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Letícia POV

Mari: Isso.... Vai. Cuidado com o pé... isso.- me ajudou a descer do carro e, logo que saí, levantei meus olhos, prontamente podendo ver novamente a entrada do morro.

Finalmente, em casa.

Nem acredito...

Letícia: Ai, aleluia. Não aguentava mais aquele hospital...- neguei, choramingando, e Mariana riu, pegando minha bolsa no carro.

Lúcia: É, e se não quiser voltar pra lá, acho bom seguir a risca tudo que te mandaram fazer em, mocinha.- saiu do carro, trazendo outra bolsa consigo.

Sem nenhuma dúvida! Deus me livre de passar por todo aquele pesadelo de novo...

Nunca mais quero sentir tanto medo na minha vida.

E nunca mais quero ter a sensação agoniante de estar perdendo meu filho outra vez.

Prometo nunca mais deixar que algo assim aconteça novamente por descaso meu... sério.

Suspirei aliviada, sentindo o vento frio bater contra o meu rosto naquela tarde meio nublada e logo sorri, ouvindo uma voz bem familiar ecoar pela ladeira da entrada alguns segundos depois.

Grego: LETÍCIA, MEU AMOOOOOOR!!! - seu grito dava pra ser ouvido de longe e eu arregalei meus olhos, sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha.

Meu Deus, Grego...

Discreto como um trio elétrico...

Faz vergonha mas eu amo. Fazer o quê?

Viviane: Iiih, olha só quem é que tava quase enlouquecendo de saudades de tu, vindo aí.- cutucou meu braço com seu cotovelo, sorrindo, e eu ri assentindo.

Nossa, quero nem ver o show que ele vai dar nesse morro quando me vir.

Lúcia: Segura esse menino em, senão ele vai te desmontar inteira só no abraço.- falou rindo, me ajudando a subir a ladeira, junto da Mariana.

Mari: Ele que venha. Vai sentir a pressão da minha mãozinha de patriceba indo na velocidade da luz nas fuça dele.- brincou, arregalando os olhos e eu ri, negando.

Os vapores que estavam na entrada, logo correram pra ajudar, pegando as bolsas e me dando apoio pra caminhar.

Por mais que a Mariana, de primeira, já se impôs e mandou eles só pegarem as bolsas e deixarem eu com ela e com dona Lúcia.

E eles, mesmo relutantes, a observando com olhares tortos, por fim, obedeceram.

Logo que pisei meu pé em cima da ladeira, lá estava ele: Vindo na minha direção, sem camisa, com suas várias e grossas correntes descendo de pescoço; com as duas armas de sempre na cintura e o sorriso mais filhadaputamente lindo que eu já vi, estampado em seu rosto.

Caralho, que homem gostoso da porra!

Seus olhos brilhavam e seus braços se abriram pra mim em poucos centímetros que nos separavam um do outro.

A felicidade e a saudade eram gritantes no seu semblante e isso só me deu mais e mais vontade de agarrar ele e nunca mais soltar, de tão neném que ele tava.

Mari: Meu Deus, ele é tão guei por você.- negou rindo, meio perplexa e eu sorri, andando até seu abraço.

Seus braços fortes me envolveram, com uma delicadeza firme que me fez sentir completamente segura em meio a eles, e logo me levantou no ar, me fazendo agarrá-lo com as pernas em sua cintura pra não cair.

Ai meu Deus!

O repouso que lute.

Letícia: Grego...- gemi de dor, quando tive que o agarrar e ele logo me olhou assustado, sem saber o que tava acontecendo.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora