Your world is my world | Drugs and Love (Quinta Temporada)

Você Sempre Tem Escolhas

Eu aproveitei para passar na imobiliária dos negócios da minha avó para ter a certeza da cautela que os funcionários devem permanecer e eu já estava quase explodindo ao fim do dia sem conseguir tirar o rosto daquela garota da minha cabeça.

O bar durante a semana não costuma fechar tão tarde e eu irei atrás dela até onde ela parar mas eu não vou passar mais um dia me sentindo ameaçada. Eu tinha coisas para fazer, trabalhos universitários e uma construção de uma boate. Eu não sei o que ela quis dizer sobre Ottawa não estar no meu domínio mas eu tenho a breve certeza que não pode ser ela que comanda alguma coisa aqui.

Meu celular vibrou com uma notificação de várias que eu não tinha notado enquanto eu andava até meu carro após deixar a imobiliária. Era uma mensagem do Chaz;

"Por que você não atende a merda do seu celular?! Você está bem? Como as coisas estão indo? Já visitou os endereços que eu te passei? Responda."

Respondi rapidamente ignorando as outras notificações.

"Eu já sei quem é a responsável por essas fotos e foi a mesma garota que eu comentei da universidade, Wesley deve ter falado sobre isso. Cuide das coisas com o meu pai e não, ainda não fui nos endereços porque os rostos não batem com ela e eu irei resolver ainda essa noite. Eu te ligo."

Dirigi de volta ao bar, meu corpo ainda estava quente e minhas mãos estavam firmes no volante. Eu preciso dar um fim nisso e sem deixar rastros. Aquele bar era público demais e eu preciso ter a certeza de acabar com aquela garota em silêncio. Porque é exatamente o que eu vou fazer com ela, silenciar.

Eu compreendi pouco sobre as suas palavras no bar sobre a cidade e sei que talvez não seja sobre simples fotos. O que ela pode estar camuflando? Mas no momento não importa quem esteja por trás dela ou com ela. Eu vou mandar o meu recado da mesma forma que ela fez.

Contornei o bar e estacionei atrás do estabelecimento, estava com pouquíssimo movimento e apenas um carro estacionado ao lado. Já estava tarde o bastante para o local continuar aberta com tão pouco movimento que eu poderia perceber através das altas janelas, eu dei um pouco de ré me afastando e indo ao acostamento para observar mais de longe.

Eu esperaria a garota entrar no meu campo de visão, alguns funcionários já estavam saindo acompanhados pelo homem que foi o mesmo que me afastou dela assim que a puxei pela camisa e arrastei pelo balcão até cair na minha frente. Isso já era o bastante para saber que a pegaria desprevenido e assim que um funcionário saiu com um único carro no pequeno estacionamento eu abri a porta do meu carro saindo em seguida.

De longe vi aquelas tranças e a mesma vestia um casaco em seguida puxando cada trança para firmar um coque alto.

Dei meu primeiro passo e senti uma mão no meu braço me puxando fortemente para trás. Coloquei a mão nas minhas costas e puxei o meu revolver, as mãos me jogaram contra o meu carro e assim que levantei a minha arma a sua mão esquerda segurou a minha levantando a arma para cima com mais força.

Sua mão direita foi na minha garganta, olhei nos olhos do homem negro e alto que me prensava contra o meu carro. Ele esbarrou duas vezes em mim nessa semana, a primeira foi no bar e agora reconheci que era o mesmo que estava no supermercado.

Ele estava com o capuz do seu moletom mas seu rosto estava bem próximo ao meu me encarando friamente.

Eu ergui o joelho batendo contra o meio de suas pernas e ela apenas se contorceu um pouco afrouxando suas mãos, eu o empurrei e ele rapidamente prendeu sua mão esquerda com mais força segurando meu punho e quando pensei em atirar ele novamente ergueu minha arma para cima.

Me debati e o tentei o chutar de novo mas sua mão direita foi ao meu pescoço me sufocando cada vez mais. Ele simplesmente era mil vezes mais forte e suas mãos eram enormes.

