No alto do morro...

08

Letícia pov

Assim que chegamos, elas tem que parar o carro no acostamento pois não dá pra subir com ele. Detalhe que foi avisado por um cara alto, magro, com uma pistola na cintura e que inclusive tava cheirando a mato queimado, já na entrada.

Vemos aqui um ambiente de paz, com a recepção calorosa de pessoas do bem.

Que lindo.

Saímos do carro e vamos em direção aos homens altos com armas, na entrada e um deles parece conhecer a Mirella, já que de cara eles ja começam a se falar e até sorriem um pro outro.

Oxe.

Que isso, GENTE?

Mirella tem amizade com esse povo? Ok, eu vou correr!

Mirella: Vem, meninas. Eles autorizaram a gente.- chega perto de nós guardando o celular na bolsa e eu faço careta seguindo elas morro acima.

Sinto arrepios ao sentir os olhares dos caras armados sobre mim e corro pra mais perto delas.

Mizericredo.

Me sinto o Daniel na cova dos leões, só que sem Jesus.

Vamos subindo e eu sinto meus pés quererem cair por conta do salto e da ladeira enorme. Haja perna, viu.

Minha gente, custava ser pelo menos uma escada?? Por que subir isso aqui é quase escalar um everest. Ingrime pra caralho!

Quando finalmente chegamos no meio do morro, o som já tava estralando meus ouvidos à duas quadras antes do lugar do baile.

Meu Deus.

Serasse bandido é tudo surdo? Ou não tem mãe, pra pensar nas pessoas que não conseguem dormir com essa barulheira pornografica?

Ai ai...
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Marianna POV

Ando de um lado pro outro preocupada, roendo os cotocos que restaram das minhas unhas enquanto a Gertrudes me trazia uma xicara com um chá saindo fumaça.

Ela e seus chás milagrosos...

Mas nem os milagres dela vão me fazer perder o ódio q eu tô agora.

Gertrudes: Toma, minha filha. Vai te ajudar a se acalmar.- fala calminha me entregando a xicara mas eu nego.

Marianna: Não, Ger...eu não quero ficar calma, EU QUERO FICAR PUTA! PUTA PRA QUANDO ESSA PIRRALHA CHEGAR AQUI! - grito apertando as mãos.- AAAAI, EU TAVA PREOCUPADA, MAS AGORA EU SÓ QUERO MATAR ELA! - arregalo os olhos andando pela casa e a Ger vem atrás de mim.

Gertrudes: Minha filha, ela tá bem. Tenta não pensar besteira, se acalma, espera ela chegar e conversa com ela. Não precisa se estressar, meu amor...- fala tranquila vindo na minha direção e eu nego roendo unha.

Puta merda, ela sabe como eu fico quando ela me desobedece pra fazer merda. Aaaa, mas ela me paga!

Mari: Ai, Ger...essa menina me lembra todo dia o porquê de eu não querer ter filho! Aaah! - rosno indo pro banheiro pisando duro.

Filha da puta, viu.
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Letícia Pov

Por onde eu andava, só haviam bundas ao meu redor. Tinha uma luz muito forte rodando tudo, uma musica que mal dava pra identificar se era realmente o português que tava sendo cantado, e um bando de pirralha querendo arrumar confusão umas com as outras as vezes.

Bom, diante de um cenário meio...CAÓTICO desses, pelo menos eu ainda não vi nenhum bandido. Tomara que não apareçam porque aqui eu num posso nem correr.