Eu estava jogada no chão e parecia que tinha perdido os movimentos do meu corpo, eu não conseguia mexer minhas mãos e nem minhas pernas. Eu me sentia anestesiada. Minha mão direita segurava firmemente meu estilete e na mão esquerda estava posicionada o meu revólver mas eu não consigo atacar.
Michael estava com as mãos rodeando o meu pescoço e emergência sufocava violentamente, seus olhos negros presos nos meus e seu hálito batendo contra os meus lábios. Eu fechava e abria meus olhos em agonia. Eu tão tinha forças e só sentia minha respiração falhar.
Ele me jogou contra uma mesa de vidro e a mesma se quebrou quando eu fui jogada ao chão, eu perdi o meu revólver e meu estilete que foram jogados para longe. Wesley apareceu em cena para afastar o Michael assim que o mesmo iria se aproximar para me atacar novamente, ele o empurrou e jogou ele contra a parede, mas o Michael o golpeou em diversas vezes e com toda força.
Wesley estava com o nariz sangrando e sacou o revólver, uma das mãos do Michael foi ao seu pescoço e a outra em seu pulso retirando o revólver da sua mão, ele tirou a peça e destravou a arma, apontou para o peito do Wesley e deu dois tiros.
Eu abri a boca mas sons não saíam, meus gritos estavam presos e eu só conseguia escutar os tiros um seguido do outro. Michael desapareceu. Meu corpo parecia funcionar novamente e eu corri para agarrar o corpo morto do Wesley no chão.
- Caroline! - Ouvi alguém me chamar e tocar no meu ombro me acordando - Você está soando frio.
Abri meus olhos rapidamente e me deparando com a sala de aula vazia, eu nem percebi que cai no sono nas últimas aulas e que deixei cair no cansaço de uma das noite mais trabalhadas até agora.
Ontem eu fiquei escutando a voz do Michael no escritório da sua academia até eu acabar dormindo no sofá de casa e deixar a ligação com o Chaz cair. Conseguimos um novo endereço e um novo nome, Darius, parecia ser um amigo e que hoje o Michael o encontraria.
- Eu estava tão cansada - Murmurei para a Barbara - E tive um pesadelo. Eu não gritei, né?
- Não - Ela respondeu preocupada se abaixando ao meu lado enquanto eu guardava o meu material - Mas estava se tremendo. Você quer falar sobre?
- Acho que eu estou começando a sentir a ausência do Wesley - Sussurrou passando a mão pelo meu rosto que realmente estava suado - Isso dói.
- Eu sei - Ela murmurou fechando os olhos rapidamente - Eu estou aqui, tudo bem? Não vai ser tão fácil.
Na verdade, seria insuportável.
- Obrigada Palvin - Murmurei dando um meio sorriso e ela fez o mesmo.
Juntei as minhas coisas e saímos da sala, essa semana teríamos aulas em tempos diferentes porque eu estava um pouco atrasada e pagando um trabalho para dois professores. Assim que saímos da sala, Daniel e Danielle estávamos nos esperando do outro lado do corredor.
Nos aproximamos e eu coloquei o meu melhor sorriso no rosto para afastar todos esses demônios.
- Eu tenho um convite para vocês! - Disse mordendo o lábio inferior e olhando para os três que já estavam atentos em mim - Nesse sábado irá acontecer a inauguração da minha boate, sim, vocês ouviram certo. No centro de Ottawa e quando vocês comentaram há alguns meses atrás era sobre o meu negócio mas permaneci em silêncio, eu espero ver vocês lá e por favor, sem perguntas difíceis.
- Por que você tem uma boate? - Danielle perguntou arregalando os olhos mas não deixando de sorrir.
- Meus país tem negócios comerciais como a imobiliária, eu só não quis afirmar que o negócio era meu no início quando já estavam comentando sobre a construção porque estava esperando realmente der certo e olha só, deu! - Disse cruzando os braços e os olhando.
- Caroline... - Barbara murmurou me olhando seriamente - Você é...
- Muitas dessas boates na cidade são de pessoas de ficha suja - Daniel completou.
- Você faz parte de algum desses grupos que você sabe, o Dylan, participa ou pra não usar o tipo de palavra... - Barbara tentou ser mais específica - Você mexe com coisas erradas?
- Se vocês puxarem a minha ficha vão ver que mais limpa é impossível - Dei um meio sorriso - Não se preocupem. É um negócio para valer e a única de errada é a minha vida, não a minha pessoa.
- Eu acho que eu vou pirar! - Danielle disse dando pulinhos - Nossa amiga é proprietária de uma boate e caraca, vamos arrasar.
- Ou acabamos nos internando por alcoolismo e sendo mortas por tanta loucura - Barbara disse em seguida mas abriu um sorriso - Isso é tão legal Care, sucesso para você e claro que vamos aparecer para todo o apoio.
- De resto, não precisam de respostas difíceis - Murmurei e sorri - Eu preciso ir para trabalhar, eu só tenho alguns dias e minha família já está na cidade. Eu vejo vocês depois, beleza?
- Beleza! - Danielle respondeu sorrindo - Boa sorte, Care. Você irá lucrar.
Que assim seja.
Sai andando e Daniel veio atrás de mim. Nesse mesmo segundo eu não estava com a cabeça boa para qualquer gracinha, não sei se é porque eu não paro de ouvir a voz do Michael na minha mente ou as imagens do corpo morto do Wesley nos meus braços enquanto os meus gritos de desespero me deixa assustada.
- Você está bem? - Daniel perguntou calmamente e eu balancei a cabeça assentindo - Você me disse que tinha dois convites.
- Ah sim - Dei um sorriso fraco e parei o encarando - Vamos voltar a correr juntos? Eu já corri por todos esses dias de manhã mas gostaria de depois das aulas ir treinar naquela academia que você indicou, acho que vou ocupar a mente e desestressar.
Daniel ergueu a sobrancelha e deu um meio sorriso enquanto balançava a cabeça assentindo.
- Vamos - Ele respondeu - Tudo isso para a nova proprietária chutar a bunda de alguém?
- E ficar perto de você - Sussurrei puxando ele pela a camisa e ele bateu seu corpo contra o meu.
Não me importamos em estar no estacionamento da universidade, nos beijamos e eu apenas me esforcei para o Daniel acreditar somente nisso. Homens eram fáceis de lidar e as vezes caiem por tão pouco.
Mas, eu gostava da amizade sincera que eu construí com o Daniel e depois me esforço para que isso não mude, tudo bem acabarmos na cama.
Pelo menos não vejo problema. O estranho é meu corpo sentir essa carência.
Daniel deixou muitos selinhos nos meus lábios enquanto segurava meu rosto com as suas mãos e eu sorri.
- Começamos amanhã? - Ele perguntou e eu balancei a cabeça assentindo.
Ele se despediu e eu dei um sorriso novamente, ele se afastou para ir até o seu carro e eu caminhei até o meu.
Iria abrir a porta do meu carro até eu olhar para frente por apenas costume mas acabei encontrando o carro do Wesley parado do outro lado da rua, estacionado e com os faróis acesos.
Engoli em seco.
Não era para ele estar aqui. Tio Zayn disse com todas as letras que ele embarcou para Atlanta.
Entrei no meu carro rapidamente e sai cantando pneu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Your world is my world | Drugs and Love (Quinta Temporada)
FanfictionSou filha. Sou herdeira. Somos todos uma vida. Somos a continuidade de um Império e não vamos parar, eu não vou parar. Entre algumas drogas e amor, vivemos e investimos nisso, dando toda a nossa força. Entrego a minha vida para um bem maior, o sobre...