Como Desmoronamos?

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Na manhã seguinte, Christian desceu as escadas com uma mochila nas costas e sua mão direita segurava uma mala média preta. Ele caminhou até mim e eu rapidamente o abracei com toda a força que eu tinha.

- Que os negócios em Londres sejam ótimos, eu acredito e confio no seu potencial maninho - Murmurei ainda o abraçando e ele beijou a minha cabeça me apertando forte em seus braços - O mundo é pequeno demais para nós, para os Bieber.

- Obrigado pelo apoio - Chris murmurou em resposta e acariciou meus cabelos me dando um sorriso - Se cuide, não faça nada insano enquanto eu estiver longe.

- Tentarei - Sorri para ele.

- Eu amo você - Ele sussurrou e beijou a minha cabeça novamente.

- Eu amo você - Respondi baixinho - Para sempre.

Sorrimos um para o outro. Mamãe se aproximou de nós, era nítido a sua tensão e ela estava a todo momento parecendo que queria agarrar o Christian nos braços. Exatamente como ficou ao me ver indo para o Canadá.

Seus filhos cresceram. Estamos dando ótimos frutos por esse mundo. Juntos.

- Vamos? - Escutamos a voz do Luke e me virei encontrando o mesmo com uma mochila nas costas, um sorriso enorme e sem conter a animação.

- Uma boa viagem Luke, cuide do meu maninho! - Disse sorrindo me aproximando do Luke e o mesmo me abraçou dando uma risada.

- Enquanto não estivermos presos, o governo e nem o estado estiver atrás de nós... Nos manteremos seguros - Luke murmurou em resposta e eu ri assentindo.

- Ok - Mamãe disse baixinho agarrando a cintura do Christian em um abraço e encarando seriamente o Luke - Cuide do meu filho ou eu mesmo faço questão de colocar o governo atrás de você, Jauregui.

- Sim, Senhora Bieber! - Luke respondeu sério fazendo uma postura patética de soldado e Christian revirou os olhos.

- Eu cuido dele - Christian murmurou beijando o rosto da minha mãe - Está tudo bem, eu volto o mais rápido possível e com grandes negócios para nós.

- Eu amo você - Mamãe disse o abraçando forte e fechando os olhos assim que os braços do Christian envolveu o seu corpo - Mais do que a mim mesma, nunca se esqueça disso.

Christian abraçou ainda mais forte a mamãe repetindo que será uma viagem de apenas um mês e garantindo a ela o quanto ele a ama de volta.

- Vamos - Escutamos agora a voz do papai e o mesmo estava se aproximando após descer as escadas com chaves nas mãos - Drake está pronto com os quatro seguranças que vão estar acompanhando vocês e não queiram se atrasar. Vou levar vocês.

- Esse aí que não quer se despedir na frente de todo mundo - Luke sussurrou para mim e eu dei uma risadinha assentindo - Se ele chorar no aeroporto,eu tiro uma foto e mando para a sua mãe.

- Por favor - Murmurei e Luke sorriu para mim.

Christian olhou para o papai com uma sobrancelha erguida, papo ergueu a mão direita e os dois no mesmo segundo tocaram firmemente suas mãos, no toque de sempre e com direito a abraço no final.

Papai murmurou alguma coisa que foi incapaz de ouvir mas em seguida empurrou o Christian que ria de alguma fala do papai enquanto saía da mansão, Luke mandou beijinhos para mamãe e então, os três saíram e eu cruzei os braços com um sorriso enorme no rosto.

- Agora vamos cuidar da saúde dessa coisinha! - Mamãe disse apontando para a minha barriga - Vamos saber de fato quantas semanas você está e outros cuidados. Podemos almoçar no shopping juntinhas e quem sabe, comprar algo bem fofinho para esse neném.

