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Mari POV

02:20 da madrugada...

Assim que abri a porta do banheiro, tive a ótima experiência de quase desmaiar de susto ao ver a sombra enorme e estranha que me esperava no corredor.

Mari: Credo! - pus a mão no peito.- Tá cobrando quanto pra assustar uma família de 5 pessoas? - franzi o cenho, apagando a luz, e ele negou, ainda encostado na parede.

Arcanjo: Por que tu fez aquele show todo lá em baixo? - perguntou calmo, de braços cruzados, e eu dei de ombros.

Ue, fiz nada.

Eu fiz?

Lembro não, ó.

Mari: Show? Que show? Que eu me lembre, a xuxa aqui é você. - perguntei sonsa, passando reto por ele, que revirou os olhos, me pegando pelo braço.

Arcanjo: Para de pagar de otária e fala logo o porquê daquele cabaré.- falou ainda calmo, me olhando nos olhos, e eu arqueei a sobrancelha.

Mari: Ué. Quem fez a sala da própria casa de motel não fui eu. Então, Por que o cabaré tem que cair na minha conta? - puxei meu braço de sua mão e ele revirou os olhos.

Arcanjo: E o quê que tu tinha a ver com isso? Se eu tava comendo ela no sofá da MINHA casa, o problema não era teu. Aí pra quê tu foi lá meter o bedelho? - cruzou os braços outra vez.

Agora pronto.

Mari: Meu querido, fique você sabendo que eu não fui até lá pra ver suas safadezas. Fui, inocentemente, na cozinha ver se conseguia encontrar algum remédio que me fizesse ter uma noite de descanso decente. Mas aí, fui procurar sono, encontrei pesadelo. - revirei os olhos e lhe dei novamente as costas, indo em direção ao meu quarto. - Inclusive...- me virei pra ele novamente.- Que ceninha mais deplorável, em. Baixo nível até pra você, francamente! - ele sorriu, olhando pro chão, e logo subiu seu olhar pra mim.

Arcanjo: Tão deplorável que cê tava louca pra ir lá encenar junto comigo, no lugar da morena.- arqueei a sobrancelha.

Mas era só o que faltava!

Só o que faltava!

Mari: Como é que é? - franzi o cenho, cruzando os braços, indo novamente até ele, que ainda sorria.

Arcanjo: É o que tu ouviu. Acha que eu não vi o jeito que tu tava olhando a gente? - cerrou o olhar, se desencostando da parede pra rondar o meu corpo logo em seguida.

Agora deu o carai.

Mari: Eu não sei do que você tá falando.- sorri em deboche e ele me empurrou devagar na parede, pondo sua mão perto da minha cabeça.

Arcanjo: Sabe. Sabe sim.- assentiu, falando baixinho, e eu engoli em seco.- Eu ouvi cada passo seu por aquela escada, Mariana. Te dei até a chance de poder ir embora sem saber que eu já tinha percebido a sua presença, e mesmo assim cê ficou lá... paradinha, observando tudo, apertando cada vez mais as pernas a cada gemido que ela dava.- sussurrou, aproximando seu corpo do meu.- Eu vi, Mariana. Vi tu ficar vermelha, tua pele começar a brilhar de suor... e eles se mostrar pra mim debaixo do tecido da tua camisola, implorando pra que eu fizesse com eles o mesmo que fazia com os dela.- desceu seus olhos aos meus seios, e eu senti o ar escapar dos meus pulmões.

Puta que pariu...

O que diabos esse filho da puta tá falando...?!

Seus olhos subiram até os meus novamente e eu os encarei por alguns instantes, ganhando tempo pra procurar respostas a tamanho absurdo que acabara de ouvir, e também pra normalizar a minha respiração, que já começava a ficar ofegante.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora