No alto do morro...

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Mari POV

20:40...

Letícia: Mentira que o Caio voltou pro Brasil.- negou, boquiaberta, ajudando dona Lúcia a pôr os pratos na mesa e eu ri, assentindo.- Gente... jurava que ele nunca mais ia pisar o pé aqui.- negou, com os olhos arregalados e eu concordei, colocando os copos.

Mari: Eu pensei a mesma coisa quando vi ele.- neguei.

Letícia: E ele? Como tá? Deve tá tão diferente...- sorriu, animada, e eu fiz bico.

Mari: Olha, na personalidade, ele mudou muito pouca coisa. Continua o mesmo querido de sempre.- sorri, indo pegar os talheres.

Lê: E de aparência? - perguntou maliciosa, segurando a empolgação e eu não pude conter a risada.

Tchan tchan tchannnnnnn

Mari: TÁ UM GRANDESSÍSSIMO GOSTOSO! - gritei, entre dentes e elas caíram na gargalhada.

PUTA QUE PARIU!

Tava com esse grito entalado na garganta há horas.

Eu nem ousei falar isso pra ele, mas, caralho.

Tá muito gato.

Nossa Senhora.

Altamente kikável.

Lê: Mas, como assim? Como é que ele tá? Dá mais detalhes, vai. - arregalou os olhos, se apoiando nas costas da cadeira e eu joguei a cabeça pra trás.

Mari: AAAAI, ele simplesmente TROCOU DE CARCAÇA.- me olhou boquiaberta.- Lembra quando ele saiu daqui, que pesava uns 30 quilos MOLHADO? Então, agora ele deve levantar isso só de peso na academia. - neguei, pondo os talheres na mesa, e elas se olharam, abismadas.

Acreditem se quiser:
O Stuart Litle, virou um mestre Splinter bombadasso.

Puta merda, que braços, senhoras e senhores....

E aquelas mãos.....

Aaaaai, Jesus.

Minha nossa senhora da bicicletinha sem freio. Chega com tua providência na vida da tua serva, que sozinha ela não aguenta.

Dona Lúcia: Aí ai, meninas... eu me divirto com vocês.- negou, parando de rir aos poucos.- Mas ces tem que parar de conversa feia, gente. Ficar aí falando do corpo do rapaz...eu em.- negou, fingindo nem ter gostado dos detalhes e eu cerrei o olhar.

Mas, olha só.

Não tô falando nada demais, ué.

Tô constatando o fato de que ele tá uma montanha deliciosa de músculos.

Normal.

Se o que é bonito é pra ser mostrado, o que é delicioso é pra ser degustado.

Primeiro, nas palavras,
E depois.... quem sabe?

Nham nham.

Tô errada?

......

Narração:

Perto dali, separados apenas por uma pequena parede americana, os irmãos observavam tudo de cara fechada.

Ambos de braços cruzados, em silêncio, cozinhando de ciúmes.

Nenhum dos dois queria abrir a boca primeiro. Não iam dar o braço a torcer e admitir que queriam acabar com a raça de quem fosse o assunto daquela conversa.

No entanto, após alguns momentos, mesmo sendo Arcanjo o portador da maior quantidade de ódio, foi Grego quem resolveu externalizar o seu primeiro.

Grego: Quem caralhos é esse mauricinho aê? - perguntou entre dentes, negando, e Arcanjo cerrou ainda mais o olhar.