- Um pouco precoce, não acha? - Murmurei e a mesma fez uma careta me fazendo rir - Eu aceito o almoço e sobre comprar alguma coisa fofa eu dispenso, vamos entrar em algumas lojas e quem sabe assim não caia a ficha que eu estou mesmo grávida. Se aparecer algo legal eu compro, assim posso levar para mostrar para a vovó antes que a Tia Margo conte por mim.

Pegamos nossos casacos e fomos até a garagem, minha bolsa já estava comigo e junto com os meus documentos da minha última consulta ainda no Canadá, eu estava soando de tão nervosa novamente que eu nem consegui vestir o meu casaco e mamãe conversava coisas aleatórias para me fazer não se concentrar em ficar assustada com o assunto sobre eu estar realmente grávida, eu estava tentando não pirar ao fato que eu vou me tornar mãe e tenho uma responsabilidade maior que há mim mesma nesse momento.

Eu tenho alguém para proteger e cuidar. Parece assustador mas eu preciso dar tudo de mim para que as coisas darem certo.

Mamãe estacionou o carro na frente da clínica, descemos e ela me ajudou pegando meus documentos junto com a minha bolsa, enquanto eu me abaixava para amarrar os cadarços das minhas botas e senti um vento gelado contra a minha pele exposta.

- Pode ir entrando, eu vou pegar o meu casaco e contar até dez antes de entrar - Murmurei e a mesma franziu o cenho - Vai passando na recepção. Eu só estou um pouquinho mais ansiosa dessa vez e preciso respirar ar puro.

- Se você não entrar em dois minutos, eu volto aqui e te puxo pelos cabelos - Mamãe disse séria e eu assenti dando uma risada mas era uma risada de nervoso mesmo.

Ela se virou me entregando as chaves do carro e entrou na clínica primeiro, abri novamente a minha porta e puxei meu casaco. Fechei a porta, respirei fundo diversas vezes e tranquei o carro. Fechei os olhos por um breve momento e tentei não ter mais medo, eu não tenho mais para onde correr e mamãe está se esforçando para me passar segurança, vai ficar tudo bem.

Abri os olhos e segurei firme o casaco em minha mãos, assim que iria dar o primeiro passo para dentro da clínica eu senti mãos rodeando os meus braços e me puxando para trás, meu corpo foi virado e eu dei de cara com o Froy Gutierrez, uma das suas mãos foi até a minha boca e pressionou a mesma.

- Eu tenho um recado do Jordan para você - Ele sussurrou tão baixo e completamente sério sem tirar os olhos dos meus - Isso é pela Tessa Thompson e Darius - As palavras saíram entre dentes e eu senti algo gelado encostar em uma parte da minha cintura exposta, ele me empurrou contra o carro da mamãe e me prensou ali.

Olhei para baixo com os olhos arregalados ao ver a faca em suas mãos e em um segundo, se conseguir processar, ele me deu a primeira facada e a segunda seguida pela terceira em minha barriga, meu corpo fraquejou e minhas mãos que estavam segurando os seus ombros em uma tentativa de luta apenas perderam o sustento.

Meus olhos se perderam ver o sangue e meus gritos saíram abafados, Froy Gutierrez deu dois passos para trás e assim que sua mão caiu não tampando mais a minha boca eu gritei ainda mais em desespero. Eu cai de joelhos no chão.

Eu ouvi apenas movimentação, Froy Gutierrez deixou a faca cair no chão ao meu lado, puxou o capuz cobrindo sua cabeça e correu até um carro estacionado que o esperava.

Meus gritos saíram ainda mais altos ao colocar as mãos na minha barriga e ver tanto sangue, eu senti mãos tocarem em mim e minha visão foi ficando cada vez mais embaçada mas seguranças e funcionários da clínica estavam me cercando enquanto gritava coisas que eu não conseguia compreender.

- Não - Sussurrei e em seguida mais um grito rasgou em minha garganta enquanto meu corpo parecia queimar.

Eu consegui matar e acabar com a única coisa que precisava realmente de mim.

Your world is my world | Drugs and Love (Quinta Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora