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Arcanjo POV

Arcanjo: Mano...cadê o filho da puta do Grego? - levanto da minha cadeira, puto pelo sumiço dele e todos negam, sem saber o que dizer.

Peuzin: Mano, faz mais de hora que eu não vejo nem a cor dele.- nega ajeitando o fuzil no braço e eu fecho os olhos com raiva, dando um murro na parede ao meu lado.

Puta que pariu, JUSTO HOJE ESSE MERDA RESOLVE SUMIR.

VAI SE FUDER!

Justo quando eu entrego as parada da boca principal na mão dele, ELE SOME!

Como eu tenho ódio dessas meninice do Grego, PUTA MERDA!

É nessas hora que eu me arrependo de ter deixado ele entrar pra essas coisa. É NESSAS HORA QUE EU VEJO O QUANTO EU ERREI EM NÃO TER DADO UMA SURRA NELE QUANDO ELE TENTOU ENTRAR!

Eu sempre soube que ele era um irresponsável, e mesmo assim deixei.

Que ódio!

Leléu: Calma, caralho. Vai adiantar de nada fica puto agora. Bagulho é procurar ele, ligar, fazer sinal de fumaça que seja, mas é achar ele logo, o mais rápido possível, sem estresse.- nega andando de um lado pra outro e eu respiro fundo pegando o 38 na mesa.

Arcanjo: Eu não sirvo pra esperar, eu vou atrás daquela porra agora, e quem quiser ficar aí com o cu no sofá, que fique. Porque eu vou procurar ele nem que seja no inferno, antes que seja tarde.- falo firme, pondo a arma na cintura, indo em direção a porta, mas sendo parado pela Viviane ao chegar nela.

Vivianne: Calma, Arcanjo. Pelo amor de Deus, não é possível que tenha acontecido algo com ele, ele sabe se cuidar. Ele sempre soube, porra! - nega fingindo não estar desesperada tanto quanto eu.- Ele deve tá na casa de alguma das puta dele ou sei lá, ele vai aparecer. Eu tenho certeza, calma.- fala com as mãos nos meus braço e eu nego bufando.

Eu acho engraçado o jeito que todo mundo tenta me acalmar com mentira como se eu fosse criança, como se eu não soubesse pensar, só por medo do que eu posso fazer.

Vai se fuder, eu sei muito bem o que pode tá acontecendo e eu sei também que não vou esperar aqueles merdas pegarem um dos meus. Num vou mermo!

Ele pode ter saído por pura irresponsabilidade e já já volta com aquela cara lavada.

Mas também pode ter saído nessa irresponsabilidade e ter caído em armadilha de inimigo pra pegar ele, e aí...fudeu.

Arcanjo: E se ele não tiver, Vivianne? - falo bem sério olhando em seus olhos e ela logo  enche eles de lágrima.- E se ele não tiver podendo voltar por que aqueles filho da puta cumpriu a promessa que fizeram ontem e agora ele tá sendo torturado ou até morto em uma viela qualquer do Chapadão? Em? - pergunto com ódio, entrando na mente dela mermo, e ela nega me soltando, abaixando a cabeça.

É, foi o que eu pensei.

Nego tirando ela da minha frente com raiva e abro a porta respirando fundo.

Leléu: Mano, será que eles ia ser tão covarde assim? - pergunta atrás de mim, com a voz baixa, perplexo, e eu paro, fechando os olho, sem nem me virar pra ele.

Não me virei porque acho que se olhasse pra cara de quem disse isso, dava uma surra que ele nunca mais esquecia, papo reto.

Ah, eu num posso tá ouvindo isso...

Fico em silêncio por alguns segundos processando a merda que ele falou, tentando não surtar logo em seguida.

Arcanjo: Ver a cabeça da tua mina cravejada de bala, boiando numa fossa qualquer 24 horas depois deles terem mandado uma ameaça pá nois, ainda não te respondeu essa pergunta? - pergunto frio e, depois de alguns momentos de completo silêncio, eu assinto devagar, saindo e fechando a porta atrás de mim.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora