[ PLÁGIO É CRIME! ] Arya mora em um bairro pouco popular no estado de São Paulo, leva uma vida simples ao lado de sua mãe. Nunca teve grandes ambições, apenas deseja concluir a faculdade e se estabilizar. Odeia relacionamentos, suas experiências não...
Sabe quando você trava no lugar e tudo fica em câmera lenta? Era como eu me sentia nesse momento. Não perguntei o motivo, não chorei, não me alterei, eu simples travei! Não sei dizer ao certo quanto tempo fiquei ali parada, sai do transe quando uma das garotas que trabalhava comigo me chacoalhou me trazendo para realidade.
Matteo estava com o rosto cheio de hematomas e me olhava com desdém. Sai de sua sala, fui até minha mesa e comecei a pegar minhas coisas. Senti olhares curiosos em cima de mim, pessoas cochichando e eu só pensava em não desmoronar!
[...]
Entrei em casa e corri para o meu quarto, tirei minhas roupas, o salto e fui até o chuveiro. A água quente caia em minhas costas e meus pensamentos vinham á tona, ele me demitiu porque não deixei seus flertes irem adiante no nosso almoço? Não tinha outra explicação! Ele havia me elogiado antes disso, me promoveu para depois me demitir? Não fazia o menor sentido...
Eu precisava do estágio para pegar o diploma da faculdade no final do ano, sem contar a necessidade que eu tinha do dinheiro. Minha mãe ficaria arrasada! Eu chorava e soluçava alto...
Horas se passaram quando eu finalmente me acalmei, fui até o meu celular e vi que tinham varias chamadas não atendidas do Luca e da Emma.
Retornei primeiro para Emma, contei tudo o que havia acontecido e a mesma me consolou, dizendo que me ajudaria a procurar estágio em outra empresa e que tudo ficaria bem. Depois liguei para Luca.
Ligação On:
- Arya?.- ele atendeu no primeiro toque.
- Oi, me ligou? Eu estava ocupada.- ocultei a parte dos meus problemas pessoais.
- Você me preocupou. Nos vemos hoje?
- Aconteceram umas coisas e estou precisando ficar sozinha, podemos remarcar?.- disse fungando, meus olhos já estavam cheios de lágrimas novamente.
- Onde você está?
- Em casa, podemos remarcar?.- perguntei novamente.
- Estou indo até você.- falou e desligou.
Minhas pernas fraquejaram, não sabia se sentia raiva por ele ter desligado na minha cara, ou feliz por sua preocupação. Não me dei o trabalho de trocar de roupa, desci e o esperei deitada no sofá.
[...]
Alguns minutos mais tarde o interfone tocou e fui atender.
Ele estava todo de preto, e em seu olhar vi preocupação. Ele analisou meu rosto e seus olhos desceram por todo o meu corpo, depois parou em meus seios que estavam sem sutiã, eu estava usando um simples baby-doll , senti meu rosto queimar e me arrependi por não ter trocado de roupa. Abri o portão e fui surpreendida por seu abraço, seu cheiro tomou conta dos meus pensamentos e eu não conseguia pensar em mais nada.
Era errado me sentir protegida em seus braços?
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