança, mas para isso ele deveria estar aqui. Eu espero que ele consiga resolver as coisas em Atlanta.

- Você ainda não disse sobre o que te fez mudar de ideia tão rápido - Michael murmurou e eu dei um meio sorriso.

- Meu pai não me escuta - Mordi o lábio fingindo estar apreensiva - Eu quero tudo aqui no Canadá e ele ainda não entende que eu não preciso dele, não mais.

Eu estava completamente irritada ainda pelas ordens e como sempre o meu pai lidava com as coisas mas, eu nunca e em hipótese alguma eu estaria ao lado de alguém que quer apontar uma arma para a minha família e destruir a nossa equipe. Eu sei que farei o certo, eu irei dar passagem para eles como o meu plano inicial e dar cobertura para o Chaz acessar a segurança central do Michael, meu pai não me quer na linha de frente.

Ele só não me imaginei que estou de cara a tapa com o Michael.

- Eu tenho sorte - Michael murmurou - Você é grande demais, sabia? Eu sei que tirei a sorte grande em ter você do meu lado.

Meu Deus. Eu não quero nem imaginar quando eu o pegar de surpresa e pensar na sua fúria. As palavras do Michael me confundiam, será mesmo que ele está caído por mim ou quer me vender tudo isso em forma de teatro.

Ele me beija novamente e eu coloco as mãos no seu pescoço retribuindo. Por um segundo eu sei que ele não quer me matar mas eu não sei se ele pensa o mesmo sobre os outros, principalmente Wesley, eu me sinto péssima mas... Eu me colocaria na frente do Wesley sem pensar duas vezes.

- Então, é isso?! - Escutamos uma voz alta e eu dei um passo me afastando do Michael encontrando a Tessa entrando no seu escritório - Trouxe a garota na central assim que ela abriu as pernas para você. Alguém já disse que você é um idiota, Michael?

Parece que ele não está me vendendo nenhuma mentira. Isso aperta estranhamente o meu coração e eu deixo um suspiro escapar.

- Caroline está disposta a querer acordos comigo e eu estou disposto a trabalhar com ela - Michael respondeu a Tessa que bufou e me encarou da pior forma possível ao sentir tanta raiva.

- Engraçado, duas rondas encontraram o Keaton Stromberg agora há pouco com a turma dessa garota - Tessa disse entre dentes se aproximando de mim e Michael colocou uma mão na minha cintura - Pare de defender ela! Ela está bem na minha frente e eu não vou me importar de acabar com ela nesse segundo.

- Estou sendo verdadeira, Tessa - Murmurei numa tentativa de a convencer e a mesma me encarou sem paciência - Pela manhã eu me desvinculei da equipe do meu pai, eu não tinha voz e sei da aproximação do Keaton Stromberg, eu tenho algumas informações necessárias e posso mostrar que irei estar com o Michael, eu já estou.

- Me prove - Tessa disse irritada e Michael suspirou.

- Como? - Meu coração acelerou.

- Se livre do irmãozinho do seu ex - Ela respondeu entre dentes - E faça com que os seus pais caíram fora daqui, porque se você está jogando no nosso lado vai ter que mirar o revólver neles.

- Chega - Michael disse se colocando na minha frente e encarando a Tessa seriamente - Eu pedi para você permanecer com as rondas nos nossos locais de vendas e estar em reunião com os nossos seguranças, Caroline não vai fazer nada para você.

- Você ainda vai me agradecer! - Ela disse apontando o dedo no rosto dele e saindo em seguida batendo à porta com força.

Passei a mão na cabeça fingindo estar preocupada e suspirei. Michael tentou ter paciência e pegou a minha mão.

- Eu não quero te colocar lutando contra a sua família desse jeito - Ele murmurou - Mas, se verdadeiramente está comigo... Precisa arrumar um jeito de afastar eles da cidade.

- Você me dá um dia? - Pergunto baixo e ele balança a cabeça assentindo - Amanhã a noite eu te mostro o lugar deles, eu prometo.

E esse lugar é comigo. Bem aqui.

- Vem, vou te mostrar algumas coisas por aqui - Ele beijou a minha cabeça e segurou minha mão me conduzindo para algumas salas do seu galpão.

Tentou transar comigo varias vezes mas eu somente ria e brincava que eu não tinha o costume de trabalhar assim. Aquele galpão era muito desenvolvido, cada vez eu pensava que eu precisava alertar logo sobre como eles devem invadir isso aqui mas Michael não me deu oportunidade para ficar um segundo sozinha.

- Dorme comigo hoje - Michael sussurrou assim que estávamos na sala de segurança e eu mordi o lábio - Vamos para o meu apartamento.

Eu não conseguiria ligar para o Chaz e provavelmente voltaria para o galpão amanhã com ele novamente, a noite seria a hora em que meu pai e os outros entrariam aqui. Eu ficaria sem conseguir me preparar também mas se eu recusasse ele desconfiaria.

- Sim - Murmuro colocando as mãos no seu rosto e o aproximando do meu - Só para compensar o que não fizemos hoje.

Ele sorriu e me beijou.

Escutamos o Darius chamando ele com uma voz bem alta e com urgência, Michael pediu um minuto e eu balancei a cabeça assentindo. Assim que ele me deixou na sala sozinha eu comecei a olhar pra os lados a procura de uma câmera mas não tinha nada, me aproximei dos computadores e retirando o cabo do meu celular da minha bolsa, conectei meu celular e abri os arquivos principais da área de trabalho, abri o e-mail do Chaz e comecei a encaminhar tudo, principalmente imagens e vídeos de câmeras do lado de fora, eles poderiam se inspirar nisso para planejar entrar aqui.

Escutei o barulho da maçaneta da porta e puxei meu cabo, apertei enviar e fechei rapidamente todas as abas do computador, coloquei o celular no bolso do jeans e me virei assim que Michael entrou novamente.

- Vem, vamos para a minha casa - Ele ofereceu a minha mão e eu a peguei.

O acompanhei olhando cada detalhe do galpão, assim que subimos a escada principal que levava para o lado de fora era notável ver a grama alta, era uma ótima localização e esconderijo, Michael era extremamente inteligente e eu não negava. Muitos mas muitos homens davam conta de manter a supervisão por aqui e pelo o que eu entendi aqui acontecia tudo, desde os melhores e principais parceiros do Michael, aconteciam as reuniões e todo o material que ele precisava, era esse lugar que ele tanto falava na academia para o Darius.

Por um lado eu sinto que eu consegui, pelo outro... Eu sinto que estou na beira do precipício.

Remexi na minha bolsa tentando fingir que procurávamos algo enquanto estava no carro do Michael, eu tinha o meu revólver com cinco balas e meu estilete. É tudo o que eu tenho até o Christian sustentar a minha cobertura.

E está tudo bem, talvez não seja eu que tire a vida do Michael ou da Tessa mas me esforçarei para fazer os outros entrarem aqui e acabar o serviço, alguns casos exige sacrifícios e o trabalho funciona assim.

Trabalhamos juntos mas às vezes enfrentramos a luta sozinhos.

Your world is my world | Drugs and Love (Quinta Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora