[ PLÁGIO É CRIME! ] Arya mora em um bairro pouco popular no estado de São Paulo, leva uma vida simples ao lado de sua mãe. Nunca teve grandes ambições, apenas deseja concluir a faculdade e se estabilizar. Odeia relacionamentos, suas experiências não...
O tão sonhado dia chegou, o dia do nosso casamento. Eu não tinha o visto desde ontem e minha expectativa estava enorme, tínhamos combinado de fazer uma cerimônia apenas para os mais chegados e assim seria.
Bia me ajudava na arrumação do meu cabelo e já tínhamos feito a maquiagem, ela estava feliz por nós mas a cada mês que se passava era nítido o seu desconforto. Seu casamento seria o próximo, daqui um mês. Não queria ficar longe dela, tínhamos ficado cada vez mais próximas e só de pensar em sua partida meu coração se apertava. Ela iria rumo ao desconhecido e aquilo me preocupava.
Fomos interrompidas por uma batida na porta e Emma entrou com Artur e Arabela no colo. Meus filhos estavam cada dia mais lindos. Sorri como a mãe coruja que sou.
- Alguém aqui quer mamar.- disse ela empolgada enquanto os entendia para mim, teria que alimentar Artur primeiro, ele era impaciente e fazia uma cena quando estava com fome.- Você está linda!
- Não diga coisas emocionantes agora, sinto que vou cair no choro a qualquer instante.- rimos mas era de puro nervoso.
Peguei Artur e fui o alimentar.
- Bia, Dante acabou de chegar, está procurando por você.- Emma disse com tristeza. - Não fique sozinha com ele, Luca não gostaria disso.- a orientei. - Não precisa nem pedir, quero distância daquele brutamontes.- seu semblante mudou, como sempre acontecia quando mencionávamos o seu noivo. - Emma, acompanhe ela, por favor.- a pedi com o olhar preocupado. - Claro! Quero protegê-la tanto quanto você.
Sorrimos e as duas saíram em direção a porta.
Arabela estava no bebê conforto, esperando por sua vez para ser alimentada. Minha filha era um poço de calmaria, o oposto de seu irmão.
[...]
Eu já estava pronta, Bia e Emma estavam cuidando dos meus bebês e agora era a hora de ir rumo ao altar. A cerimônia aconteceria ao ar livre, e tínhamos alugado uma chácara para passar o final de semana. O lugar era estonteante, com paisagens de tirar o fôlego e assim que fui conhecer com Luca nos apaixonamos pelo ambiente, meu futuro marido como o exagerado que é, comprou o lugar e ali seria palco de um dos momentos mais importantes de nossas vidas.
Eu estava nervosa, minhas mãos suavam e fui em direção ao espelho, fazer os últimos retoques. Meu vestido era simples, na cor branca e com volume na parte de baixo, em meus pés estavam um Stuart Weitzman, que custava em torno de alguns milhões de dólares, presente da minha amada cunhada e apropriado para a ocasião, e em minhas mãos eu segurava um buquê em cores neutras.
- Está na hora.- tio Gustavo adentrou o quarto e me admirou da cabeça aos pés.- Arya, você está lindíssima, minha filha! Sua mãe estaria tão orgulhosa! - seus olhos estavam cheio de lágrimas e eu me continha para não cair no choro.
Eu havia o escolhido para me levar ao altar, afinal a família da Emma sempre esteve ao meu lado.
Apoiei em seu braço e saímos rumo ao homem da minha vida.
- Não me deixe cair.- pedi nervosa ao meu tio.
Minhas pernas tremiam e eu tentava em vão conter a emoção que me tomava. A cada passo dado eu me aproximava do ápice de uma felicidade jamais sentida.
Os convidados me olhavam com adoração e eu via sinceridade em cada um deles e então meu olhar se encontrou com o dele, tudo ficou ainda mais perfeito. Luca estava de tirar o fôlego, seu smoking preto feito sob medida para o seu corpo másculo o abraçava perfeitamente. Ele parecia ansioso, tanto quanto eu. A medida que eu me aproximava , a vontade de correr e ir em direção aos seus braços aumentava, nosso olhar não se desgrudou em momento algum. Finalmente tio Gustavo me entregou a ele, Luca me puxou para si e sussurrou em meu ouvido.
- Não vejo a hora de te fazer minha esposa.
Apoiei ainda mais em seu braço para manter meu corpo firme, minhas pernas não obedeciam e continuavam a tremer.
Fomos em direção ao cerimonialista que oficializaria nossa união. Ele passou a dizer belas palavras e prestávamos atenção em cada uma delas.
- Luca e Arya, vocês já foram muitas coisas um do outro, amigos, companheiros, namorados, noivos. Agora com as palavras que vocês estão prestes a trocar, vocês passaram para a próxima fase. Com os votos estarão dizendo ao mundo " esse é meu esposo ", " essa é minha esposa". Luca Toretto, é de livre e espontânea vontade que você aceita Arya Cavalcante como sua companheira em matrimônio?
- Sim.- ele disse.
- Arya é de livre e espontânea vontade que você aceita Luca Toretto como seu companheiro em matrimônio?
- Sim.
- Assim sendo, por favor deem as mãos e preparem-se para dar e receber os votos de amor que estão entre os maiores presentes da vida.
Ficamos de frente um para o outro e nossos olhos estavam mareados de emoção. Luca começou a dizer os votos e eu sabia que naquele momento não iria ser possível conter as lágrimas.
- Soube que era você a pessoa com quem queria envelhecer quando aprendi, contigo a amar, não tem ninguém mais feliz do que eu, você me presenteou com os bens mais valiosos que um homem poderia ganhar, meus filhos. Despertou em mim uma luz, que antes abrigava somente a escuridão. Não tem nenhum outro lugar do mundo em que eu queria estar. Te amo daqui até a lua, ida e volta.
Eu chorava e tentava me recompor, Luca havia mudado tanto!
- Luca, graças a você me tornei a mulher forte que sou hoje, iniciaremos uma nova vida juntos e, de agora em diante estarei ao seu lado para confortá-lo nos momentos de angústia e dividir com você os momentos felizes. Prometo ser fiel, companheira, amá-lo e respeitá-lo quando estivermos juntos ou distantes, por toda a minha vida. Amo você !
- E agora as alianças.- disse o cerimonialista. Luca tirou do terno uma caixinha que continham nossas alianças, abriu e retirou a minha, colocando em meu dedo.
- Arya, eu te dou esta aliança como sinal de que eu escolhi você para ser minha esposa e mãe dos meus filhos. Receba-a e saiba que eu te amo.
Peguei a aliança dele e a coloquei em seu dedo.
- Luca, eu te dou está aliança como sinal de que eu escolhi você para ser meu esposo e pai dos meus filhos. Receba-a e saiba que eu te amo.
- O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." (1 Coríntios 13:4-7). Luca e Arya ninguém além de vocês mesmos detém o poder de proclamá-los esposo e esposa. Porém, vocês nos escolheram como anunciantes desta boa nova. E assim, tendo testemunhado sua troca de votos diante de todos que estão aqui hoje (e também com base nesta certidão de casamento que vocês assinaram antes no cartório), é com grande alegria que nós declaramos que vocês estão casados. Pode beijar a noiva.
Luca tomou meus lábios em um beijo carinhoso e cheio de promessas, a nossa jornada estava apenas começando...
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