Seu olhar - Série Os Mafiosos - Livro 01- (CONCLUÍDO)

Capítulo 24

Arya Cavalcante

O que pareceu ser minutos mais tarde, o interfone tocou. Eu tinha me comprometido com este momento e não tive vontade de voltar atrás. Peguei minha bolsa e me dirigi ao portão.

Meus olhos viajaram por seu corpo, ele estava vestido de formal casual, com uma camisa preta e calças jeans da mesma cor e um cinto também preto. Um homem de preto. Já sei qual é sua cor preferida para roupas. Seu olhar estava focado em mim, admirando minhas pernas que estavam a mostra, escolhi uma saia longa com uma fenda bem aberta, pelo modo como ele me olhava tive certeza que acertei na escolha. Constatei que gostava do modo como ele me apreciava com aquele olhar quente, porém logo a vergonha tomou conta de mim e resisti a vontade de me contorcer e correr para dentro de casa.

Era incrível, a primeira coisa que sempre me chamava a atenção eram seus olhos, eles possuíam um brilho sempre que direcionados a mim, eu via emoções que ele tentava com todas as forças esconder, era um olhar totalmente diferente do modo como ele olhava outras pessoas. Ele abriu a porta do seu carro para que eu entrasse, deu a volta e sentou ao medo lado.

Luca colocou a mão em minha perna e senti algo agitar dentro de mim. Enquanto ele falava, comandava minha atenção. Eu não queria desejá-lo tanto !

Ele não me disse onde iríamos e aquilo me causou certo aborrecimento, eu não gostava de surpresas... Sua mão continuava em minha perna, me fazendo carinho, lambi meus lábios por impulso e não passou despercebida a maneira que seus olhos seguiram o movimento da minha língua.

- É rude olhar fixamente, sabe.- não me contive.

- Gosto do que vejo.- ele respondeu com naturalidade esboçando um sorriso irônico.

Conforme íamos nos aproximando do local eu pude reconhecer. Era sua casa! Nervosismo tomou conta de mim, senti minha garganta seca e meus músculos ficaram tensos.

- Calma, Arya, é apenas um jantar.- Ele diz, olhando em meus olhos.

- Você é bom em ler as pessoas.- digo com curiosidade.

- É preciso com que eu faço para viver.

- E o que você faz para viver?.- indago.

- Podemos falar sobre isso em outro momento.

Chegamos em frente à sua residência, a casa era ainda mais bela do que eu me recordava e dessa vez não vi tantos seguranças. Ele abriu a porta para que eu descesse, colocou a mão em minhas costas e me guiou até a entrada.

Fomos até um bar, sofisticado e ele me ofereceu uma bebida. Para aplacar o meu nervosismo, acabei aceitando.

- Por que me trouxe aqui, Luca?.- perguntei.

Ele se aproximou, senti-me encurralada. Sentia seu hálito quente do uísque que ele acabara de tomar.

- Nunca trouxe mulher alguma aqui, você é especial, Arya. Me desperta coisas que ainda não consigo entender. O jantar será servido logo, quero te mostrar a casa antes.

Pegou em minha mão e foi me apresentar cada cômodo da casa.