Capítulo 83

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Arya Cavalcante

Alguns meses depois...

Eu estava sentada em uma das poltronas no quarto do Artur e da Arabela, meus bebês, e pensando no quanto minha vida havia mudado no último ano

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Eu estava sentada em uma das poltronas no quarto do Artur e da Arabela, meus bebês, e pensando no quanto minha vida havia mudado no último ano. A falta da minha mãe ainda era sentida, eu a tinha em meus pensamentos constantemente, e colocar seu nome em minha filha era uma forma de homenagem-lá, eu sabia que o vazio que ela havia deixado não seria esquecido, mas eu estava aprendendo a lidar com a dor.

Luca havia viajado para Rússia em uma missão, os preparativos para retaliação tinham durado meses, porém agora ele se sentia confiante para agir. Bia tinha ficado, ela estava me treinando e mesmo com o barrigão presente e a dor nas costas, eu tinha evoluído muito. Lágrimas de preocupação desciam por meu rosto, eu estava feliz com tudo o que vinha acontecendo mas não citei o quão tenso foram as coisas depois do noivado de Bianca e Dante. A união tinha se tornado pública, e a Bratva viu o quanto estávamos forte, tentaram nos atingir inúmeras vezes e por conta disso eu mal saia de casa, Luca tinha se tornado ainda mais protetor e eu entendia seu cuidado, as coisas estavam cada vez mais perigosas e a tendência era que a guerra durasse anos, algo assim levava tempo, planejamento e a paciência era o ponto chave para se ter vitória.

Eu me sentia aflita, com medo e agoniada por Luca estar longe, estava rezando todos os dias para que nada de ruim acontecesse a ele ou a minha cunhada. Levantei com dificuldades, e assim que fiquei de pé senti uma pontada forte, como se fosse uma cólica, porém muito mais intenso, suprimi um grito e me preparei para chamar Serafina, meus filhos não podiam vir ao mundo agora, eu os queria protegido dentro de mim, e eles só estavam previstos para daqui três semanas. Respirei fundo tentando me acalmar enquanto a dor se tornava cada vez mais forte e constante , fui até a porta e gritei por ajuda, a casa era enorme, eu pedia a Deus para que algum dos funcionários me escutassem. Apoiei na parede em frente ao quarto e continuei gritando, logo Serafina apareceu subindo as escadas e com o rosto pálido veio em minha direção, ela me olhava assustada e percebi que seus olhos desceram por minhas pernas, por conta da dor eu não havia sentindo o líquido que agora escorria quente por minhas coxas e ensopava minha calça.

- Arya, respira fundo, vai ficar tudo bem.- ela tentava me acalmar enquanto pegava um dos rádios para se comunicar com os demais funcionários.

- Chame... Bianca.- disse com dificuldade.
Ela assentiu e me ajudou a descer as escadas, eu não sei como consegui ir até o andar de baixo, mas quando senti que não iria mais conseguir dar um passo, notei que já tínhamos chegado a sala de estar. Um dos seguranças veio até mim me pegando no colo e me levando até o carro para irmos rumo ao hospital.

Eu tentava manter o ritmo da minha respiração, mas a dor intensa não me deixava raciocinar direito, aquilo estava estranho. As contrações não são constantes, elas deveriam ir e voltar em um espaço de tempo, porque aquela dor não ia embora? Eu não estava em trabalho de parto? Será que eu estava perdendo meus bebês? Quando me dei conta já soluçava de tanto chorar e Serafina que estava ao meu lado tentava em vão me acalmar. Me lembro de ter chegado em frente ao hospital, e quando iam me colocar em uma maca, ficou tudo escuro e eu apaguei.

[...]

Senti um amargor em minha boca e abri meus olhos em confusão, olhei o ambiente e me lembrei dos últimos acontecimentos, Bianca apertou minha mão me indicando que ela estava ali, a olhei com lágrimas nos olhos. Eu estava tão preocupada!

- Meus sobrinhos nasceram, você teve um sangramento severo, os médicos acharam por bem fazer uma cesárea para manter Artur e Arabela seguros.

Sorri em alegria, e alívio tomou conta de mim, eles estavam bem.
- Luca?.- perguntei.
- Já está a caminho, infelizmente só consegui contato com ele a uma hora.
- Cadê meus filhos? Quero vê-los.
- Vou chamar a enfermeira.

Ela saiu em direção a porta, a emoção me tomou ao saber que agora eu teria meus filhos em meus braços, não via a hora de conhecê-los.

Pouco depois uma médica e a enfermeira adentraram o quarto os segurando em seus braços, eu nunca esquecerei aquele momento.

Me entregaram meus bebês, e a sensação de segura-los em meus braços em seus primeiros minutos de vida foi indescritível, eu nunca mais seria a mesma. Bastou olhar para eles e descobri que eu acabara de me tornar outra pessoa.

Artur e Arabela estavam enrolados em toalhas e colocaram uma toquinha de maternidade em suas cabeças, nesse momento eu já chorava e ria os segurando desajeitadamente em meu colo.





Olá, amores ! Como estão?

Bem, nossa história está chegando a reta final, mas teremos em breve o livro da Bianca e o Dante, esse livro irá compor a série " Os mafiosos ". Espero que vocês estejam tão ansiosas ( os) quanto eu !

Mil beijos, e não se esqueçam de votar e comentar, é muito importante para o crescimento da obra! 😘😘

Seu olhar - Série Os Mafiosos - Livro 01- (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora