96

2.1K 131 62
                                    

Mari POV:

Mari: Tem certeza de que não quer que eu chame ela aqui? Porque eu tenho certeza de que ela viria correndo pra te ver.- sorri, soltando seu abraço e ele negou.

Caio: Não não, não vou incomodar com isso. Posso ver ela outro dia. Afinal, vou ficar no Rio por mais de um mês. Dá muito bem pra gente marcar um barzinho, um restaurante... conversar com vocês duas com mais calma. Matar a saudade direito.- negou, sorrindo, e eu assenti, pegando em suas mãos.

Mari: Muito obrigada pelo que ce fez por mim hoje, viu. Sei nem como ia voltar pra casa com todos aqueles motoristas cancelando, e com o cansaço que eu tô... enfim, valeu. De verdade.- acariciei sua mão com o polegar e ele levou a minha até sua boca, dando um beijo.- Mesmo depois de tanto tempo, você ainda continua sendo meu anjo...- sorrimos, e ele negou, me puxando pra mais um abraço.

Caio: Não... tu que sempre foi o meu.- sussurrou, pondo uma das mãos no meu rosto, deitado sob seu peito, e eu neguei.

Mari: Acho que sempre tive mais vocação pra capeta.- fiz careta e ele negou, rindo.

Caio: Bom, mas o capeta foi um anjo com problemas em aceitar ordens...- cerrou o olhar, pensativo.- Acho que você ainda se encaixa nessa classe aí. Melhor que ele, aliás.- debochou, e eu revirei os olhos, lhe dando um tapa no braço.

Idiota.

Mari: Besta.- neguei e ele sorriu, me dando um beijo na testa.

Caio: Tchau, branquela. - suspirou, me chamando pelo apelido de infância e eu ri.

Mari: Tchau, Pintinho amarelinho.- fiz o mesmo, abrindo a porta do carro, e ele cerrou o olhar.

Odiava esse apelido.

Mas quando era criança, ele era IGUALZINHO O PINTO DO DESENHO.

O coitado.

Bullyng era mato.

Passei pelos muleques da barreira amarrando os cabelos e reparei, olhando pra eles, que não eram os mesmos do outro dia.

Ue...

Nem falei nada com a xuxa....

Estrange. Mas foda-se.

Tô nem com cabeça pra pensar em vapor uma hora dessas.

Tomara que tenham se fodido mesmo.

Acho é pouco.

Bom que eu nem gastei minha saliva com o Arcanjo por causa deles.

Amém.

Subi aquela ladeira infernal e interminável, até finalmente chegar na última viela que precisava pra ir à rua do Arcanjo, onde já era mais plano e cansava bem menos, e sorri.

Aleluia.

Assim que soltei um suspiro de alívio por não ter mais subidas, me faltou o ar novamente, quando vi o próprio The mônio parado, tapando a passagem pela viela com a sua moto, na qual ele tava encostado, de braços cruzados.

Pronto.

Agooooooora sim endoidou de vez.

Quê que esse homi acha que tá fazendo, gente?

Comprou a rua?

Eu em.

Ô senhor, eu so queria chegar em casa em paz.

Será possível que até fora de casa essa peste vai me infernizar?

Oh, Karma.

Como já tava cansada, e puxando o ar feito um cachorro, resolvi que só iria me preocupar em passar por ele numa boa e não esquentar minha linda cabecinha atoa.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora