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Arcanjo POV

03:50 da madrugada...

Quando vi que ele já tava à um murro de empacotar, e eu já tava morto de de tanto bater, resolvi que era hora de acabar com o ritual da melhor forma possível.

Puxei a faca da cintura e fui até o canto de parede onde ele tava encolhido.

Arcanjo: Nessa vida, tu não serviu pra muita coisa, né, caveira? Aliás, acho que tu foi o maior desperdício de esperma que eu já vi em toda a minha vida.- falei calmo, puxando ele pelos cabelo, pra olhar pra mim.- Mas hoje... pela primeira vez, tu fez algo que preste, e me serviu de saco de pancada pra que eu não entrasse em combustão espontânea com o fogo do meu ódio.- olhei bem nos olho de peixe morto dele.- Só que, tu sabe que eu não sou conhecido por ser uma pessoa muito grata, né? - sorri, com divertimento.- Então...mesmo tu tendo me impedido de queimar no meu ódio, eu ainda sim vou te mandar queimar no quinto dos inferno. Pro cê nunca esquecer que a vida não é um morango.- pisquei o olho, e coloquei a lâmina da faca em seu pescoço.

Ele fechou o olho, sem conseguir fazer mais nada além disso, e eu o olhei bem, pra guardar a cara que ele iria fazer quando eu sangrasse ele igual uma galinha.

Arcanjo: Eu disse que ia te pegar, que ia me vingar por todo o sofrimento que tu causou nesse mundo. Agora, eu tô cumprindo o que falei. Só não sei se sou um homi de palavra, ou um profeta.- puxei a faca de uma vez e ele arregalou os olho quando o sangue espirrou e ele começou a se sufocar.

Essa é a melhor hora...

Quanto mais o sangue jorrava, mais eu ia me sentindo aliviado. Mais eu ficava livre de toda a raiva que me corroia por dentro.

Era estranho, e por muito tempo eu não soube o motivo disso acontecer.

Mas, hoje eu sei bem o porquê disso.

Quando ele ta com fome, começa a crescer dentro de mim, a me fazer sentir tudo que ele sente, e ser tudo aquilo que ele é. Mas, quando eu o alimento, ele para de querer me tomar pra si, e só então eu volto ao normal (que também já num é algo muito bom).

Infelizmente, descobri isso da pior forma possível.

Quando o sangue parou e seus olhos perderam o brilho, eu joguei o corpo no chão e respirei fundo, fechando os olho.

Arcanjo: Acabou.- suspirei, cansado, e limpei a faca na camisa dele, que tava no chão, perto do vidro de álcool.

Depois, peguei o álcool também e usei pra lavar a lâmina.

Brilho dela chega fica maior quando mata um filho da puta, ala.

Enxuguei ela na camisa também, botei na cintura e fui até a porta, onde encontrei os vapor fazendo guarda.

Os cara já era outro, tinha trocado de turno. O que me fazia pensar em quanto tempo eu passei aqui dentro.

Caralho, que hora será essa? Perdi a noção do tempo pra caralho.

Pqp.

Os muleque me deu boa noite, eu fiz o mesmo, e fui andando devagar até minha moto.

Sentia um peso saindo das minhas costa a cada passo que dava.

Minha alma tava tão leve que quase não conseguia andar direito. Me sentia flutuando.

Subi na moto, puxei do pé e fui direto pra casa.

No caminho todo, nada mais passou pela minha cabeça.

Tudo calado.

Parecia que o mundo todo tava em silêncio.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora