No alto do morro...

04

Matheus POV

O velório foi regado a choro, desespero...

Todos os morador quis dar pelo menos um "meus sentimentos" aqui em casa.

Ela era querida demais, nunca arrumava treta com ninguém, sempre falava com todo mundo, pregava até nos bar e nas biqueira.

Minha Coroa agradava todos os público.

Por isso, choveu de gente que eu nem conhecia aqui pra ver ela. Uns diziam que ela tinha tirado o filho dessa pessoa da bebida, outros falava que ela ja tinha ajudado de qualquer forma que fosse, mas era sempre citada com carinho.

É...minha mãe era um anjo, e Deus chamou ela pra mais perto.

Eu não quis ir pra perto do caixão, eu ja tinha me despedido, então...só fiquei parado num canto de parede, sério, sem falar muito.

Thiago que só chorava no pé do suporte do caixão, e Viviane tava quieta, tristinha nos braço de tia Lúcia, mas não chorou.

Claro, ela ainda não tem idade pra entender oq aconteceu...sorte a dela.

Zé Galinha não veio, só ficou na outra esquina. Disse que não queria que vissem alguém como ele no velório da minha mãe, achou que podiam pensar mal dela por ter traficante chorando a morte dela.

Porra, foda-se!

Se alguém ignorasse todas as coisa boa da minha mãe, e a pêssoa incrivel que ela era, só por causa disso, é porque não conhecia e não gostava dela de verdade.

Mas mermo assim, ele quis esperar só o enterro passar.

O enterro foi cheio de gente cantando oq o pastor cantava e madrinha desmaiou uma vez.

Ela tem pressão baixa, e com tudo isso mais o sol e calor de tanta gente perto dela, foi um prato cheio pra ela ter um troço.

Mas ja tá bem. Bem, na medida do possível.

Em meio a tanta gente chorando e passando mal, eu só olhava com deboche por dentro.

Eles acha que tão sofrendo? Demonstram isso chorando e gritando?

Meu pau!

Vocês vão esquecer dela daqui uma semana ou até menos, quem vai sofrer pra sempre sou eu e meus irmãos.

Deve ter algum filha da puta me julgando por não tá igual o resto do povo, mas só eu sei o quanto tá doendo. A minha dor eu não preciso expressar com lágrima.
....

O caixão desceu, e quando todo mundo tava jogando as rosa, eu vi a cena mais inacreditável da minha vida, depois da morte da minha mãe.

O Monstro que matou ela, chorando sentado em outro tumulo do lado do dela.

Ah não...

TA ME ZOANDO!

Como ele tem essa cara??? COMO ELE OUSA???

Sinto meu sangue ferver, meu olho escurece e eu num vejo mais nada.

Quando eu dou por mim, já tô derrubando ele no chão enchendo a cara dele de soco.

Matheus: SEU FILHO DE UMA PUTA!!! - grito com ódio e bato com mais força, uma força que eu nem sei de onde veio.

Porra, como ele teve coragem?? Como ele teve a cara de pau de vir aqui, mano????

Eu não sei, só sei que pelo menos diminui o trabalho de procurar.

Sinto um monte de mão me segurar e me tirar de cima dele enquanto eu me debato.

Matheus: PARA! ME SOLTA, CARALHO! EU VOU QUEBRAR A CARA DESSE BOSTA! - grito de novo enquanto três cara do movimento levanta ele e leva pra fora do cemitério.

Zé: PARA, MULEKE! Num é hora de fazer isso. É o enterro da tua mãe, porra, depois nois resolve essa treta. Ja levaram ele pra 16, calma. De lá ele só sai deitado.- aperta minha cara e eu bufo parando de me debater.- Solta ele, vai.- suspira e os cara me solta no chão.

Caralho...que ódio, que...AAAAAAAA!

Eu num tô acreditando que ele veio...não dá pra acreditar, viado.

Ah, mas ele vai ver...ele vai ter oq merece, e ele pode esperar.
.....

Depois do enterro, todo mundo se dispersou, menos eu e o Zé.

Tia Lúcia queria me levar pra casa, mas não dava...eu tinha um assunto pra resolver ainda.

Assunto de vida ou morte...

Zé galinha: Tu tem certeza? - pergunta tragando um cigarro sentado em um túmulo.

Matheus: Nunca tive tanta na minha vida. Ninguém, além de mim, pode fazer isso... ninguém! - nego respirando forte e ele me passa o cigarro.

Zé: ó, tu sabe que tua mãe num queria que tu se metesse nessas parada...tá pronto pra decepcionar tua Coroa logo no primeiro dia sem ela? - cruza os braço e eu solto a fumaça olhando pra terra.

Matheus: Eu sei...mas se eu não vingar ela, eu vou decepcionar a eu mermo.- viro o olhar pra ele.- Ele sujou as mão com o sangue da minha mãe, e eu vou sujar as minha com o dele, foda-se! - falo com raiva e passo o cigarro de novo.

Zé: Tu que sabe. Dessa vez, eu num vou impedir nada, porque eu sei como deve tá tua cabeça e teu coração agora, então...se é oq tu quer.- dá de ombros e eu acinto.

Matheus: Só eu posso dar o passe dele pro inferno...só eu! - falo cerrando os dente e ele acente.

De hoje não passa...
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Oiii, minhas cumadi, turu bom??

Tão gostando da nova fic? Espero que sim🐔

Essa é a primeira fase dessa história, e esse é o antepenúltimo cap dessa fase. Depois dos próximos, teremos uma passagem de tempo e é aí que a história de verdade começa.

Então, espero que gostem✨

Bjs: Helô❤️