Linha Tênue.

X Cap. 166, Luan X

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Nonato: Pelo pouco que eu conheço da Malena,acho que ela não faria isso. Ainda mais que vocês estavam bem,sem falar que poderia acabar com o contrato.
Luan: Mas eu vi,cara! Se alguém tivesse me contado,não acreditaria,mas eu vi. -me jogo na cadeira atrás da minha mesa e suspiro,querendo dissipar a tensão de um dia infernal.
Nonato: Eu prefiro acreditar que ela está falando a verdade. Você devia escutá-la. -meneia com a cabeça.
Luan: Eu confiei na Malena duas vezes e, nas duas,ela me quebrou. Não posso correr o mesmo risco de novo. Vou voltar para o meu plano e manter o foco nele. Vai ser melhor! -digo decidido.
Nonato: Melhor para quem? Você estava claramente mais feliz depois que decidiu desistir disso tudo. Não deixa essa vingança te corroer de novo,irmão.
Luan: Só que está doendo muito,negão! E eu prefiro ser engolido pela raiva,que pela dor.
Nonato: Então só me resta te oferecer meu ombro amigo e uma doses de whisky. -rimos.
Luan: Falando nisso,vamos na casa da madame hoje. Preciso me distrair! -levanto,pegando o terno.
Nonato: Velho,não vai fazer merda,para depois se arrepender.
Luan: Malena precisa sentir o gostinho de ser traída. -ele nega com a cabeça e saímos.
Sinto o sangue ferver,ao chegar no térreo e encontrar o maldito advogado encostado num carro,em frente a minha empresa.
Nonato: Segura a sua onda!
Luan: É muita audácia ele vir até aqui. -me aproximo e assim que ele abre a boca para falar alguma merda,dou o primeiro soco.
Sua reação é imediata e sinto peso da mão em queixo,mas não me abato,revido o golpe,levando-o ao chão. Uma rasteira me surpreende e logo estamos os dois engalfinhados e nos esmurrando.
Luan: Sua amante não te deu o recado? -acerto sua costela e recebo uma cotovelada em resposta.
Felipo: Malena não é minha amante. Deixou claro que eu nunca teria chances,porque te ama. Idiota!
Luan: E eu sou o papai noel! -estou pronto para socar seu nariz,mas Nonato me puxa.
Nonato: Chega! Vamos embora,Luan. -me empurra,mas viro para olhar o babaca,que está com um olho vermelho e o supercílio cortado.
Não devo estar diferente.
Luan: Acho bom ficar longe dela,isso foi só um aperitivo e você não sabe do que sou capaz!
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X Cap. 167, Malena X
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Depois de um banho quentinho,peguei meu notebook e desci. Abri um vinho e acendi a lareira,antes de me acomodar no sofá para estudar os prontuários das minhas novas pacientes.
Quase meia hora depois,a porta se abriu e me assutei ao ver um Luan machucado passar por ela. Boca sangrando,supercílio cortado e bochecha avermelhada. Merda,Felipo!
Malena: Meu Deus,Luan! O que houve? -levanto apressada em em aproximar.
Nonato entrou na sala logo atrás e me olhou com uma expressão de "é melhor manter distância",mas ignorei.
Luan: Seu amante ficou bem pior,pode apostar! A propósito,acho que ele vai precisar de você hoje à noite. -debocha.
Malena: Quantas milhares de vezes eu precisarei dizer que ele não é meu amante?! -reviro os olhos.
Luan: Não importa,eu não acredito! -dá de ombros.
Malena: Deixar de ser orgulhoso! -digo,quando seguro seu queixo e ele tenta desviar- O supercílio não vai precisar de ponto,mas seu olho vai inchar. Melhor colocar gelo.
Nonato: Vou buscar!
Luan: Não precisa,negão! Só vou tomar banho e saímos.
Malena: Vai sair?
Luan: Foi o que eu acabei de dizer.
Malena: Posso saber para onde? -arqueio a sobrancelha e ele ri.
Luan: Não te devo satisfações,Maleninha. -começa a subir as escadas e eu o sigo.
Malena: Me deve satisfações sim! Sou sua esposa,Luan!
Luan: Você não parecia se importar muito com isso,ontem à noite. -ironiza.
Malena: CHEGA! -bate a porta do nosso quarto com força,fazendo-o me olhar assustado- Não vou aguentar mais as suas ironias e deboches. EU NÃO TE TRAI,PORQUE EU TE AMO,CACETE. -respiro fundo- Mas se você quiser continuar ignorando isso,vá em frente! Seja o babaca imaturo,que prefere ignorar o está bem embaixo do nariz. -dou de ombros- Cansei de me justificar! -saio sem dar tempo de resposta.
Nonato: Arrasou! -sussurra,quando eu entro na cozinha.
Malena: Foi tão alto assim?
Nonato: Com certeza foi. -rimos.
Malena: Vocês vão para onde? -mordo a parte interna da bochecha.
Nonato: Não faço a mínima ideia! -faz cara de culpado.
Malena: Odeio a lealdade masculina. -bufo.
Nonato: Fica tranquila,que não vou deixar ele fazer nenhuma merda! -sorri solidário e entra pela porta que dá acesso a garagem.