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Lê POV

Sua expressão mudou ao olhar na direção daqueles homens.

Sim, eram vários.

Assim que os vi, soube que dalí não sairia coisa boa.

Não os conhecia, mas sabia que não eram boa coisa.

Nos olhos deles, havia ódio.
Eles cheiravam à maldade, sabe?

Muitos tinham cicatrizes horríveis no rosto. Outros tinham até tatuagens cobrindo a cara e o resto do corpo inteiro.

E o que mais chamava atenção nisso tudo, era o que brilhava naquela escuridão, reluzindo das suas cinturas: armas.

Meu coração quase parou ao ver elas. Eles eram ainda mais assustadores com elas.

Porém, algo mais assustador que todos aqueles seres desconhecidos à nossa frente, que eu até então eu nem sabia dos motivos por estarem alí e a causa de estarem com tanta raiva, eram os olhos do Grego.

Parecia mentira que aqueles olhos carinhosos ou também cheios de luxúria, de alguns momentos atrás, eram os mesmos de agora.

Ele tinha olhar de ódio, tanto quanto aqueles homens.

Suas mãos estavam fechadas com força, e seus olhos não desgrudavam da direção daqueles homens.

Ele parecia um psicopata. Era possível sentir a vontade que ele tava de esfolar um daqueles a qualquer custo.

Isso me assustou de um jeito que jamais pensei que assustaria.

Era um fogo cruzado.

Ódio de todo lado.

E eu alí, no meio, sem entender bulhufas.

Mesmo sem entender direito, eu senti que eu seria a primeira a morrer alí, não importava o que fosse acontecer.

Me senti uma gazela no meio de leões.

Pqp, o que eu faço agora, Jesus?
.
.
.

Grego POV
.
Lê: Grego...quem são eles? - sua voz chorosa e embriagada de medo, foi a única coisa que fez eu fraquejar naquele momento.

Do nada aquela voz cheia de Pânico me trouxe de volta ao mundo. Me fez lembrar que alí não tinham só bandidos inimigos de morte, mas tinha também uma menina inocente que não tinha nada a ver com os sete anos de treta entre nossas facção.

Aquilo me fez quase tremer.
Não sei explicar, só tive medo por ela.

Ela era indefesa. Nem sabia o que tava acontecendo e o que tava prestes a acontecer nesse lugar.

Não sabia quanto sangue dos meus já tinha sido derramado por aquelas mãos nojentas, nem o que eles seriam capazes de fazer se pegassem ela, só pra mostrar o quão podres eles são, só pra me atingir.

Quando olhei pra ela, só vi um ser pequeno e indefeso, com olhar de criança assustada. Alí eu senti que teria que proteger ela nem que fosse com minha vida.

Ela não tinha culpa.
Não podia estar no meio disso.
Eu quem coloquei ela nessa...

Porra, eu deveria saber... Não deveria ter ficado tanto tempo fora da minha área, com ela.

Eu abaixei a guarda, eu sei. E agora ela tá em risco por causa da minha irresponsabilidade. Pqp.

Barão: Vai Grego, conta pra princesinha quem são esses "homens maus".- fala em deboche, me fazendo bufar de ódio e os outros rirem igual um bando de hiena.

No alto do morro...Onde histórias criam vida. Descubra agora