Capítulo 6

307 19 8
                                    

O dia para mim foi de uma irritação pura em que tive cinco reuniões irritantes e nenhuma delas resolveu o que tinha que resolver. Parece que o dia de hoje só tem tendência a piorar. Estive o tempo todo relembrando o ataque de ciúmes da Maitê. Só poder ser ciúmes. Algumas trepadas sacanas e já me coloca como sua propriedade ?! Sou tirado dos meus pensamentos quando Raquel me tenta chamar a atenção para a nossa reunião particular perguntando-me se deve trocar o responsável de gestão pessoal da nova empresa. Eu pergunto a opinião dela e ela começa a rir e diz que acha que eu não prestei atenção em nada do que ela falou nos últimos vinte minutos. Lanço a minha caneta na mesa e tombo a minha cabeça para trás.

Raquel: O que está acontecendo com você William?

Eu: Nada.

Raquel: Esse "nada" está tirando a sua atenção de tudo.

Eu: Não é para tanto Raquel.

Raquel: Como não?

Ela inclina-se para mim e continua a falar.

Raquel: Você esteve presente de corpo apenas nas reuniões de hoje. Porque a mente estava nesse "nada".

Eu: Hoje não é um dia bom. Vamos deixar o resto da pauta para amanhã.

Raquel: Você quem sabe. 

Oiço baterem à porta, mando entrar e quando olho para lá vejo que é o meu segurança.

Perroni: Sr. Levy, a sua mãe está no telefone. 

E o dia não podia piorar. Raquel recolhe as suas coisas e eu sigo para perto do telefone na minha mesa. 

Eu: Pode passar Andrea. 

Raquel sai da minha sala e Andrea fecha a porta. Em segundos o meu telefone toca. 

Eu: Mãe.

xX: Oi, meu querido! Como você esta? 

Eu: Bem.

xX: Você anda sumido meu amor.

Eu: Estou trabalhando muito. 

xX: Estou ligando para confirmar o jantar para a comemoração dos seus 30 anos. 

Fecho os meus olhos e tento não bufar, mas é impossível. 

xX: Não adianta bufar porque eu vou dar o jantar para comemorar, você querendo ou não. 

Eu: Mãe, eu odeio festas. 

Sento-me na cadeira.

xX: Não falei em festas. Falei que farei um jantar. 

Eu: Os seus jantares sempre são uma festa. 

Ela começa a rir.

xX: Você é meu único filho. Deixe-me fazer isso. 

Eu: Promete-me que vai ser algo pequeno? 

xX: Prometo. 

Eu: Então pode fazer. 

Ela grita de felicidade e diz que temos de conversar sobre o cardápio e sobre o que eu vou querer. Eu pergunto se pode ser amanhã porque hoje estou muito ocupado. A minha mãe diz que por ela tudo bem mas que não passa de amanhã e que o meu aniversário será em uma semana.

Eu: Tudo bem!

xX: Te amo, filho! 

Eu: Também te amo, mãe! 

Depois de ter desligado a chamada termino de recolher as minhas coisas e o meu segurança  aparece na porta. 

Perroni: Já estamos indo, senhor?

SubmissaOnde histórias criam vida. Descubra agora