Seu olhar - Série Os Mafiosos - Livro 01- (CONCLUÍDO)

Capítulo 74

Luca Toretto

Cheguei no galpão e Bianca me esperava  apoiada no seu porshe. Cumprimentei meus homens que estavam fazendo a guarda e caminhei em sua direção.

- Não brincou com o delegado?
- Sim, me diverti com ele.- me disse enquanto limpava uma de suas facas.
- Conseguiu alguma coisa?
- Bastou dizer o seu nome e ele se cagou todo, mas negou as informações e disse que só falaria a você.
- Ele deveria ter lhe dito, se pensa que comigo terá misericórdia ele está muito enganado.

Ela me deu um sorriso irônico, arregacei as mangas da minha camisa e fui em direção a sala de tortura.

Ele estava sentado em uma cadeira de madeira, suas mãos e pés estavam atados e constatei que Bianca já havia feito um estrago no homem, seu corpo estava cheio de cortes profundos e faltavam dois dedos em suas mãos, sem dizer o seu rosto que estava irreconhecível. O ambiente fedia a sangue e fezes, ele já estava sentenciado a morte.

Caminhei em direção a uma mesa que continha meus brinquedos favoritos para tortura, peguei um soco inglês e encaixei em meus dedos, ele me olhava com pavor e eu entendia o motivo, eu era conhecido por meus métodos dolorosos.

- Douglas, chame um médico, eu quero ele vivo por mais tempo.- falei a um dos soldados que estavam na sala.

Fabiano era o nome do delegado, e eu tinha que confessar, ele estava aguentando bem, outro em seu lugar já estaria desmaiado e fora de si, mas ele permanecia firme.

- Delegado, vai me dizer o que houve com minha carga?.- me aproximei dele e retirei a fita de sua boca que o impedia de falar.
- Minha família, quero falar com eles.- disse ofegante.
- Me conte o que preciso saber, depois deixo você se despedir de sua família.
- A carga não chegou, Toretto.
- E por que você estava tentando fugir?
- Eu só ia viajar com a minha família.
- Que momento oportuno para tirar sua família do país, não acha? Vou te contar minhas suposições. Você roubou minha carga e aproveitou o momento de guerra para me fazer acreditar que os russos estavam me atacando, será que estou certo?.- não esperei por sua resposta e dei um soco em seu estômago, o fazendo vomitar sangue.
- Toretto, não foi isso... que... aconteceu.- disse ofegante.
- Onde está minha carga? Não me faça perguntar de novo.
- Os russos, eles fizeram isso.
- Como?
- Eu não sei, eu não recebi carga alguma.
- Um dos homens que você mandou para me matar ontem, me disse o contrário. Sabe o que ele me falou enquanto implorava por sua vida? Que você comprou meu fornecedor com o dinheiro que venho te dando mensalmente.- vi choque em seus olhos, ele sabia que estava perdido, eu só precisava fazê-lo confessar.

O médico chegou e dei espaço para que ele fizesse uma transfusão em Fabiano, aquilo o manteria vivo por mais tempo.

Bianca estava apoiada na porta, caminhei até ela enquanto o médico fazia seu trabalho.

- O filho da puta realmente tentou nos roubar.- ela disse incrédula.

O infeliz que eu havia torturado ontem não me disse absolutamente nada, ele aguentou muito pouco e morreu em seguida, eu havia jogado com Fabiano, e ele caiu direitinho.

[...]

Horas depois consegui as informações que eu precisava, Fabiano confessou sua tramóia e o deixei agonizando, ratos morrem, não tenho misericórdia.

- O que faremos com a família dele?.- Bianca me perguntou assim que sai da sala.
- De um susto e procure saber se eles sabiam sobre tudo o que aconteceu. Descobri onde está a carga, designe alguns homens para buscá-la e mate o fornecedor depois.

Fui até o lavatório e esfreguei minhas mãos para me livrar do sangue. Agora eu poderia viajar em paz, e focar na guerra contra os russos.

[...]

Cheguei em casa e fui à procura de Arya, a encontrei na piscina com Emma, as duas conversavam animadamente e fiquei observando de longe. Ela era meu ponto de paz, quando estava ao seu lado me esquecia das barbaridades em que eu vivia.

Como se sentisse meu olhar ela virou e me encarou, seu olhar percorreu o meu corpo e me dei conta do meu estado, minhas roupas estavam imundas, sai antes que Emma notasse minha presença e fui em direção ao banheiro tomar um banho e me livrar da sujeira.