Linha Tênue.

X Cap. 27, Luan X ⠀

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Bruna: Acorda,Luan! -me balança.
Luan: Me deixa,Bruna! Vai encher o saco de outro. -viro de costas para ela.
Bruna: Tudo bem,mas já passou da hora do almoço e não vai demorar para a mamãe vir te arrancar dessa cama. -bufo,levantando.
Luan: Puta que pariu! -massageio a têmpora,sentindo minha cabeça latejar.
Merda de ressaca!
Bruna: Como você está? -senta ao meu lado.
Luan: Como qualquer noivo abandonado no altar estaria. -suspiro alto- Despedaçado.
Bruna: Eu sinto muito,irmão. -me abraça e sinto o conforto de seus braços- Sabe que pode contar comigo para tudo,não é?
Luan: Obrigada,bolota! -beijo sua testa e levanto.
Respirei fundo,tentando controlar a tontura. O gosto amargo na boca e o estômago embrulhado fizeram eu me arrepender de ter bebido tanto whisky.
Bruna: A Malê esteve aqui ontem,a mãe enxotou ela. Foi tenso! -meu coração aperta.
Luan: Não me importo! -minto,dando de ombros.
Bruna: Vocês tem que conversar e não seja o cara que esconde os sentimentos,meu irmãozinho não é assim.
Luan: Eu sei que são amigas e não quero me meter nisso,mas não tente ser mediadora,Bruna. A Malena não teve o mínimo de consideração por mim.
Bruna: Vai dizer para mim que o amor acabou? Assim,de uma hora para outra? -nego com a cabeça.
Luan: Não,mas vou sufocar até matá-lo. -suspiro alto.
Bruna: Só tenta não matar o que tem de bom no seu coração. -beija meu rosto e sai.
No banho,tentei não pensar em nada,mas foi impossível. As lembranças são como pequenos objetos de tortura e para cada canto que eu olhe,ou cheiro que eu sinta,algo sempre me remete a ela.
O barulho do chuveiro ajudou a abafar o som do choro e quando terminei de me arrumar,já parecia que nada seria capaz de me abalar,até que eu abri meu guarda roupa para pegar um perfume e o frasco do que ela deixou aqui caiu no chão,espalhando seu cheiro maravilhoso.
Luan: INFERNO! -grito de raiva por, mesmo sem estar aqui,ela ainda mexer tanto comigo.