Eu não me importo nem um pouco

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Desculpa os erros e pelo Adrien. 

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Por um tempo, Marinette permaneceu parada sozinha no corredor. Ela até pensou em sair correndo dali, largar tudo para trás e sumir para sempre, mas a única coisa que conseguiu fazer foi suspirar dolorosamente onde só as paredes brancas puderam ouvir seu pranto.

Virou-se, tentando caminhar nas botas pretas que eram muito maiores do que seus pés e que a faziam tropeçar a medida ia tentando se locomover. Assim, conseguiu descer as escadas, degrau por degrau, até chegar ao primeiro piso onde passou os olhos em volta, sem saber muito bem o que fazer. Se era melhor continuar trabalhando ali... se era melhor ignorar... continuar vivendo sua vida. Mas o problema todo, estava em seu coração.

Ele doía muito a ponto de atormentá-la com pontadas terríveis. Nunca tinha se sentido assim, era horrível.

Encontrar-se tão desnorteada como se estivesse dentro de uma maquina de lavar, girando e girando, sacolejando seu corpo sem que este saísse do lugar de onde estava.

Doloroso demais... poderia se abaixar ali mesmo, na possibilidade de qualquer colaborador da empresa vê-la sentada e chorando copiosamente.

Felizmente, seu corpo a permitiu 5 minutos de dignidade conseguindo dessa maneira chegar ao quartinho da limpeza. Abriu a porta de ferro no intuito de se meter dentre as vassouras, os esfregões para chorar, mas assim que abriu a porta visualizou uma senhora vestida com uma saia e um terninho nude.

Seus cabelos presos num coque elegante eram loiros quase brancos e ela aparentava ter quase uns 50 anos de idade.

A mesma se virou ao ouvir a movimentação atrás de si e logo sorriu quando se deparou diante da figura da mocinha parada na porta.

- Olá! Bom dia! Você é a Marinette não é? A nova funcionária?

A forma na qual a senhora lhe cumprimentou, tão acolhedora... foi o bastante para que a mestiça não pudesse resistir e seguir na sua direção, a agarrando em um abraço totalmente inesperado.

No mesmo instante, a mulher se espantou com o movimento, mas ao ouvir o choro tão triste daquela mocinha, aos poucos, foi fazendo um carinho nas suas costas na tentativa de acalma-la. Alguma coisa lhe dizia que aquele choro tinha um motivo, nome e sobrenome: Adrien Agreste.

Deixou que ela chorasse, que colocasse tudo para fora e se acalmasse. Como conhecia bem o filho do seu patrão, ele deveria ter sido grosso com aquela menina, tipicamente. Muito diferente de Gabriel, que era um amor, Adrien havia herdado o temperamento frio da sua falecida mãe, que só não batia nos empregados porque não tinha oportunidade para isso.

- Fique calma... - tentou confortar a menor  - Esta tudo bem.

Aos poucos Marinette foi conseguindo se controlar, apaziguar seu choro. Levantou a cabeça para mirar os olhos azuis e ternos da senhora mais alta que sorria gentilmente.

- Chorar assim não cai bem para uma moça tão bonita como você, ainda mais no seu primeiro dia de trabalho.

A mestiça fungou se afastando suavemente. Passou uma das mãos no nariz. - Eu sei, me desculpa... me desculpa por ter... ter abraçado a senhora.

- Não... - ela deu uma risada. - Quanto a isso não tem problema. Vou me apresentar. Meu nome é Rose Lavillant, e eu sou a secretária do senhor... Adrien Agreste.

A pausa antes de falar o nome do herdeiro da Agreste's tinha sido proposital, pois assim que se referiu ao nome dele, a mocinha fungou encolhendo os braços. Pronto. Já tinha confirmado todas as suas suspeitas.

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