O que te faz sorrir, me faz chorar

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Ai essa fic.

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Adrien não demorou muito tempo para entender o que estava acontecendo. Era muito simples e qualquer cego veria.

Aquela garota estava fugindo, cuspindo na oportunidade de emprego que lhe foi ofertada de tão bom grado. Mas se era isso mesmo, até parece. Até parece que ele iria deixar que o fizesse de bobo!

Ante de lhe falar algo, deu um boa olhada na menor, de cima a baixo, só mensurando seu tipo e sua careta de assustada. Estava com medinho é? Ela nem tinha visto a missa metade.

- Vamos me responde, o que pensa que está fazendo?!

Marinette continuou a mira-lo perplexa. Só seus olhos piscavam e ela sinceramente não sabia o que fazer.

Se lhe dissesse que estava fugindo talvez Adrien fosse capaz de lhe dizer coisas desagradáveis, o que cá entre nós, não cairia bem ao seu enjoo, mas não mesmo. Sem contar que não estava nem um pouco afim de ouvir coisas ruins naquela altura da manhã e através da boca linda dele.

Isso que era o pior.

Meu Deus, Adrien se encontrava lindo de morrer vestido naquele terno preto e sexy. Ele parecia um empresário mesmo, assim como era, todo charmoso com seus cabelos loiros e lisos desalinhados propositadamente, munido de um sorriso ladino um tanto sensual um tanto assustador.

O Agreste causava extamente essa impressão na mestiça: beleza e medo. Da mesma forma que os sentimentos que percorriam seu corpo no tempo que a deixavam assustada e completamente rendida àquele diabo!

Só que, naquela altura, a paciência do loiro tinha se esgotado. Não iria ficar ali o dia inteiro olhando pra cara daquela garota aloprada, a sua falta de compostura lhe fervia o sangue a ponto de achar que tinha sido na verdade, um erro em lhe oferecer o tal emprego.

Será que a tonta ali, daria conta de limpar o chão ou os banheiros? Pois bem, pagaria para ver. Mas caso o contrário, era o olho da rua!

- Você como sempre agindo assim, quando vai parar e crescer?

Finalmente Marinette parecia ter despertado pois a primeira patada do dia havia sido atingida com sucesso. Ela se ajeitou, engoliu seco e mudou a expressão para mais séria.

- Eu só estava indo ver se a minha avó está bem, porque ela não atendeu o telefone.

- Aham. A sua avó. - ele riu debochado. - Então... Voce quer ir pra casa? Se quiser pode ir, mas saiba que eu não vou ficar aqui esperando por voce... Tenho outras pessoas interessadas na vaga que te ofereci.

A mestiça inspirou fundo, fechando os lábios para não lhe dar uma resposta mal criada. Primeiro, porque não iria valer a pena, segundo, a maldita presença dele estava fazendo com que suas pernas ficassem bambas e a fala um pouco mais difícil.

Tinha que se conter, tinha que se esquecer dos sentimentos que balançavam seu coração.

Adrien era apenas um rosto bonito na pele de um lobo mau e por isso, qualquer sentimento bom por ele não passava de uma grande e belíssima, perda de tempo.

Sobre tudo não podia mais vacilar, pois também queria o emprego. Queria dinheiro, queria trabalhar e já que estava ali, porque não ver do que se tratava?

- Eu não vou pra casa senhor Agreste. - respondeu seca. - Eu irei ficar aqui e ver qual é a proposta de trabalho.

Novamente o loiro riu mantendo seus braços cruzados um no outro. - Ah, agora estou lidando com uma adulta. Certo, senhorita Marinette, me acompanhe até o seu futuro local de serviço. Podemos?

Sweet PopcornOnde histórias criam vida. Descubra agora