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Ele matou minha mãe...

Levou a mulher mais importante da minha vida, tirou meu abraço preferido, meu colo nos dia merda...tirou tudo de mim!

Eu sei, mãe...a senhora sempre me disse que violência não se paga com violência...

Mas sangue de mãe, se lava com sangue sim!

E eu juro mãe, eu juro que ele vai sangrar feito um porco, vai derramar todo aquele sangue podre dele, igual ele te fez sangrar, e ele vai rezar pra aquelas facada ter sido nele, e não em você.

Beijo o terço com força e o coloco em cima da cruz posta na terra remexida da sua cova.

Matheus: Ainda hoje...ainda hoje tu vai rir dele se afogando na lava do inferno, daí do céu...mãe. Te juro! - respiro fundo e levanto limpando a terra do meu corpo.

Olho pro portão do cemitério e vejo o Zé me esperando de braço cruzado com mais dois parceiro dele.

É a hora!

...

Zé: Ó, tu sabe que eu não queria que tu fizesse essa porra, né?! - fala exitante enquanto eu desço da moto em frente ao barraco que trouxeram o lixo.

Matheus; Eu sei, Zé. Mas esse bagulho é entre eu e ele. De homem pra monstro. Não cabe compaixão nessa merda...- nego frio olhando pra porta do bagulho onde dois soldado nos olha sérios.

Zé: Eu to ligado nessa ideia...por isso que eu vou deixar. Porque eu sei oq tu tá passando, eu ja passei por isso e eu sei que tua alma só vai ficar em paz quando sentir o sangue dele escorrer pelas tuas mão...- fala sério pondo a mão no meu ombro olhando pra frente.- Vai, mas cuidado...- fala calmo e respira fundo me olhando ir até a porta me fazendo parar e virar pra ele.

Matheus: Com o quê? - pergunto levantando uma sobrancelha e ele sorri de lado.

Zé: Sangue de safado espirrando...vicia! - fala frio tirando uma faca diferente da cintura vindo até mim.

Caralho...

Matheus: Oq é isso? - pergunto pegando a faca estranha.

Zé: Pra tu cortar a garganta desse bosta. Meu santo que deu. Ela leva a alma do desgraçado direto pro sofrimento eterno...e faz o porco morrer mais lento.- sorri frio e eu tomo mais postura pegando forte no cabo dela e a colocando na cintura.

Matheus: Vou fazer bom uso dela...- sorrio de lado também e abro a porta respirando fundo.

Assim que abro, vejo o pior ser que eu já tive o azar de conhecer, sentado no chão amarrado a um cano de ferro fincado no chão e no teto.

Assim que me vê, ele começa a chorar e a negar olhando pra mim que olho tudo sem expressão, sem sentir nada alem de nojo e ódio.

Jandir: Meu filho...meu filho me perdoa...eu não queria ter feito aquilo! Eu juro! Eu amava sua mãe...eu amava a Rosa. Minha Rosa...minha rosa mais bela...- nega chorando mais e eu sorrio irônico indo até uma mesa com um monte de ferramenta de tortura.

Matheus: Amor...- falo baixo sorrindo de lado passando a mão pelas peças.- Eu sou muleque ainda, não sei oq é amar alguém desse jeito. Mas eu sei que o único amor verdadeiro é o de mãe, o mermo amor que tu tirou de mim, e dos meus irmão, seu verme.- pego um pedaço de pau e me viro pra ele.- Tu me tirou a única pessoa que eu amava nessa vida...do jeito mais cruel possível...e tu ainda tem coragem de dizer que amava ela.- nego cerrando os dente indo até ele arrastando o pedaço de madeira no chão.

Jandir: Mas eu amava...ela foi a única mulher que eu amei na vida tamb...- fala desesperado e eu nem espero ele terminar já acertando sua cara feia com uma pancada com toda minha força fazendo um corte na sua testa.

Matheus: QUEM AMA NÃO MACHUCA! - grito com ódio e acerto ele outra vez, na barriga.- QUEM AMA NÃO FAZ CHORAR! - bato novamente, na costela.- QUEM AMA NÃO MATA! - grito dando outra na cabeça novamente fazendo o sangue espirrar e ele desmaia.

Filho da puta!

Que delícia! Que delícia sentir o cheiro do sangue podre dele respingado no chão...

Ele merece isso e muito mais.

Mas o porco é um covarde, já dormiu no começo da brincadeira? Aff.

Respiro fundo soltando o pedaço de pau no chão, e pego um vidro de álcool espirrando ele na ferida da cabeça e no resto da cara fazendo ele acordar gritando de dor.

Matheus: ISSO, GRITA SEU PORCO! GRITA QUE A MINHA MÃE GRITOU MUITO TAMBÉM E NEM POR ISSO TU PAROU! - grito com ódio jogando o vidro na cara dele que chora sem parar.

Jandir: E-eu...eu não ia matar ela...eu não queria...- fala gaguejando e eu nego lhe dando um murro.

Matheus: CALA A BOCA! CALA A BOCA AGORA, CARALHO! Quem fala agora aqui sou eu! - aperto a cara dele com uma mão.- Tu destruiu tudo, tu destruiu qualquer coisa boa que restava dentro de mim...e agora, tu vai sofrer as consequência disso, seu velho nojento.- aponto na cara dele e dou mais um tapa.

Hoje vai ser o dia que eu vou tirar pra descarregar 14 anos de ódio nesse filho da puta.

Hoje foi o dia do enterro do corpo dela, e agora, eu to enterrando a alma também! Lavando aquele chão sujo do sangue dela, com o sangue desse bosta.

Levanto indo até a mesa novamente e pego um alicate...

Matheus; Vem cá, tu ja fez as unha, valhote? - pergunto irônico e calmo mostrando o alicate enquanto vejo o pânico em seus olhos.

Caminho até ele que se debate e sento no chão pegando aquelas mãos podres que ainda tinham o sangue seco dela...

O ódio me enlouquece ainda mais e eu arranco unha por unha, ouvindo seus grito que vira música nos meu ouvido.

Ele continua gritando de dor e eu nem me comovo, só fico olhando fixo pras unha dele...

Cada detalhe, cada coisa nele remete ao que ele fez ontem...e isso só me dá mais ódio.

Levanto indo pra frente dele e o olho bem nos olho.

Matheus: Ta vendo esse sangue no chão atrás de tu? - pergunto com raiva puxando seus cabelos.- Esse sangue não é nem 1% perto do que ela derramou enquanto agonizava naquele chão frio... tu ainda tem muito a sofrer aqui. A gente ainda vai se divertir muito! - sorrio frio e ele nega gritando enquanto chora.

Lágrima de crocodilo...lágrima que não comove nem uma freira.

Filho da puta...

Eu tenho o dia todo aqui pra fazer ele rezar pra nunca ter nascido. Não tenho pressa, não tenho pena.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora