Esquisita é a SUA MÃE!

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Desculpa os erros.

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- Luka... – sussurrou abatida, o que fez o rapaz logo perceber o estado que se encontrava.

Era inevitável esconder, seus olhos ainda estavam molhados pelas lágrimas anteriores.

Ele deu um meio sorriso e se aproximou da mestiça que agora olhava para baixo segurando com as duas mãos as alças da mochila.

- Você não parece bem, cheguei em uma má hora? – perguntou ao elevar seu rosto pelo queixo.

Ela fez que sim com a cabeça e ele confirmou junto, fazendo um carinho na sua bochecha. – Se quiser eu vou embora, só vim ver como estava, faz tempo que a gente não se encontra...

Entregou a rosa nas mãozinhas tremulas de Marinette que fungou baixinho.

- O-obrigada.

- De-de nada... – riu acariciando seus cabelos. - Baixinha.

Marinette encolheu os ombros dando uma risada um pouco mais tímida também. Por fim, acabou pedindo para que os dois pudessem conversar um pouco.

Então Luka a levou numa lanchonete que ficava nas redondezas e lá, lhe pagou uma vitamina de morango com um pãozinho de queijo, seu lanche preferido.

Os dois se sentaram de frente um para o outro e aos pouquinhos, Marinette foi lhe dizendo o que tinha acontecido e o porquê se encontrava naquele estado tão abatido.

É lógico que no fim, Luka acabou achando graça, porque afinal de contas, Marinette era sim uma esquisita boba!

- Mari... – ele ria balançando a cabeça. – É sério que chorou por isso?

- Uhum... – ela confirmou fazendo biquinho enquanto que mordia o pão de queijo.

- Ah Mari, só você mesmo... Ficar aí chorando porque um estranho te chamou de esquisita... – deu de ombros. – Você não deveria se importar...!

Ah sim, para ele era muito fácil dizer isso não é? Não tinha sido ele que foi chamado de "esquisito" pela pessoa na qual se encontrava caidinho. Isso machucava muito poxa, ele deveria entender. Mas não entendia... ninguém a entenderia.

- Eu sei que não deveria me importar... mas é que na hora, foi muito... muito vergonhosa a cena sabe... ele me vendo daquele jeito...de coelho... e me chamando assim...!

Já estava pronta para voltar a chorar, porém sentiu a mão quente de Luka lhe tocar suavemente uma das mãos, fazendo com que os dois ficassem de mãos dadas sobre a mesa.

- Ei... olha aqui pra mim... escuta bem o que eu vou te falar: Você é uma menina incrível, esquece esse cara, você nem sabe o nome dele.. ele é um zé ninguém que nunca mais vai aparecer na sua vida...mas se aparecer de novo, você mostra pra ele quem é a esquisita...!

- Mo-mostrar pra ele? Como assim?

Luka riu pensando. – Ah sei lá, joga alguma coisa nele, tipo na cabeça dele e fala: ESQUISITA É A SUA MÃE ..!

Ao fundo, o Couffaine continuava rindo da ideia maluca que havia acabado de dar para Marinette, porém, mal sabia ele que a mestiça realmente tinha aderido à sugestão.

Os dois ficaram conversando mais um pouco até que o mais velho tivesse que ir embora e ela para sua casa.

Chegando lá, sua avó, a senhora Fu a recepcionou como sempre, cheia de beijinhos e já com uma xícara de chá pronta para que bebesse antes de ir tomar banho.

Marinette adorava sua avó, ela era uma senhora carinhosa e muito boazinha que sempre a mimava como podia, já que as duas não tinham muitas coisas.

Moravam em uma casa com apenas uma salinha, dois quartos, um banheiro e uma cozinha, muito pequena diga-se de passagem, mas extremamente confortável. Pelo menos era o bastante para os três: ela, a vó Fu e o Plagg, sua família. Assim como eles dois eram o bastante para o seu coração.

Realmente, não deveria se importar com nenhum comentário maldoso vindo de um estranho qualquer! Só porque ele era bonitinho? Isso agora era só um detalhe!!

Era um bonitinho CONVENCIDO, isso sim e não gastaria mais nenhum momento da sua vida pensando nele.

Sóóó... se ele aparecesse de novo na sua frente, o que não imaginava que iria acontecer de novo.

Pois aconteceu de novo.

Logo no dia seguinte.

- Eu -  não -  acredito! – disse ela atônita ao ver o desagradável mais adiante.

No momento, ele se encontrava distraído escolhendo um suco. Ué, tinha desistido das pipocas?

Marinette resmungou revirando os olhos. Deixaria para lá, não iria valer a pena.

Tentou seguir seu caminho para o outro lado do corredor, porém ao passar por um deles viu os sacos de pipoca para microondas, o que a fez se lembrar do dia que colocou os olhos pela primeira vez no loiro abusado.

Tinha gostado tanto dele... Se encantado tanto por aquele rostinho de príncipe que na verdade era um sapo, um monstro muito malvado!

Ele deveria pagar.

Então... Num súbito movimento, movido apenas pelo desejo de vingança, pegou um pacote de pipoca sabor manteiga de cinema e o segurou com força.

Logo em seguida caminhou decidida, batendo os pés pelo piso, driblando as pessoas até se aproximar o bastante, mantendo a distancia necessária apenas para fazer uma coisa:

Acerta-lo

Bem

Na

Nuca

O loiro se virou no mesmo momento com os olhos arregalados quando sentiu o pacote lhe atingir com tudo por trás , e quando viu Marinette, se espantou mais ainda.

- Você de novo!

- É isso mesmo! E outra coisa... -
Ela preencheu o peito de ar antes de praticamente cuspir as palavras.

- Esquisita... É A SUA MÃE!   

Sweet PopcornOnde histórias criam vida. Descubra agora