- Caroline - Ele murmurou entre dentes me encarando com fúria - Bieber - Ele pronunciou meu sobrenome ainda mais forte - Eu te mato nesse exato segundo se você não parar de lutar. Comigo você perde.

- Michael - Escutei uma voz feminina se aproximando - Não faça isso agora.

Ele arrancou a arma da minha mão e eu o encarei enquanto ele tentava soltar o meu pescoço, eu já estava sentindo dificuldade de respirar e ele me soltou em seguida. Dei dois passos para trás e ergui o olhar novamente encontrando a garota de tranças na minha frente.

- Ele não quis te machucar tanto assim, linda - Ela disse baixo - Mas com toda certeza você voltou para me machucar e por isso ele está aqui.

- Vou retirar isso daqui, por precaução - O cara disse destravando meu revólver e retirando as balas colocando no bolso do seu jeans.

Em seguida ele retirou seu capuz e eu claramente pude ver o seu rosto, a garota parou ao lado e os dois me encararam com o mesmo olhar frio.

- Que porra vocês estão fazendo atrás de mim?! - Disse entre dentes encarando principalmente a garota - Que merda estão fazendo tirando fotos íntimas minha? Como vocês sabem sobre mim?! Eu tô pouco me fodendo se você arrancou essa porra da minha mão. Quer me matar? Vem.

Era um dos truques do papai. Provoque o adversário ao ponto dele não querer te matar facilmente e você ganha tempo.

O tal do Michael deu um passo na minha direção e a garota colocou a mão no seu ombro.

- Vamos explicar duas coisas, Bieber - A garota disse seriamente me encarando - Não duvide que possamos te matar somente usando as mãos, linda.

- A primeira - Michael disse se livrando da mão da garota e se aproximou de mim jogando minha arma no chão - Eu sei os seus passos, eu sei aonde você pode estar amanhã ou daqui a uma hora. Eu sei quem é que comanda o sistema de vocês, eu sei quem está infiltrado na polícia local negociando e aceitando propina de vocês - Ele falava cada palavra entre dentes como se estivesse cuspindo tudo - E a segunda é, se vocês não cair fora com os negócios para longe de Ottawa eu irei matar você e usarei apenas as minhas mãos.

- As fotos vão chegar até o seu pai, Justin Bieber - A garota disse em seguida se aproximando também voltando a ficar ao lado dele - Wesley Malik e Chaz Somers não vão conseguir impedir nada.

- Quem comanda essa porra aqui, sou eu - Michael disse colocando as mãos no meu queixo e eu coloquei as mãos no seu peitoral o empurrando ou tentando.

Ele segurou rapidamente minhas mãos e torcendo meus pulsos levou para baixo.

- Eu te dou uma semana para dar um fim na sua obra e se mandar para Atlanta - Ele voltou a dizer e as palavras saíam rasgando em seus lábios - Eu vou atrás de você e saiba, que eu sei todos os momentos exatos que você está sozinha e irei te matar antes de pensar em chegar primeiro.

- O que vai ser um desperdício - A garota disse me examinando dos pés a cabeça e se aproximando mais colocando a mão em meu rosto mas eu a empurrei rapidamente fazendo ela rir baixinho.

- No Canadá vocês não entram com os seus negócios - Michael murmurou se afastando e erguendo as mãos - E não irá sair viva.

Ele realmente era enorme, apesar do moletom já era reconhecível pela sua postura o quão forte ele era e a garota passou o braço em sua cintura.

Eles me deram as costas seguindo para a outra calçada e no mesmo segundo um carro chegou derrapando estacionando perto do bar, eles entraram e em segundos saíram.

Eu só tenho uma única vantagem nesse momento.

Eu joguei meu anel dentro da bolsa da garota quando ela se aproximou de mim e no mesmo segundo que eu a empurrei.

Por outro lado, eu não sei com quem eu estou prestes a lidar.